Trump afunda bolsas europeias. Quedas chegam aos 6%
Investidores estão receosos quanto ao impacto na economia da decisão de Donald Trump de suspender todos os voos com origem no Velho Continente possa ter na Europa.
Razia nas bolsas. Depois das fortes quedas registadas nos mercados asiáticos, a Europa acorda com os ecrãs de negociação pintados de vermelho, perante receios dos investidores quanto ao impacto na economia da decisão de Donald Trump de suspender todos os voos com origem no Velho Continente. Os índices europeus registam quedas de 5% a 6%, com Lisboa a ceder quase 4%.
“Para impedir que novos casos entrem no nosso solo, vamos suspender todas as viagens da Europa para os Estados Unidos nos próximos 30 dias”, anunciou Trump numa declaração feita ao país a partir da Casa Branca. Esta suspensão, que arranca já à meia-noite desta sexta-feira, acontece numa altura em que os casos de coronavírus estão a aumentar no Velho Continente.
O “fechar de porta” dos EUA à Europa está a fazer tremer os mercados, com os investidores receosos quanto ao impacto que a medida poderá ter na economia da região que está já a ser afetada pelo crescente número de casos de infeção pelo Covid-19, levando vários países a anunciarem pacotes de milhares de milhões para atenuarem os efeitos.
O Stoxx 600 está a perder 2,4%, mas há índices nacionais com quedas bem mais expressivas. Enquanto o CAC, em França, cede 2,4%, o DAX, na Alemanha, cai 5,4% e o IBEX, em Espanha, está a perder 5,7%. Em Lisboa, a tendência é igualmente negativa, com todas as cotadas em queda. O principal índice da bolsa nacional está a perder 4% para os 4.048 pontos.
Lisboa segue fortes quedas da Europa
Praticamente todas as cotadas do Velho Continente perdem valor, mas as atenções dos investidores estão centradas no comportamento das companhias aéreas, que vão ser fortemente penalizadas pela proibição de voos da Europa para os EUA. Os traders contactados pela Reuters apontam para desvalorizações entre 10% e 15%, sendo que há vários títulos destas empresas suspensos tendo em conta o diferencial entre a última cotação e o valor baixo a que estão a ser colocadas ordens no sistema.
Petróleo trama petrolíferas
Além das companhias aéreas, também as petrolíferas estão em destaque pela negativa num dia em que os preços do petróleo afundam mais de 5% nos mercados internacionais. Os receios quanto a um abrandamento mais acentuado da economia global, ou mesmo uma recessão, estão a levar o Brent a cotar nos 33 dólares.
Há várias petrolíferas com quedas acentuadas, sendo que a Galp Energia não escapa. A empresa portuguesa apresenta uma queda de 5,49% para cotar nos 8,892 euros, enquanto a EDP e a EDP Renováveis apresentam desvalorizações na ordem dos 3,5%.
A pesar na bolsa nacional estão também os títulos do BCP. As ações do banco liderado por Miguel Maya registam uma queda de 4,33% para os 11,92 cêntimos por ação.
(Notícia atualizada às 8h14 com mais informação)
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