UE pede aos EUA que evitem disrupção económica com suspensão de voos
UE “está a tomar todas as medidas necessárias para conter a propagação do Covid-19". Suspensão de voos da Europa será avaliada esta quinta-feira.
O presidente do Conselho Europeu disse que é preciso evitar a disrupção económica, após os Estados Unidos terem suspendido os voos provenientes da maioria dos países europeus, medida que será esta quinta-feira avaliada pela União Europeia (UE).
“Após a suspensão de voos anunciadas pelo Presidente Donald Trump, vamos hoje avaliar a situação, [mas] a interrupção económica deve ser evitada”, frisa Charles Michel numa publicação feita esta madrugada através da conta rede social Twitter.
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Na mensagem divulgada horas depois de Donald Trump ter anunciado tal medida, o presidente do Conselho Europeu garantiu que a UE “está a tomar todas as medidas necessárias para conter a propagação do Covid-19, limitar o número de pessoas afetadas e apoiar a investigação”, tentando assim responder às inquietações manifestadas pela administração norte-americana.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou esta quarta-feira a suspensão de todos os voos oriundos de países da União Europeia para prevenir a propagação do novo coronavírus.
A medida entra em vigor na sexta-feira e irá durar pelo menos 30 dias.
“Para impedir que novos casos entrem em nosso país, suspenderei todas as viagens da Europa para os Estados Unidos pelos próximos 30 dias”, disse o Presidente durante um discurso proferido na sala oval.
Os Estados Unidos registavam na quarta-feira 38 mortos e mais de 1.300 casos de infeção.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou, também na quarta-feira, a doença Covid-19 como pandemia, justificando tal denominação com os “níveis alarmantes de propagação e de inação”.
A pandemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.500 mortos em todo o mundo.
O número de infetados ultrapassou as 124 mil pessoas, com casos registados em 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 59 casos confirmados.
A China registou nas últimas 24 horas 15 novos casos de infeção pelo Covid-19, o número mais baixo desde que iniciou a contagem diária, em janeiro.
Até à meia-noite de quarta-feira (16h00 horas em Lisboa), o número de mortos na China continental, que exclui Macau e Hong Kong, subiu em 11, para 3.169. No total, o país soma 80.793 infetados.
Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto.
A Itália é o caso mais grave depois da China, com mais de 12.000 infetados e pelo menos 827 mortos, o que levou o Governo a decretar a quarentena em todo o país.
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