Marta Temido: “É previsível que a curva epidemiológica aumente até ao final de abril”
Ministra da Saúde voltou a apelar à responsabilidade individual, que deverá refletir-se na evolução da doença. "Todos somos poucos para parar o covid-19", disse Marta Temido.
“É previsível que a curva epidemiológica aumente até ao final de abril“, disse esta tarde Marta Temido, no habitual balanço diário a propósito do coronavírus. “Temos de nos preparar para este cenário e para esta realidade”, alertou a ministra, voltando a apelar à responsabilidade de cada um.
A ministra da Saúde apelou a que, em agregados em que um dos elementos seja profissional de saúde, a guarda das crianças fique a cargo do outro membro do casal.
Sobre as consultas não urgentes, que ontem a ministra tinha referido que seriam adiadas para libertar os serviços hospitalares, “a suspensão da atividade programada de caráter não urgente está já a ser comunicada”.
“Privilegia-se o atendimento em separado, o tratamento ambulatório e domiciliário”, referiu ainda Marta Temido, sobre os próximos passos de tratamento de eventuais contaminados com o coronavírus.
Todos somos poucos para parar o covid-19.
“Estamos a preparar o sistema de saúde da melhor forma possível“, anunciou, acrescentando que os profissionais que se disponibilizaram para reforçar os serviços de saúde, “se ainda não foram, serão contactados em breve”. “Todos somos poucos para parar o covid-19”, concluiu Marta Temido.
Graça Freitas, em seguida, disse-se surpreendida com a mobilização da sociedade a que tem assistido nas últimas horas. “É com imensa satisfação que vimos hoje, diversos setores a anunciar medidas, e medidas muito pertinentes”, disse a diretora-geral da Saúde.
A responsável da Direção-geral da Saúde recomendou ainda cuidados para o regresso ao trabalho, esta segunda-feira. “Amanhã vamos voltar ao trabalho e a primeira coisa a fazer é lavar bem as mãos antes de saúde de casa. Pegar num lenço para carregar no botão do elevador, por exemplo. Virar às costas ao parceiro, no elevador ou no transporte público, nesta fase vale. E continuar a não confraternizar de perto com quem trabalha connosco. Vamos organizar e manter a distância social. Quando se chega, lavar bem as mãos. Isto pode fazer a diferença”.
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