Nem os estímulos da Fed acalmam os investidores. Wall Street em queda
Na primeira sessão da semana, as bolsas norte-americanas voltam a abrir em queda e nem as medidas anunciadas pela Fed salvaram Wall Street.
As praças norte-americanas abriram a sessão com perdas, depois de terem vivido a pior semana desde a crise financeira desde 2008 e apesar das novas medidas anunciadas pela Reserva Federal (Fed) norte-americana.
O S&P 500 recua 1,96% para 2.265,95 pontos, ao mesmo tempo, Dow Jones cai 1,84% para 18.821,47 pontos. Já o tecnológico Nasdaq desvaloriza 0,73% para 6.829,53 pontos.
Os investidores reagem, assim, negativamente às novas medidas de emergência anunciadas esta segunda-feira pelo Banco central norte-americano, que retirou os limites para comprar dívida pública e privada do país, com o intuito de ajudar a estimular os fluxos financeiros na economia.
Este anúncio chegou a fazer disparar os preços de petróleo, que têm tido fortes quedas face à diminuição da procura nos últimos dias, já que os futuros chegaram a valorizar 3%, de acordo com a Reuters. Ainda assim e dado a volatilidade do mercado, o Brent, que serve de referência para a Europa, recua 2,97% para 26,17 dólares, ao mesmo tempo, o crude WTI, em Nova Iorque, soma 0,18%.
“Estes esforços, por si só, não farão nada contra o vírus, esse é o grande problema. Ajudarão, mas ainda precisamos de políticas viradas para as pessoas que estão realmente a sofrer com ele“, disse Scott Brown, economista-chefe da Raymond James, citado pela Reuters.
Nesse sentido, o Senado volta esta segunda-feira a discutir um pacote de estímulos na ordem de 1 bilião de dólares, por forma a mitigar o impacto do novo coronavírus na maior economia do mundo, avança a Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).
A medida inclui ajuda financeira para americanos, pequenas empresas e indústrias afetadas, incluindo companhias aéreas, sendo que tanto republicanos como democratas continuam confiantes num acordo. No domingo, os democratas fizeram cair um plano de estímulos de quase dois biliões de dólares, por considerarem excessivamente generoso para as grandes empresas.
Além disso, uma das empresas que mais recupera é a Boeing, depois de o Goldman Sachs ter referido que “o medo substancial” foi ultrapassado e elevando a recomendação da fabricante para “comprar”. A empresa soma 3,63% com as ações a valerem 98,45 dólares.
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