Portugal Space procura incubadoras para fazer crescer rede ESA
A Agência Espacial Portuguesa juntou-se ao Instituto Pedro Nunes para reforçar o centro de incubação da Agência Espacial Europeia em Portugal. Procuram sete incubadoras de empresas.
A Agência Espacial Portuguesa quer reforçar a rede de incubadoras nacionais do centro da Agência Espacial Europeia e, por isso, juntou-se ao Instituto Pedro Nunes para lançar um concurso dirigido às incubadoras portuguesas. A ideia é que a rede integre dez incubadoras no final do processo (neste momento são três).
“Porquê agora? A primavera é boa para crescer”, brinca Chiara Manfletti, presidente da Portugal Space Agency, em conversa com o ECO. “Na verdade, em Portugal temos uma nova estratégia a que chamámos Portugal Space 2030. E acreditamos que uma grande parte do crescimento económico possa estar relacionada com o espaço”, assegura a responsável.
Integrada no programa Portugal Space 2030, que tem como objetivo essencial criar 1.000 postos de trabalho, a Portugal Space está à procura de novas incubadoras que estejam a trabalhar para fazer crescer a presença do setor espacial no território nacional.
“A ideia é que estas incubadoras estejam ligadas ao desenvolvimento de projetos do espaço para outros serviços, e é por isso que a incubação de empresas é tão importante. É fundamental que a estratégia para Portugal sirva o país como um todo. Conectar espaço com energia, ambiente em geral, e ainda com áreas que podem ultrapassar a imaginação são os nossos desafios”, esclarece ainda.
O prazo de candidaturas decorre a partir desta terça-feira e até 5 de maio. No concurso poderão entrar startups que, além de estarem registadas em Portugal tenham espaço para receber startups que integrem o programa de aceleração da ESA e que possam fornecer-lhes apoio necessário.
O centro de incubação da ESA em Portugal foi criado no Instituto Pedro Nunes no final de 2014 e trabalha no sentido de apoiar startups no uso de tecnologia espacial em contextos não industriais ou comerciais tais como nas áreas da saúde, energia, transportes, segurança e vida urbana, entre outras. Lançado pela ESA e pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), a incubadora é liderada pelo IPN em colaboração com o Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto e com a DNA Cascais. Nos últimos cinco anos, o projeto incubou 30 startups e criou mais de uma centena de postos de trabalho, gerando negócio no valor de cerca de cinco milhões de euros.
“Trata-se, não só, de uma rede que permite fornecer incubação como investimento em transferência de tecnologia”. Por exemplo, um caso concreto: apoiar projetos como o da tecnologia da startup portuguesa Theia, que desenvolveu soluções de monitorização para o património cultural, histórico e arqueológico através de dados de satélite.
A ESA conta com pelo menos uma incubadora em 19 dos 22 países membros que integram a Agência. A rede portuguesa, com dez localizações, será a mais diversa.
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