Mourinho Félix garante que pacote europeu não vai converter-se em austeridade

O pacote europeu de 500 mil milhões de euros para apoiar os países em plena pandemia não vai converter-se em austeridade. A garantia foi dada pelo secretário de Estado das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, numa entrevista à TSF.

“Austeridade tem a ver com políticas de contração quando as economias estão numa situação já de si deprimida. Isto é um choque, algo que veio de fora, é algo que nenhum de nós experimentou. O que estamos a fazer é […] dar a possibilidade aos Estados de dar apoio, aumentar a despesa, reduzir e adiar a cobrança de impostos, para que as pessoas e as empresas possam viver melhor e ter os meios para sustentar as suas vidas”, disse, negando a possibilidade de austeridade no futuro.

Mostrando-se “totalmente descansado”, Mourinho Félix disse ainda que os portugueses também devem estar. As medidas aprovadas esta quinta-feira à noite no Eurogrupo “seguem-se a outras” e “as regras europeias estão suspensas”. “Hoje, mais do que atingir excedentes ou reduzir défices, o que é preciso é que os Estados europeus façam aquilo que lhes compete, que é serem uma rede de segurança”, argumentou.

Como noticiou o ECO, os ministros das Finanças da União Europeia acordaram esta quinta-feira a aplicação de três mecanismos de proteção para ajudar trabalhadores, empresas e Estados a ultrapassarem a crise causada pelo novo coronavírus. A pandemia já infetou 1,5 milhões de pessoas em todo o mundo.