Petróleo sobe 2% após acordo na OPEP+ para cortar produção
O petróleo está a subir mais de 2% tanto em Londres como em Nova Iorque após o cartel ter chegado a acordo este domingo para cortar a produção.
O petróleo está a valorizar mais de 2% esta segunda-feira na sequência do acordo selado na reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) este domingo. O corte de 9,7 milhões de barris por dia em maio e junho deverá ajudar a reequilibrar a procura e a oferta pelo “ouro negro”.
Em Londres, o barril que serve de referência para as importações portuguesas está a subir 2,03% para os 32,12 dólares, tendo já atingido os 33,99 dólares. Já em Nova Iorque, o barril segue a valorizar 2,9% para os 23,42 dólares, tendo já atingido os 24,74 dólares.
O corte de 9,7 milhões de barris por dia, o que corresponde a 10% da oferta mundial de petróleo, representa a maior redução de produção de sempre da OPEP+ (inclui a Rússia e outros países), segundo a Reuters. O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, o dos Estados Unidos, Donald Trump, e o rei saudita, Salman bin Abdulaziz, manifestaram este domingo o apoio ao acordo.
Além do corte da OPEP+, também os EUA, o Brasil e o Canadá, países do G20, vão contribuir para objetivo global com um corte adicional de 3,7 milhões de barris por dia. No total, a redução prevista é superior a 13 milhões de barris por dia.
Ainda assim, a agência de informação financeira escreve que os ganhos no petróleo estão a ser tímidos uma vez que vários analistas consideram que o corte não será suficiente para contrariar o “excedente” de produção que se regista por causa da queda da procura provocada pela pandemia.
No início do mês, a Agência Internacional de Energia já tinha alertado que a diminuição na produção que estava a ser negociada ainda ia deixar a acumular, sem serem vendidos, cerca de 15 milhões de barris de petróleo por dia.
De acordo com a Reuters, o consumo de petróleo a nível mundial está 30% abaixo do nível anterior à pandemia. A redução da procura levou a cotação do barril a cair mais de 50% desde o pico registado em janeiro. Para tal contribuiu também a “guerra” de preços entre a Rússia e a Arábia Saudita, após terem falhado um anterior acordo de redução, com os sauditas a aumentar a produção para pressionar os outros países.
Está agendada uma nova reunião da OPEP+ para 10 de junho, também por videoconferência, para decidir medidas adicionais, tanto quanto for necessário para equilibrar o mercado.
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