Stress, ansiedade ou burnout? DGS lança novo apoio à saúde mental
Projeto lançado este fim de semana pela DGS -- que é integrado no Programa de Saúde Prioritário na área Saúde Mental -- pretende, de forma simples, responder a questões sobre saúde mental.
Não é só a saúde física ou a economia que estão em risco devido à pandemia de Covid-19. Também a saúde mental poderá ser afetada e, reconhecendo a sua importância para o bem-estar da população, a Direção Geral de Saúde (DGS) lançou um novo apoio direcionado para a saúde mental.
“A maior parte das pessoas vai ter problemas psicológicos passageiros“, anunciou o diretor do Programa Nacional de Saúde Mental, na conferência de imprensa diária realizada pelo Ministério da Saúde. Miguel Xavier participou, este domingo, para apresentar o novo portal da DGS dedicado à saúde mental.
“Não vemos os nossos colegas, a família, tivemos de nos converter ao teletrabalho de uma forma muito rápida. Estamos confinados por um bem maior. O confinamento — se traz algumas coisas boas, como o recuperar de algumas coisas que se faziam em família — também traz algo que não estávamos habituados, que é viver todos juntos, no mesmo sítio e ao mesmo tempo e isso faz com que alguns conflitos latentes possam tornar-se manifestos e fazem com que a vida seja diferente”, explicou Miguel Xavier.
O projeto — que é integrado no Programa de Saúde Prioritário na área Saúde Mental — pretende, de forma simples, responder a questões sobre saúde mental. Em simultâneo, a ministra da Saúde Marta Temido anunciou que estão a ser criadas estruturas de apoio nos hospitais e a ser ativado um plano de catástrofe para a população em geral.
O diretor do Programa Nacional de Saúde Mental sublinhou que qualquer pessoa pode estar em risco de problemas psicológicos, nomeadamente ansiedade em relação ao futuro, que pode levar a perda de apetite ou sono.
É comum e o facto de a pessoa sentir isso [ansiedade sobre o futuro] não a torna diferente dos outros.
“É comum e o facto de a pessoa sentir isso [ansiedade sobre o futuro] não a torna diferente dos outros“, disse. Falando em quatro níveis diferentes, aconselha a que, numa primeira análise, seja tido autocuidado, nomeadamente em relação à alimentação, à atividade física ou às rotinas.
A comunicação com amigos e família — respeitando o devido distanciamento social — é a segunda recomendação. E, apesar da importância de ter acesso a informação clara com alguma regularidade, não é aconselhável estar “sete ou oito horas mergulhado em taxas de mortalidade ou letalidade”.
Num terceiro nível, estão os cuidados primários de saúde, para quem os dois níveis anteriores não são suficientes. Há, além destes, casos mais graves de doenças pré-existentes ou doenças mentais que são desenvolvidas ao longo da pandemia, segundo Miguel Xavier, que adiantou que as estatísticas existentes, sobre situações anteriores de catástrofes, apontam para 1,5% a 2% da população.
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