AdC dá “luz verde” à Altice para compra de 51% da Blueticket

  • Lusa
  • 13 Maio 2020

O regulador da concorrência decidiu permitir que a Altice compre 51% da Blueticket à Arena Atlântico: "Não é suscetível de criar entraves significativos" à concorrência.

A Autoridade da Concorrência (Adc) deu “luz verde” à Meo, do grupo Altice, para comprar 51% da Blueticket, a maior empresa de bilhética do país, até agora integralmente detida pela Arena Atlântico, revela um aviso publicado pela AdC.

O conselho da AdC tomou a decisão de não oposição à operação de concentração há cerca de uma semana, em 5 de maio, considerando que o negócio “não é suscetível de criar entraves significativos” à concorrência efetiva nos mercados da prestação de serviços de ticketing e dos serviços de tecnologias de informação relacionados com bilhética, segundo o aviso publicado na página de internet daquela autoridade.

Ao comprar de 51% da Blueticket, mas mantendo-se a Arena Atlântico também como acionista da empresa, a Altice Portugal entra assim numa nova área de negócio. O negócio foi notificado à AdC em 13 de fevereiro, um dia antes de a Altice Portugal, em comunicado, anunciar ter chegado a acordo com a Arena Atlântico para comprar o controlo (51% do capital) da Blueticket, mas sem revelar os valores envolvidos na operação.

Em comunicado divulgado nesse dia, o presidente executivo da Altice Portugal, Alexandre Fonseca, reconheceu que a compra de 51% da empresa de bilhética era uma aposta numa nova área de atividade e representava “maior investimento e o alargamento do seu ecossistema e área de atuação”.

No mesmo comunicado, também o administrador executivo da Arena Atlântico e da Blueticket, Jorge Vinha da Silva, sublinhava que o negócio representava “uma importante oportunidade de crescimento” da Blueticket e adiantou que “a entrada da Altice no capital da empresa assegura o acesso a know-how tecnológico e garante escala à atividade comercial da Blueticket”.

A Blueticket – que no seu site informa vender por ano 3,5 milhões de bilhetes — surgiu da cisão da área de ticketing da Arena Atlântico, que se dedica à exploração de espaços para espetáculos e eventos, através da gestão e exploração do pavilhão Altice Arena (antigo Pavilhão Atlântico), na Expo em Lisboa. A Meo, do grupo Altice, presta serviços de comunicações eletrónicas, de transporte e difusão de sinal, de oferta de serviços de voz, vídeo, dados e Internet, tanto fixos como móveis, e distribui televisão por subscrição.

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45% das empresas planeia reduzir postos de trabalho

Quase metade das empresas admite reduzir postos de trabalho e suspender novas contratações. Trabalho manual, cadeia de produção e suporte ao negócio são as áreas mais afetadas.

Com a economia praticamente congelada, 45% das empresas europeias localizadas na Europa Ocidental e no Reino Unido estão a prever ou a considerar reduzir postos de trabalho face ao impacto do Covid-19 nos seus negócios, seja por lay-off ou redução de efetivos, conclui estudo da Willis Towers Watson, realizado num universo de mil organizações.

Metade das organizações (50%) congelou, adiou (55%) ou suspendeu (47%) as novas contratações. Para além deste número, 8% das empresas inquiridas têm planos para reduzir as contratações e 18% estão a considerar fazê-lo. Quase metade das empresas inquiridas no estudo reduziu ou tencionar reduzir o número de colaboradores com contratos de caráter temporário.

Trabalho manual, cadeia de produção e o suporte ao negócio são as áreas mais suscetíveis de sofrerem cortes nos próximos três meses.

“Em matéria de remuneração, quase metade (48%) das empresas consultadas está a considerar ou já aplicou o diferimento ou redução de aumentos salariais. Mais concretamente, 17% informam que já congelaram salários e 26% dizem que estão a planear fazê-lo ou a considerar essa possibilidade. Além disso, cerca de 12% realizaram ou pretende realizar reduções salariais, mas 66% não planeia ou considera vir a fazê-lo”, refere Sandra Bento, associate director da Willis Towers Watson.

Quanto tempo esta pandemia terá impacto nos negócios?

Nas regiões analisadas, 64% das empresas consultadas reconhecem que a pandemia terá um impacto negativo relevante no seu negócio nos próximos seis meses, 51% acreditam que este se estenderá ao longo do próximo ano e 17% que essas consequências se sentirão inclusive ao longo do exercício de 2022.

Com toda esta incerteza a nível mundial, algumas empresas estão a ponderar cortar nos salários dos colaboradores, apesar da grande maioria das empresas inquiridas (68%) adiantar que ainda não discutiu internamente o tema do impacto do Covid-19 na política de remunerações da organização.

De acordo com o estudo da Willis Towers Watson, de momento, apenas 10% das organizações consultadas reduziram temporariamente o salário fixo de alguns dos seus diretores/administradores executivos, como consequência da pandemia. E, das restantes, só 4% estão a planear fazê-lo.

Quanto às empresas com políticas de bónus anual, seja atribuídos a cargos de direção ou a outro tipo de colaboradores, só 25% manifestam que a pandemia não terá qualquer impacto no modelo, enquanto 47% (no que se refere aos cargos de direção) e 46% (no que se refere aos restantes colaboradores) já realizaram ajustes nos objetivos aos quais vinculam o bónus anual.

Quanto aos incentivos a longo prazo, uma clara maioria das organizações (82%) afirma que a pandemia não teve impacto no desenho dos planos baseados no cumprimento de objetivos. No que se refere aos incentivos atribuídos na forma de ações, 27% das empresas pretende mantê-los tal como estavam inicialmente definidos, sendo que 12% inclusive já os atribuíram este ano.

Para Sandra Bento, estes dados vêm mostrar que “a crise ocasionada pelo Covid-19 apenas ampliou e acelerou o facto de que as organizações enfrentam incertezas, ambiguidades e transformações generalizadas à medida que avançamos para um mundo mais global e digital. A maneira como as organizações lideram e gerenciam o novo normal é fundamental para o desempenho dos negócios e a capacidade de permanecerem competitivas e relevantes”.

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Economia britânica contrai 2% no trimestre devido ao Covid-19

  • Lusa
  • 13 Maio 2020

O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido contraiu-se 2% no primeiro trimestre em termos homólogos, já com o impacto parcial da pandemia de Covid-19.

O Produto Interno Bruto britânico contraiu-se 2% no primeiro trimestre deste ano face aos últimos três meses de 2019, o maior decréscimo desde o quarto trimestre de 2008, informou hoje a agência de estatística do Reino Unido (ONS). Este cálculo, o primeiro que a ONS faz sobre o Produto Interno Bruto (PIB), teve em conta o impacto direto da pandemia do Covid-19 e o confinamento no Reino Unido desde finais de março.

Em comparação com o mesmo trimestre de 2019, o PIB contraiu-se 1,6% no primeiro trimestre de 2020, a maior queda homóloga desde o quarto trimestre de 2009, adiantou a ONS. O recuo correspondente ao primeiro trimestre reflete em grande parte o decréscimo registado em março de 5,8% na produção, construção e setor dos serviços.

No comunicado, a ONS indica que houve uma alteração generalizada da atividade económica no primeiro trimestre, sobretudo porque o setor dos serviços, pilar da economia do Reino Unido, desceu 1,9%, mas os setores da indústria e da construção também se contraíram. O consumo das famílias recuou 1,7% no primeiro trimestre, a maior contração desde o quarto trimestre de 2008, quando o país atravessava uma profunda crise económica.

A ONS admitiu que enfrentou uma série de desafios para fazer este cálculo do PIB devido à alteração da atividade económica e à aplicação das medidas estabelecidas pelo Governo para fazer frente à crise provocada pela pandemia do Covid-19.

O analista em estatística da ONS Jonathan Athow sublinhou que “com a chegada da pandemia, quase todos os aspetos da economia foram afetados em março”. “Os serviços e a construção registaram decréscimos máximos no mês de março, com a educação, a venda de veículos e [a atividade nos] restaurantes com perdas consideráveis”, acrescentou. Não obstante, setores como o informático, o farmacêutico ou a venda de produtos de limpeza registaram subidas, indicou a ONS.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 290 mil mortos e infetou mais de 4,2 milhões de pessoas em 195 países e territórios. A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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João Paulo Rebelo procura “solução criativa” para jogos em sinal aberto

  • ECO
  • 13 Maio 2020

O Secretário de Estado da Juventude e do Desporto revelou que será muito difícil transmitir os restantes jogos da temporada 2019/2020 em sinal aberto.

Com a Liga Nos a regressar no próximo dia 4 de junho, há uma questão que continua a pairar na esfera futebolística, a transmissão dos jogos em sinal aberto durante a Pandemia. João Paulo Rebelo, Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, refere esta quarta-feira, em entrevista ao Jornal Económico (acesso livre), que será difícil chegar a um acordo com as operadoras que detém os direitos de transmissão do campeonato nacional, podendo ser necessário um ‘plano B’ para evitar futuras aglomerações.

“Não creio que haverá capacidade para encontrar um acordo, um equilíbrio entre o que são os interesses e o retorno financeiro destes operadores”, salientou o Secretário de Estado, acrescentando ser fundamental encontrar uma solução para as possíveis aglomerações, “podem surgir oportunidades novas: quantos jogos do Europeu não foram vistos em locais públicos, com ecrãs gigantes, de forma a diluir a aglomeração nos espaços habituais”.

Quando questionado sobre a possibilidade dos estádios reabrirem portas ainda esta temporada, João Paulo Rebelo garantiu que essa eventualidade está “completamente fora de hipóteses”.

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Centeno critica Banco de Portugal e fala em “capitalização selvagem” do Novo Banco

O ministro das Finanças considera que a resolução do Novo Banco foi a mais "desastrosa da história da Europa" e diz que a "separação de ativos foi incompetente".

Mário Centeno, ministro das Finanças, está esta quarta-feira na Comissão de Orçamento e Finanças, na Assembleia da República, para discutir o Programa de Estabilidade e do Programa Nacional de Reformas que foram entregues na semana passada. O documento não contém projeções, mas avança com estimativas do impacto orçamental das medidas relacionadas com a pandemia.

Ontem, numa análise ao documento, a UTAO avisou para a “despesa pesada” que podem vir a tornar-se as garantias públicas prestadas nas linhas de crédito às empresas assim como a provável intervenção na TAP.

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América supera Europa em infetados e é novo foco mundial da pandemia

  • Lusa
  • 13 Maio 2020

Continente americano acaba de ultrapassa a Europa no número de infetados com Covid-19. Tem 1,74 milhões de casos confirmados e torna-se o novo foco mundial da pandemia.

O continente americano ultrapassou esta terça-feira a Europa no número de infetados com Covid-19 ao registar cerca de 1,74 milhões de casos, tornando-se no novo foco mundial da pandemia.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que a América regista agora 1,74 milhões de casos confirmados de coronavírus e superou a Europa, que totalizava 1,73 milhões nas últimas horas e era, desde meados de fevereiro, o ‘epicentro’ da pandemia.

Contudo, as mortes por Covid-19 no continente americano, que na segunda-feira ultrapassou a barreira dos 100 mil óbitos, são significativamente inferiores aos quase 160 mil registados na Europa, segundo dados divulgados pela OMS.

Os dados que a Universidade Johns Hopkins atualiza todos os dias ajudam a ter uma ideia sobre a evolução da doença e seu impacto sobre os índices de mortalidade nos países.

A instituição estimou que a taxa de mortalidade por 100 mil habitantes devido ao Covid-19 é de 24,66 nos Estados Unidos, 13,80 no Canadá, 12,56 no Equador, 6,13 no Peru, 5,96 no Panamá, 5,56 no Brasil, 2,83 no México, 1,72 no Chile, 1,21 em Honduras, 1,07 na Bolívia, 0,96 na Colômbia e 0,71 na Argentina.

Dada a magnitude dos números, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) declarou-se “muito preocupada” com a velocidade com que o Covid-19 está a propagar-se no continente americano, onde na última semana foram contabilizados mais 266.269 casos.

“Estamos muito preocupados com a rapidez com que a pandemia está a propagar-se. A nossa região levou três meses para atingir um milhão de casos, mas menos de três semanas para quase duplicar esse número”, disse a diretora da organização, Carissa Etienne.

A diretora da OPAS alertou que, devido a esse crescimento na mortalidade e transmissão do vírus na América do Sul, os sistemas de saúde em grandes centros urbanos como Lima [Peru] ou Rio de Janeiro [Brasil] “estão rapidamente a ficar sobrecarregados”.

De resto, os EUA registaram quase 1.900 mortes nas últimas 24 horas, um novo aumento no número diário de óbitos causados pelo Covid-19, após dois dias de declínio acentuado, de acordo com a contagem da Universidade Johns Hopkins.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 290 mil mortos e infetou mais de 4,2 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, vários países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.

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Maior operadora de turismo mundial vai cortar oito mil postos de trabalho

  • Lusa
  • 13 Maio 2020

"Queremos reduzir permanentemente os nossos encargos administrativos em 30% em todo o grupo" com "consequências em cerca de 8.000 empregos", anuncia o grupo alemão TUI.

A maior operadora de turismo mundial, o grupo alemão TUI, anunciou esta quarta-feira a intenção de cortar oito mil postos de trabalho, devido ao impacto económico da pandemia de Covid-19.

“Queremos reduzir permanentemente os nossos encargos administrativos em 30% em todo o grupo” com “consequências em cerca de 8.000 empregos” que “não vamos ocupar ou eliminar” e que corresponde a cerca de 10% da sua força de trabalho, indicou em comunicado o grupo, que tem quase 70 mil funcionários em todo o mundo.

A operadora indicou paralelamente fortes prejuízos, nos lucros e no volume de negócios.

Diante de uma cessação quase total das suas atividades, o grupo desbloqueou em abril um empréstimo de emergência garantido pelo estado alemão de cerca de 1,8 mil milhões de euros, que “devem ser pagos num período muito curto de tempo”, salientou na mesma nota.

É por isso que “o grupo está a implementar” um “programa global” com “reduções significativas de custo”, para que a atividade “possa continuar”, mesmo “num mercado enfraquecido”, acrescentou.

O grupo, no entanto, mostra-se otimista: “As pessoas querem viajar” e “a Europa está gradualmente a reabrir”.

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Revista de imprensa internacional

No Reino Unido, no primeiro trimestre a economia registou a maior quebra desde 2008. Na Alemanha, a Tui prepara-se para cortar 8.000 postos de trabalho.

No Reino Unido, no primeiro trimestre a economia registou a maior quebra desde 2008. Na Alemanha, a Tui prepara-se para cortar 8.000 postos de trabalho. Em Bruxelas, a Comissão Europeia vai divulgar esta quarta-feira as guidelines para o setor do turismo, mas o comissário europeu para a economia, Paolo Gentiloni, assegura que haverá férias na União Europeia este verão, mesmo com o vírus.

The Guardian

Economia britânica regista maior contração desde 2008

No primeiro trimestre deste ano, o PIB do Reino Unido caiu 2%, em termos homólogos, o que representa a maior queda desde o quarto trimestre de 2018 (crise financeira). Em relação ao trimestre anterior (em cadeia), o PIB encolheu 1,6%. Os dados divulgados pelo instituto de estatísticas britânico já captam os efeitos diretos da crise pandémica e a introdução de medidas de confinamento e distanciamento social para reduzir a transmissão do vírus. Isolando março, o mês em que a pandemia se instalou na Europa como o seu epicentro, o PIB afundou 5,8%, uma queda sem precedentes.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês).

CNBC

Tui corta 8.000 postos de trabalho

A empresa de turismo alemã, Tui, vai cortar 8.000 postos de trabalho para reduzir custos da estrutura em 30% numa altura em que o setor enfrentar dificuldades particulares por causa do coronavírus. “Sem dúvidas, esta é a maior crise que a indústria do turismo e a Tui alguma vez enfrentaram”, escreve a empresa no relatório financeiro intercalar, assinalando que depois desta experiência “o mundo será diferente assim como a Tui”. A aposta do grupo será na digitalização do negócio.

Leia a notícia completa na CNBC (acesso livre, conteúdo em inglês)

Financial Times

Trump ordena ao fundo federal de pensões que não invista em ações chinesas

O Presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou ao principal fundo de pensões do governo federal para não investir em empresas chinesas, considerando que estas representam um grave risco para a segurança nacional dos EUA. Robert O’Brien, conselheiro de segurança nacional dos EUA, e Larry Kudlow, conselheiro económico da Casa Branca, afirmaram que a utilização do índice MSCI All Country World ex-US Investable Market “exporia os fundos de pensões a um risco significativo e desnecessário”, uma vez que estariam a investir em empresas chinesas que colocam preocupações tanto de segurança nacional como humanitárias, operando em violação das sanções dos EUA. A intervenção da Casa Branca ocorreu numa altura em que a administração desse fundo preparava-se para mudar o investimento internacional do fundo para um índice que incluía empresas chinesas.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês).

Bloomberg

Facebook paga indemnização de 48 milhões de euros aos moderadores de conteúdos

O Facebook chegou a acordo num processo que envolve mais de dez mil moderadores de conteúdo que sofreram mazelas psicológicas por causa da constante exposição a situações perturbadoras. Em causa estão imagens ou vídeos relacionados com terrorismo ou o abuso de crianças. No total, a rede social vai pagar 48 milhões de euros (52 milhões de dólares) em indemnizações. Estes moderadores são responsáveis por eliminar as publicações que não respeitam as regras do Facebook.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso pago, conteúdo em inglês).

El País

“Vamos ter uma época turística de Verão este ano”, diz Paolo Gentiloni

O comissário europeu para os assuntos económicos, Paolo Gentiloni, está convicto que “vamos ter uma época turística de verão este ano”, apesar de reconhecer que não será uma época normal. O antigo primeiro-ministro italiano está confiante que até 60% da atividade pode ser salva, principalmente nos países mais afetados pelo Covid-19, como Espanha, por exemplo. Gentiloni defende igualmente a criação de um poderoso fundo europeu de recuperação e encoraja os países que precisam a pedirem acesso à nova linha de crédito do Mecanismo Europeu de Estabilidade. “Não deve haver distanciamento social neste caso… é melhor irmos juntos”, defende.

Leia a notícia completa no El País (acesso livre, conteúdo em espanhol).

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Governo aprova resolução que mantém fronteira com Espanha fechada após dia 14

  • Lusa e ECO
  • 13 Maio 2020

Indicação de que o controlo de pessoas nas fronteiras se manteria para além de 14 de maio já tinha sido dada pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, durante uma audição no Parlamento.

O Conselho de Ministros aprovou esta segunda-feira, por via eletrónica, a resolução que vai manter para além do dia 14 de maio o encerramento das fronteiras terrestres com Espanha.

“O Conselho de Ministros aprovou hoje a resolução que prorroga a reposição, a título excecional e temporário, do controlo de pessoas nas fronteiras, no âmbito da pandemia da doença Covid-19”, refere o comunicado divulgado no final da reunião extraordinária do Governo.

Esta resolução entra em vigor às 00:00 horas do dia 14 de maio, quinta-feira.

A indicação de que o controlo de pessoas nas fronteiras se manteria para além de 14 de maio já tinha sido dada pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, durante uma audição na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais.

Na ocasião, o ministro não avançou uma data para a reabertura, tendo referido que está “dependente do sucesso” de Portugal e de Espanha na luta contra o Covid-19.

O controlo das fronteiras terrestres com Espanha está a ser feito desde as 23h00 do dia 16 de março em nove pontos de passagem autorizada devido à pandemia de Covid-19. Os pontos de fronteira em funcionamento são Valença-Tuy, Vila Verde da Raia-Verín, Quintanilha-San Vitero, Vilar Formoso-Fuentes de Oñoro, Termas de Monfortinho-Cilleros, Marvão-Valência de Alcântara, Caia-Badajoz, Vila Verde de Ficalho-Rosal de la Frontera e Castro Marim-Ayamonte.

No âmbito do controlo das fronteiras, estão impedidas as deslocações turísticas e de lazer entre os dois países, sendo apenas permitida circulação de transportes de mercadorias e de trabalhadores transfronteiriços.

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Defesa de Rui Pinto pede afastamento da juíza Helena Leitão

  • ECO
  • 13 Maio 2020

Advogados entendem que pode haver mails da juíza Helena Leitão no correio eletrónico roubado ao advogado João Medeiros. Segundo a defesa a magistrada não oferece confiança para julgamento imparcial.

Depois do pedido de afastamento do juiz Paulo Registo, a equipa de advogados de Rui Pinto entregou no Tribunal da Relação de Lisboa um pedido para afastar a juíza Helena Leitão. O motivo prende-se pelo facto da juíza ser cliente do advogado João Medeiros, que é assistente do processo em que Rui Pinto é acusado de tentativa de extorsão, sabotagem informática e de dezenas de crimes de acesso ilegítimo, avança o Correio da Manhã (acesso pago) e o Expresso (acesso livre).

O hacker terá roubado todo o correio eletrónico que João Medeiros tinha no email da PLMJ, o escritório de advogados para quem trabalhava na altura. A defesa de Rui Pinto alega que entre a correspondência roubada estarão emails trocados com a juíza Helena Leitão, que continua a ser cliente de João Medeiros.

A juíza considera que o facto de ser cliente de João Medeiros não é razão suficiente para pedir escusa do caso. Entendimento teve Paulo Registo que pediu escusa, depois de ter sido tornado público que teria colocado likes nas redes sociais em publicações que classificação Rui Pinto como “pirata”.

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PSI-20 desvaloriza pela terceira sessão consecutiva

A bolsa nacional abriu em terreno negativo, acumulando três sessões de queda. É o pior ciclo de perdas desde as fortes desvalorizações registadas em março por causa da crise pandémica.

A bolsa nacional está a negociar no vermelho no início da sessão desta quarta-feira, cedendo pela terceira sessão consecutiva, em linha com a desvalorização registadas nas bolsas europeias. Este é o pior ciclo de perdas desde as fortes desvalorizações registadas em março por causa da crise pandémica.

Neste momento, o índice lisboeta perde 1,5% para os 4.080,59 pontos. “O PSI20 deverá abrir em baixa”, antecipavam os analistas do BPI no diário de bolsa, prevendo a mesma tendência para as bolsas europeias após as quedas significativas em Wall Street. Os investidores mantêm-se preocupados com a capacidade de recuperação da economia e uma possível segunda vaga de infeções agora que a maioria dos países está num processo de desconfinamento.

Na sessão de hoje, as atenções recaem sobre a Jerónimo Martins que apresenta os resultados do primeiro trimestre após o fecho da sessão. De acordo com o CaixaBank BPI Equity Research, as vendas na Polónia deverão ser “fortes”, “embora a partir de agora o foco deva virar-se para as margens”. A casa de investimento prevê que as receitas tenham aumentado 12% e os lucros em 5% para os 76 milhões de euros.

Neste arranque da sessão, a Jerónimo Martins estão a valorizar 0,32% para os 15,8 euros, sendo uma das poucas cotadas que está a subir. É o caso também da REN, da EDP — que esteve ontem em ex-dividendo — e da Sonae Capital.

Contudo, estas subidas não são suficientes para contrariar a descida generalizada que afeta a maioria das cotadas nacionais. A maior queda é registada pela Nos que cede 2,71% para os 3,156 euros, seguida pela Galp Energia que desvaloriza 2,3% para os 9,78 euros. Nota ainda para o BCP que perde 1,9% para os 9,07 cêntimos.

Apesar de estarem a descontar o dividendo na sessão de hoje, tanto a Altri como a Sonae estão a negociar em alta neste momento.

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Deco recebeu 3.600 pedidos de ajuda desde o estado de emergência

  • Lusa
  • 13 Maio 2020

Entre 18 de março e 11 de maio, a Deco recebeu 3.600 pedidos de ajuda por parte de famílias em dificuldades. Perda de rendimentos foi o motivo que levou 27,3% destas famílias a pedir ajuda.

A Deco recebeu 3.600 pedidos de ajuda, entre 18 de março e 11 de maio, por parte de famílias em dificuldades financeiras devido à redução de rendimentos causada por situações de desemprego, lay-off ou não pagamento de salários.

A coordenadora do Gabinete de Proteção Financeira (GPF) da Deco, Natália Nunes, habituada a lidar com casos de famílias sobre-endividadas, registou uma mudança nos motivos e no tipo de pedido de ajuda que chegaram a este gabinete desde que o país entrou em estado de emergência e, posteriormente, em estado de calamidade, devido à pandemia de Covid-19.

São dados que em nada têm a ver com os de anos anteriores”, referiu Natália Nunes, assinalando que nestes quase dois meses as solicitações que chegaram ao GPF partiram de famílias que “vinham de uma situação mais ou menos normal, que estavam a trabalhar e que, de um momento para o outro, deixaram de ter rendimentos”. Segundo Natália Nunes, trata-se de situações “muito diferentes daquelas a que já” se assistiu.

No topo das preocupações destas famílias não está a prestação do crédito da casa, mas a falta de dinheiro para comprar “coisas básicas”, como alimentação ou as contas da luz, água e gás, sublinhou à Lusa a coordenadora do GPF da Deco – Associação de Defesa do Consumidor.

A perda de rendimentos foi o motivo que levou 27,3% destas famílias a pedir ajuda, a que se somaram 23,5% que recorreram ao GPF por estarem no desemprego, 15,5% por se terem visto numa situação precária e 2,6% devido a negócio mal sucedido.

“Mais de 70% dos [3.600] pedidos de ajuda têm a ver com este aspeto da diminuição de rendimentos ou até da ausência total de rendimentos”, precisou Natália Nunes, especificando que nestes 70% há “uma grande parte” explicada pela perda de rendimentos informais, pela entrada em ‘lay-off’ (redução temporária dos períodos normais de trabalho ou suspensão dos contratos de trabalho), o não pagamento de salários e ausência total de rendimentos.

Com a moratória do crédito à habitação, a prestação da casa não é, pelo menos no imediato, a maior preocupação destas pessoas.

“A questão do pagamento do crédito à habitação neste momento não é uma das grandes preocupações das famílias. Com toda a certeza irá sê-lo a partir de setembro. Neste momento ainda não é”, afirmou a coordenadora do gabinete de Proteção Financeira da Deco.

De acordo com os dados do GPF, 42% dos pedidos de ajuda que chegaram ao gabinete foram para aconselhamento sobre as medidas tomadas pelo Governo no âmbito de Covid-19, bastante acima dos 25,1% que procuraram aconselhamento sobre a forma de reestruturarem os créditos, sobretudo pessoais e de cartão de crédito.

Houve ainda 1,2% que pediram aconselhamento sobre a forma de aceder aos apoios sociais existentes.

A forma como a pandemia e as medidas tomadas para conter a sua propagação se foram prolongando no tempo alterou os causas para o recurso ao GPF da Deco, referiu Natália Nunes, precisando que, em março, as famílias, já “muito preocupadas”, procuravam essencialmente informação, enquanto que em abril ainda procuravam informação, mas queriam sobretudo ajuda. Já este mês procuram ajuda para serem encaminhadas para apoios sociais e para reestruturar os créditos.

Durante o mês de abril o GPF iniciou 234 processo de intervenção, através dos quais é dado apoio na renegociação de dívidas, entre outras medidas. Deste total, 41% dizem respeito a trabalhadores do setor privado e 17% a desempregados

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