Rio diz que “provavelmente” deixa passar Suplementar na votação final
O PSD deverá "provavelmente" deixar passar o Orçamento Suplementar, através da abstenção, na votação final global que se realiza a 3 de março.
Rui Rio anunciou este sábado que o PSD deverá deixar passar o Orçamento Suplementar na votação final global que decorrerá na próxima sexta-feira, 3 de julho. Na generalidade, os social-democratas abstiveram-se, viabilizando a proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2020 entregue pelo Governo no Parlamento.
“Nós deixamos passar o Orçamento Suplementar na generalidade e provavelmente na votação final global por uma questão de interesse nacional“, afirmou Rio numa conferência de imprensa após o primeiro encontro do Conselho Estratégico Nacional (CEN) do PSD sob a liderança de Joaquim Miranda Sarmento, o responsável do partido para as finanças públicas. Anteriormente, a estrutura era liderada por David Justino, vice-presidente do PSD.
Para Rui Rio seria “gravíssimo” caso o Orçamento Suplementar não fosse viabilizado, o que poderia deixar o país sem os “meios financeiros para responder aquilo que é necessário” no contexto da crise pandémica.
O líder do PSD deixou claro que prefere viabilizar o Suplementar, mesmo que este conte com “algumas coisas” das quais discorda. Os partidos com assento parlamentar entregaram propostas até quarta-feira e no início da próxima semana decorrem as votações na especialidade, as quais poderão levar a alterações face à proposta entregue pelo Ministério das Finanças.
Mas essa possibilidade “é muito menos importante do que castrar o país, ficando sem meios financeiros”, assinalou Rio, garantindo que “só numa situação limite é que faríamos uma coisa dessas [chumbar o Orçamento Suplementar]”. “Tem a ver com o sentido da responsabilidade do Estado”, concluiu.
Líder do PSD considera que “correu mal” controlo da pandemia em Lisboa e Vale do Tejo
O presidente do PSD, Rui Rio, disse este sábado, em Coimbra, que a ação do Governo no controlo da pandemia da covid-19 “correu mal” nas últimas semanas na região de Lisboa e Vale do Tejo.
“Olhando aos resultados da ação governativa em Lisboa e Vale do Tejo nas últimas duas, três semanas, naturalmente, são dados objetivos que correu mal“, frisou o líder social-democrata, no final da reunião do Conselho Estratégico Nacional do partido.
Aos jornalistas, o dirigente considerou natural que existam críticas ao Governo “sob a forma ao retardador que foi a resposta pública à evolução da pandemia em Lisboa e Vale do Tejo”, quando já existia experiência a lidar com a pandemia.
Instado a dizer o que faria de diferente se liderasse o Governo, Rui Rio não quis referir medidas, mas disse que teria de “introduzir a dinâmica que a Direção-Geral da Saúde (DGS) precisa e de estar também mais atento para responder mais depressa”.
“Sabia o que tinha de fazer do ponto de vista da postura relativamente ao problema e aos serviços”, salientou o líder social-democrata, adiantando que a DGS “não está a responder devidamente”.
Questionado pelos jornalistas, o presidente do PSD referiu ainda que “compreende a colaboração” do Presidente da República com o Governo, embora desde o início do mandato não tenha “estado sempre de acordo” com Marcelo Rebelo de Sousa.
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