Há cada vez mais ricos. E as fortunas estão cada vez maiores
O número de milionários e multimilionários em todo o mundo aumentou 8,8% em 2019. O valor das fortunas subiu 8,6% para 74 biliões de dólares, revela um relatório da consultora Capgemini.
O mundo pode estar mais incerto, mas nem isso invalida a velha máxima de que “os ricos estão cada vez mais ricos”. 2019 foi prova disso. O número de milionários e multimilionários cresceu 8,8%, para 19,6 milhões de pessoas em todo o mundo, enquanto o valor global das fortunas subiu 8,6%, para 74 biliões de dólares (74.000.000.000.000 dólares).
Esta é a conclusão do estudo anual World Wealth Report da consultora Capgemini, que mede o pulso aos chamados high net worth individuals em todo o mundo — ou, por outras palavras, pessoas altamente ricas. O contexto de crescimento em 2019 dá-se depois de uma interrupção no crescimento em 2018, marcado por ligeiros recuos na quantidade de fortunas e no valor das mesmas. Nesse ano, o índice bolsista norte-americano S&P 500 caiu 6,59%.
Número de milionários e multimilionários
O relatório da Capgemini também inclui detalhes sobre a localização e distribuição das fortunas mundiais — que, para efeitos de contabilização, abrange pessoas que detenham património superior a um milhão de dólares. A maioria das fortunas localiza-se nos EUA, seguindo-se o Japão, Alemanha, China, França, Reino Unido e Suíça. Mais de 61% das fortunas encontram-se nos quatro primeiros países desta lista. Alargando o espetro, a América do Norte tem 10,9% das fortunas, seguindo-se o Médio Oriente (9,3%), Europa (8,7%), Ásia-Pacífico (7,6%), África (6,1%) e América Latina (2,7%).
Em termos de alocação de recursos (asset allocation) — um indicador que permite apurar em que classes de ativos está a maioria deste património –, os dados mostram que as ações (private e public equity) perderam terreno em 2019 face a 2018, mas que voltaram a ganhar dominância nos primeiros dois meses de 2020.
Em 2019, a maioria do património era liquidez ou equivalentes (27,9%), seguindo-se as ações (25,7%), ativos de receita fixa (17,6%), imobiliário (15,8%) e investimentos alternativos (12,9%). No final de fevereiro deste ano, 30,1% do património correspondia a ações, seguindo-se a liquidez (25,2%), os ativos de receita fixa (17,1%), o imobiliário (14,6%) e os investimentos alternativos (12,9%).
Alocação de recursos dos mais ricos
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