Falhas de cibersegurança duplicam em Portugal com a pandemia
O maior aumento coincide com o confinamento devido à pandemia de covid-19. Só no segundo trimestre foram registados 160 incidentes de phishing. Mais de um terço (37%) "afetaram o setor bancário".
O número de incidentes registados pelo Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) aumentou 101% no primeiro semestre, em termos homólogos, para 689, de acordo com o boletim do Observatório de Cibersegurança hoje divulgado.
“Ao longo do primeiro semestre de 2020, registou-se um aumento significativo no número de incidentes entre os meses de fevereiro e abril, ocorrendo depois uma diminuição constante entre os meses de abril e junho”, refere o Observatório de Cibersegurança de julho.
“O aumento coincide com o momento de confinamento devido à pandemia de covid-19”, sendo que, “comparando com o período homólogo de 2019, o primeiro semestre de 2020 regista um aumento de 101% no número de incidentes”, lê-se no documento. Em março tinham sido registados 138 incidentes (um aumento homólogo de 176%), em abril o número atingiu 150, o qual baixou para 138 incidentes em maio. No mês passado, foram registados 106 incidentes.
De acordo com o documento, “34% é a tendência de crescimento no número de incidentes registados pelo CERT.PT [serviço do CNCS que coordena a resposta a incidentes] no segundo trimestre, relativamente ao primeiro trimestre deste ano, de 295 para 394″. Já face ao segundo trimestre de 2019, “com um registo de 176 incidentes, verifica-se um crescimento de 124%”, refere.
No segundo trimestre foram registados 160 incidentes de phishing [ataque informático que visa pescar dados sensíveis de um utilizador], sendo o tipo de incidente mais frequente, seguido do sistema infetado por malware (68 incidentes) e do acesso não autorizado (41 incidentes). Mais de um terço (37%) dos incidentes de phishing registados pelo CERT.PT no segundo trimestre deste ano “afetaram o setor bancário”.
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