Ferro e Assis apelam a convergências em tempos de crise e incerteza
Presidente da Assembleia da República e o novo presidente do Conselho Económico e Social apelam à disponibilidade para convergências nos atuais tempos de crise e de incerteza.
O presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, e o novo presidente do Conselho Económico e Social (CES), Francisco Assis, apelaram esta quinta-feira à disponibilidade para convergências nos atuais tempos de crise e de incerteza.
Os dois deixaram esta mensagem na cerimónia em que Francisco Assis tomou posse como novo presidente do CES, no Salão Nobre da Assembleia da República, após ter sido eleito pelos deputados na sexta-feira passada, com uma maioria superior a dois terços dos votos.
Numa curta intervenção, Ferro Rodrigues disse que Assis assume estas funções “em tempos de incerteza” devido à pandemia de Covid-19, “um novo desafio de características desconhecidas e imprevisíveis, com meios de combate que se destacam pela imprecisão e o improviso”, que acontece quando Portugal “superava com sucesso a grave crise económica e financeira que tinha vivido”.
“Como na situação anterior, esta adversidade só vai ser ultrapassada num empenho coletivo, se houver convergências, não só de ordem política interinstitucional, mas também de âmbito económico e social”, considerou o presidente da Assembleia da República, manifestando-se convicto de que “o CES terá, uma vez mais, papel relevante a desempenhar” enquanto “espaço, por excelência, da concertação social”.
Em seguida, no seu primeiro discurso como presidente do CES, Francisco Assis fez também ele “um apelo a uma disponibilidade especial para a promoção de alguns entendimentos, de alguns consensos e de uma grande concertação” neste “momento de crise e de incerteza”.
“Trata-se de prosseguir aquilo que de bem feito o CES tem vindo a fazer, no sentido, justamente, de promover o consenso, de promover a concertação, de promover o diálogo entre os diferentes segmentos da sociedade civil portuguesa, tendo sempre presentes duas questões fundamentais: o crescimento da nossa economia e a salvaguarda da paz social”, acrescentou.
O antigo líder parlamentar do PS defendeu que a “paz social” depende da capacidade para se “promover uma verdadeira justiça social, que é sempre imprescindível e muito particularmente em horas de crise“, como agora.
“Estou certo de que há disponibilidade para isso. O apelo ao consenso não é o apelo a um país anestesiado, não é o apelo a um país que fique subitamente reconciliado em torno de qualquer tipo de pensamento único. Mas é justamente o apelo a que, na nossa diversidade, saibamos, pelo menos, falar uns com os outros”, acrescentou Assis.
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