Grupo de saúde CUF passa a prejuízos de 20 milhões por causa da pandemia
A CUF registou prejuízos de 20 milhões de euros devido à redução da atividade por causa da pandemia. Grupo de saúde refere que junho já trouxe sinais de retoma.
O grupo de saúde CUF, antiga José de Mello Saúde, passou a prejuízos de 20 milhões de euros no primeiro semestre do ano passado, devido à pandemia. O resultado negativo compara com os lucros de 22,4 milhões de euros obtidos no mesmo período do ano passado.
Os proveitos operacionais atingiram os 229,2 milhões de euros na primeira metade do ano, o que representa uma quebra de 40,2% face ao período homólogo. Os custos operacionais também registaram uma descida de 31,7%.
A CUF explica que, sem considerar a atividade da Parceria Público-Privada (PPP) de Braga, que terminou a 31 de agosto de 2019, a descida dos proveitos e custos seria menos intensa, de 19,2% e 5,1%, respetivamente.
Por sua vez, o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) afundou 86,4% para 8,1 milhões de euros.
“Os resultados operacionais no primeiro semestre foram severamente impactados pela quebra da atividade, motivada pelo aparecimento da Covid-19”, justifica o grupo de saúde.
Apesar da quebra dos resultados, a CUF diz que já se assistiu em junho a uma “retoma progressiva da atividade assistencial”, o que permitiu iniciar a “recuperação da atividade”. Os proveitos obtidos naquele mês foram de 41,1 milhões, já em linha com o mesmo período do ano passado. “Estes resultados transmitem um sinal positivo quanto à recuperação dos níveis da atividade que se espera no segundo semestre de 2020”, sublinha o grupo.
Consultas, urgências e operações afundam
Os indicadores assistenciais mostram uma evolução negativa no primeiro semestre por causa da pandemia, tanto no segmento privado como no segmento público, “em consequência do adiamento da atividade não urgente e da diminuição da atividade dos serviços de urgência, bem como da própria procura de serviços programados nas primeiras semanas após o término do estado de emergência”.
Foram dadas 811,7 mil consultas no privado e 63,5 mil no público durante o primeiro semestre, o que correspondem a quedas de 25.5% e 23,6% face ao mesmo período do ano passado. As urgências (-31,6% no privado e -24,1% no público), os doentes operados (-26,6% no privado e -29,1% no público) e os dias de internamento (-15,3% no privado e -1,7)% no público) também registaram quedas significativas.
Já os partos subiram no segmento privado (+13,5%) e público (+2,5%)
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