Primeiro-ministro pede aos portugueses que usem máscaras nacionais reutilizáveis
"É indispensável o uso da máscara. E o uso da máscara reutilizável produzida pela indústria portuguesa consegue o três em um", disse Costa após um encontro com representantes do têxtil e vestuário.
O primeiro-ministro pediu esta quarta-feira aos portugueses para que usem máscaras reutilizáveis fabricadas em Portugal, permitindo-se desta forma proteger simultaneamente a saúde de cada um, o ambiente e os empregos nas empresas nacionais.
António Costa falava aos jornalistas em São Bento, após ter recebido em audiência representantes de associações dos setores têxtil e vestuário, que lhe ofereceram uma caixa com exemplares de alguns dos cerca de 2.500 modelos de máscaras comunitárias já certificadas e que foram produzidas por empresas portuguesas.
“É indispensável o uso da máscara. E o uso da máscara reutilizável produzida pela indústria portuguesa consegue o três em um. Sendo reutilizável é amiga do ambiente, protege-nos contra a pandemia, mas protege também os empregos daqueles que trabalham nas empresas da indústria têxtil”, justificou. António Costa acentuou que a aquisição de máscaras nacionais “protege o ambiente, protege a saúde e o emprego”.
“Utilizemos estas máscaras. Há para todos os gostos e feitios. Umas mais coloridas, outras mais sóbrias, umas com mais design, outras com menos design, mas todas nos protegem contra a covid-19, todas protegem a nossa economia e o ambiente”, acrescentou.
Tendo ao seu lado o presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, Mário Jorge Machado, o primeiro-ministro, na sua breve intervenção, começou por agradecer “o enorme esforço de readaptação à nova realidade” deste setor produtivo nacional ao longo dos meses de pandemia da covid-19.
“Estamos perante uma muito dura realidade de quebra de mercado e às vezes de quebra de fornecedores. Mas [o setor] conseguiu reinventar-se, produzindo algo que é hoje absolutamente indispensável à vida do quotidiano dos cidadãos: As máscaras e os equipamentos de proteção individual para profissionais do setor da saúde, ou de outros setores em que esses mesmos equipamentos são vitais”, referiu António Costa.
O primeiro-ministro contou depois um episódio que observou na maratona negocial do último Conselho Europeu, em julho, em Bruxelas, que durou cinco dias, mas em que os Estados-membros conseguiram alcançar um acordo em torno do Quadro Financeiro Plurianual 2021/2027 e do Programa de Recuperação e Resiliência.
“Nessa maratona, o primeiro ponto em que foi possível um grande consenso foi sobre a enorme qualidade das máscaras produzidas pela indústria portuguesa“, disse. Antes de começarem os trabalhos desse Conselho Europeu, António Costa ofereceu máscaras fabricadas em Portugal aos chefes de Estado e de Governo dos outros países da União Europeia.
Já o presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, que falou em nome de várias entidades representativas do setor, agradeceu a iniciativa de António Costa de oferecer máscaras aos seus homólogos europeus.
“Nós, setor têxtil, entendemos que devíamos retribuir esse gesto. Trouxemos umas máscaras para mostrar aquilo que o setor têxtil tem vindo a fazer em termos de capacidade de inovação, adaptação e velocidade no desenvolvimento desta gama de produtos. Penso que contribuíram para ajudar o nosso sistema de saúde”, declarou Mário Jorge Machado.
Este empresário referiu depois que as indústrias têxteis “estão a passar uma fase difícil em termos de economia e de encomendas” e que todas estas empresas procuram alternativas para ultrapassar a crise. “Foram aprovados mais de 2.500 modelos de diferentes máscaras. Houve uma grande solidariedade das empresas”, acrescentou.
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