Já há acordo assinado. Antonoaldo Neves sai da TAP nos próximos dias
No conselho de administração da TAP, já nos próximos dias, Ramiro Sequeira será cooptado para ser o novo CEO.
Antonoaldo Neves deixa de ser oficialmente Chief Executive Officer (CEO) da TAP no próximo conselho de administração da companhia, que deverá ocorrer já nos próximos dias, apurou o ECO junto de fontes que conhecem o dossiê. O gestor que entrou pela mão de David Neeleman foi despedido em direto numa conferência de imprensa em julho, quando o Governo chegou a acordo para a compra das ações do empresário americano na TAP, mas só agora assinou o acordo para a saída da companhia.
A cessação do contrato de Antonoaldo Neves foi revelada em primeira mão no ECO Insider desta sexta-feira — a newsletter semanal do ECO exclusiva para assinantes. Depois de algumas semanas de negociações, o gestor e a TAP chegaram a um acordo que compreendeu, basicamente, o pagamento dos salários previstos até ao final do mandato que termina em dezembro.
As exigências iniciais de Antonoaldo Neves foram muitas, designadamente um acordo idêntico ao negociado por Fernando Pinto, considerado “generoso”. Só que esse acordo foi amigável, e negociado com David Neeleman. Agora estava o ministro Pedro Nuno Santos do outro lado da mesa. Depois, tentou um acordo com o fim em abril de 2021, mas acabou por aceitar as condições do Governo, isto é, vai receber os salários até dezembro, data de fim de contrato, o que dará um valor em torno dos 200 mil euros, apurou o ECO.
Agora, é apenas uma formalidade. De acordo com os termos do contrato, Antonoaldo Neves deixa de ser presidente executivo no momento em que o conselho de administração cooptar o novo gestor para aquelas funções. Ramiro Sequeira é Chief Operating Officer (COO) da companhia desde 2018 e deverá ser cooptado num conselho de administração a realizar a meia da semana. Sequeira vai ser presidente ‘interino’, porque o ministro das Infraestruturas comprometeu-se a contratar uma empresa de gestão de recursos humanos para encontrar um gestor no mercado internacional, mas vai ter de participar ativamente no plano de reestruturação da empresa, a entregar em Bruxelas no final de outubro.
Este plano, recorde-se, é uma condição que resulta do apoio público concedido pelo Estado no valor de 1.200 milhões de euros e só seria dispensável se a TAP o devolve-se até ao final do ano.
A primeira versão do plano de reestruturação da TAP deve estar concluída no prazo de dois meses. A BCG foi a consultora selecionada para a elaboração do plano de reestruturação da TAP, e já iniciou o processo de auscultação das organizações representativas dos trabalhadores, tendo reunido com o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) e o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC).
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