Exportações já quase curadas da pandemia. Importações caem 11,6%
Depois de terem começado a recuperar em julho, as exportações nacionais continuaram a dar sinais de um regresso à normalidade em agosto. Caíram apenas 1,4%.
Depois de uma quebra de 30% entre abril e junho, as exportações nacionais começaram a dar os primeiros sinais de recuperação em julho. No oitavo mês do ano esse caminho continuou a ser feito, tendo caído apenas 1,4% em agosto, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Enquanto isso, a compra de bens do exterior recuou apenas 11,6%, depois de ter caído mais de 20% em julho.
Tanto as vendas para o exterior como as compras mostram sinais de recuperação, depois de três meses a serem fortemente impactadas pelo coronavírus. Ambos os indicadores continuam em queda, mas mostram uma melhoria face aos meses passados. As exportações caíram 1,4%, depois de terem recuado 7,3% em julho, enquanto as importações diminuíram 11,6% de um recuo de 20,4% em julho.
“No que respeita às variações face ao mês anterior”, diz o INE, em agosto “as exportações e as importações diminuíram respetivamente 24,9% e 16,7% (+17,3% e +12,5%, pela mesma ordem, em julho de 2020), o que poderá estar relacionado com o facto de o mês de agosto ser por norma um mês de paragem para férias de algumas empresas e ter tido menos dois dias úteis que o mês anterior“.
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Face a estas evoluções, o défice da balança comercial de bens — diferença entre exportações e importações — reduziu 575 milhões de euros em agosto, atingindo os 1.048 milhões de euros.
Ainda no oitavo mês do ano, no que diz respeito à categoria de bens, o INE afirma que, comparando com agosto do ano passado, “a maioria das grandes categorias registaram decréscimos em ambos os fluxos”. Nas exportações, o destaque são os decréscimos de Fornecimentos industriais (-7,2%) e os acréscimos de Material de transporte (+7,5%) e de Produtos alimentares e bebidas (+8,3%). Já nas importações o destaque vai para as diminuições de Material de transporte (-32,9%), proveniente sobretudo de França, principalmente Outro material de transporte (maioritariamente aviões).
No trimestre terminado em agosto, refere o INE, as exportações e as importações de bens diminuíram respetivamente 6,5% e 18,5% face ao trimestre terminado em agosto do ano passado (-19,1% e -27,5%, pela mesma ordem, no trimestre terminado em julho de 2020).
Exportações para Angola caíram 33%. Importações de França reduzem 38%
Se em julho as exportações tinham recuado em praticamente todos os mercados principais, em agosto houve uma recuperação. Para Espanha foram vendidos 926 milhões de euros em bens, o equivalente a um aumento de 2,8%, enquanto para França foram exportados 503 milhões de euros (+21,1%) e para a Alemanha 469 milhões de euros (+2,6%).
Contudo, houve mercados que registaram diminuições acentuadas de bens comprados a Portugal. É o caso de Angola, com uma quebra de 32,7% (num total de 64 milhões de euros) e o Reino Unido com uma diminuição de 11,2% (total de 211 milhões de euros).
Já no que diz respeito às importações, os bens comprados a Espanha caíram 8% perfazendo 1.606 milhões de euros, enquanto os bens comprados a França registaram a maior queda: 37,6% num total de 295 milhões de euros.
(Notícia atualizada às 11h36 com mais informação)
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