“O que está em cima da mesa não chega”, mas PCP não diz não ao OE
Jerónimo de Sousa diz que não procurará "fazer qualquer birra" relativamente à proposta de OE do Governo. Mas diz que é insuficiente o que está em cima da mesa.
No dia em que o Bloco de Esquerda veio afirmar que não tem condições para deixar passar esta proposta de Orçamento do Estado para 2021, o PCP diz que o que está em cima da mesa não chega para o partido aprovar o documento de João Leão. Jerónimo de Sousa diz que é “insuficiente”, mas não fecha a porta. Reconhece os esforços do Governo, mas quer mais para dar o sim.
“O que está em cima da mesa não chega”, disse o secretário-geral dos comunistas sobre a proposta de OE 2021 que o Governo entregou esta segunda-feira, 12 de outubro, na Assembleia da República. “É insuficiente”, atirou Jerónimo de Sousa em entrevista ao Polígrafo, na SIC.
O líder dos comunistas reconheceu que “houve um esforço de aproximação” do Governo às propostas do PCP, mas continua a considerar que o documento precisa de mais medidas. O Governo aceitou muitas propostas, mas o “PCP quer mais”, disse, salientando nomeadamente os problemas que os trabalhadores enfrentam neste contexto de crise provocada pela pandemia.
Instado a assumir uma posição de voto no OE, Jerónimo de Sousa recusou fazê-lo. “Não é nim, nem sim, nem não…” ao OE, afirmou. “É perante conteúdos concretos da proposta de OE que iremos trabalhar…”, disse Jerónimo de Sousa, deixando a porta aberta ao diálogo com o Executivo de António Costa.
“Não procurando fazer qualquer birra, vamos analisar o que está lá e o que lá faz falta”, atirou o secretário-geral do PCP na entrevista à SIC. E rematou: “não há crise política se o Governo der respostas” às propostas do PCP.
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