Morreram mais 21 pessoas com Covid-19. Há 3.669 novos infetados, um novo recorde
Foram identificados 3.669 novos casos de infeção pelo novo coronavírus em Portugal nas últimas 24 horas. O número total de casos positivos desde o início da pandemia sobe para 116.109 casos.
Portugal registou 3.669 novos casos de infeção por Covid-19, um novo recorde diário, elevando para 116.109 o número de infetados desde o início da pandemia. Trata-se de uma subida diária de 3,26%, o maior aumento percentual desde abril. Já o número de mortes subiu para 2.297, após 21 óbitos terem sido contabilizados nas últimas 24 horas, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgada este sábado.
Há agora 45.970 pessoas (casos ativos) a lutarem contra a doença, mais 1.686 pessoas do que no balanço anterior. Tal como se tem verificado nos últimos dias, a maioria dos novos casos foi registada na região Norte. Dos 3.669 novos casos confirmados no total das últimas 24 horas, 2.212 localizam-se nesta região (60%), seguidos pela região de Lisboa e Vale do Tejo, que contabilizou 1.027 novas infeções (28%).
Este foi o primeiro dia em que o Norte registou mais de dois mil casos em 24h e que a região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou mais de mil casos.
Após o pico de mortes no dia anterior desde abril, nas últimas 24 horas morreram 21 pessoas vítimas da doença, das quais 11 na região Norte, seis em Lisboa e Vale do Tejo, uma na região Centro, duas no Alentejo e uma na região do Algarve.
Boletim epidemiológico de 24 de outubro:
Apesar do crescente número de casos a Norte (e de mais vítimas mortais), Lisboa e Vale do Tejo continua a ser a região com mais infeções até ao momento (52.340 casos de infeção e 919 mortes), seguindo-se o Norte (48.603 casos e 1.012 mortes), o Centro (9.661 casos e 291 mortes), o Algarve (2.427 casos e 25 mortes) e o Alentejo (2.368 casos e 35 mortes). Nas regiões autónomas, os Açores registam 338 casos e 15 mortos, enquanto a Madeira já registou 372 pessoas infetadas e continua sem registar nenhuma vítima mortal.
Quanto à caracterização clínica, a maioria dos infetados está a recuperar em casa, sendo que 1.455 estão internados (mais 37 face ao dia anterior) em enfermaria geral e 221 em unidades de cuidados intensivos (mais 23 face ao dia anterior). Há ainda 57.024 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde, ou seja, menos 431 do que no balanço de sexta-feira.
Os dados revelados pelas autoridades de saúde dão ainda conta de mais 1.962 recuperados, um número relativamente superior ao último balanço. No total, já 67.842 pessoas recuperaram da doença.
Costa elogia decisão da AR sobre máscaras na rua e admite mais medidas
O primeiro-ministro elogiou este sábado a “decisão difícil” do parlamento de impor o uso de máscara na rua e avisou que não pode excluir medidas mais drásticas como o recolher obrigatório caso a situação de pandemia se agrave no país.
“Não podemos excluir a necessidade de adotar qualquer tipo de medida. Devemos ir adoptando as medidas na medida do estritamente necessário”, afirmou António Costa, à margem de uma conferência da revista Visão sobre sustentabilidade e ambiente, na Estufa Fria, em Lisboa.
Dado que, afirmou, o combate à pandemia será “uma longa maratona” de muitos meses, “é preciso gerir o esforço”, pelo que há que “ir distribuindo e guardando as medidas para as utilizar nos momentos em que forem estritamente necessárias para evitar o excesso de cansaço”.
António Costa foi questionado sobre a avaliação que faz da experiência quanto ao recolher obrigatório decretado em vários países europeus. Dois dos maiores problemas que Portugal enfrenta nesta segunda vaga da pandemia, acrescentou, é a fadiga com as medidas por parte da população e a alteração na faixa etária, mais baixa, com “casos de menor gravidade”, e que tem “diminuído a perceção do risco”.
Um dia depois da decisão da Assembleia da República, que aprovou uma lei a tornar obrigatório o uso de máscara na rua, Costa elogiou a “difícil decisão” dos deputados. “É, obviamente, um incómodo, mas que adotamos para reforçar a consciência de que depende hoje essencial de nós controlar esta pandemia, se não quisermos ter medidas de encerramento mais globais”, justificou
O chefe do Governo recusou ainda a ideia de que a proibição de circulação entre concelhos, no próximo fim de semana, que coincide com o Dia de Finados, em que milhares de pessoas se deslocam tradicionalmente pelo país, como “um teste” para o Natal, em dezembro. Esta medida, disse, justifica-se porque “há um risco acrescido” com a prevista deslocação, dentro do país, apesar dos apelos da Igreja para as pessoas espaçarem as suas deslocações ao longo do mês ou ainda com restrições no acesso aos cemitérios.
(Notícia atualizada às 14h39 com mais informação)
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