Boeing com fortes prejuízos. Vai cortar mais sete mil empregos
Boeing anunciou que vai cortar mais sete mil postos de trabalho face aos prejuízos de 2.914 milhões de euros que registou nos primeiros nove meses.
A Boeing anunciou esta quarta-feira prejuízos de 2.914 milhões de euros nos primeiros nove meses, depois de lucros de 319 milhões no mesmo período de 2019, e que vai cortar mais 7.000 empregos até ao final do ano.
Segundo noticiam as agências EFE e AFP, a fabricante de aviões norte-americana anunciou esta quarta-feira perdas acumuladas de 2.914 milhões de euros (3.453 milhões de dólares) entre janeiro e setembro e uma queda de 27% nas vendas, para 36.504 milhões de euros (42.854 milhões de dólares), devido ao impacto da pandemia da Covid-19 e à paralisação dos seus aviões 737 MAX.
Assim, a empresa anunciou que vai cortar mais 7.000 postos de trabalho, ficando com 130.000 trabalhadores, face aos 160.000 trabalhadores que tinha no início deste ano.
O grupo, que não faz planos para reduzir a sua taxa de produção de aviões novamente, viu a sua faturação cair 29% no terceiro trimestre e registou um prejuízo líquido de 382 milhões de euros (449 milhões de dólares) naquele período.
O presidente e presidente executivo da Boeing, Dave Calhoun, citado pela EFE, apontou que a pandemia “continuou a pressionar” os resultados da empresa durante o terceiro trimestre, estando, por isso, “a administrar liquidez” e a transformar o seu modelo de negócios de forma “sustentável a longo prazo”.
Em julho, a Boeing anunciou perdas de 3.004 milhões de dólares (2.562 milhões de euros) no primeiro semestre de 2020, 278% mais do que o prejuízo que tinha tido no mesmo período de 2019.
Além das perdas causadas pela pandemia, a Boeing enfrenta também os efeitos causados pela paralisação dos aviões 737 Max, proibidos de voar desde março de 2019, após dois acidentes aéreos, na Indonésia e na Etiópia, que causaram 346 mortos, o que teve enormes custos para a companhia, que está a trabalhar para que os aparelhos deste modelo voltem a operar em segurança.
A Agência de Segurança e Aviação da União Europeia (EASA, na sigla inglesa), anunciou, em 16 de outubro, que o avião 737 Max é seguro, depois das atualizações de software implementadas pela fabricante norte-americana, e que poderá voltar a voar no espaço aéreo europeu no final deste ano.
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