Exportações voltam a piorar em outubro com queda homóloga de 2,2%
O desempenho das exportações de bens inverteu a tendência de melhoria em outubro. A venda de bens ao exterior caiu 2,2% face ao mesmo mês do ano passado.
As exportações de bens encolheram 2,2% em outubro deste ano, em comparação com o mesmo mês do ano passado, ao passo que as importações desceram 11,8%. Os números, que representam uma deterioração do desempenho das exportações, foram divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
No terceiro trimestre, que ficou concluído em setembro, as exportações de bens diminuíram 3,3%, em termos homólogos, recuperando da queda de 30% registada o segundo trimestre. Desde abril (o ponto mais baixo) que as exportações tinham vindo a recuperar, chegando a setembro (isolando esse mês) com um crescimento homólogo de 0,2%.
Contudo, em outubro, com o regresso das restrições em vários países, nomeadamente na Europa, por causa da segunda vaga de infeções, as exportações voltaram a ressentir-se, apesar de a dimensão do choque ser, para já, bastante inferior à da primeira vaga. O gráfico do INE mostra bem o desempenho das exportações este ano com o choque inicial da crise pandémica, a recuperação posterior e a deterioração da segunda vaga:
É de notar que estas variações são em termos nominais, ou seja, têm em conta a variação do preço dos bens transacionados e não se focam apenas na quantidade.
Especificamente sobre outubro, o gabinete de estatísticas realça “os decréscimos nas exportações de fornecimentos industriais (-5,9%) e nas importações de combustíveis e lubrificantes (-36,9%) e de material de transporte (-16,8%), principalmente automóveis para transporte de passageiros”. Contudo, nas exportações, o material de transporte registou um crescimento de 6,2%.
Por países, as maiores quedas nas exportações registaram-se para Angola (-41,4%), Estados Unidos (-12,7%) e Reino Unido (-8,4%). Já as exportações para Espanha, França, Alemanha, Itália, Holanda, Bélgica e Polónia cresceram em setembro, em termos homólogos.
O pior desempenho das importações face às exportações está a permitir uma melhoria significa no saldo comercial de bens. “Em outubro de 2020, o défice da balança comercial atingiu 965 milhões de euros, o que representa uma diminuição do défice de 733 milhões de euros face ao mesmo mês de 2019“, refere o INE. Com esta trajetória, o défice comercial de bens de 2020 deverá ser o mais baixo desde 2016.
(Notícia atualizada às 11h28 com mais informação)
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