Galp Energia cai mais de 2% e pressiona Lisboa, juros continuam abaixo de zero
O risco de um "no-deal" no pós-Brexit está a assustar os investidores e leva o PSI-20 a interromper o ciclo de sete sessões a subir. Juros das obrigações a dez anos continuam abaixo de zero.
As bolsas europeias abriram em baixa, contrariando a tendência positiva dos mercados asiáticos. O principal índice português acompanha as quedas, numa sessão de maior cautela da parte dos investidores, face ao risco de falhanço nas negociações para o pós-Brexit, uma notícia que está a ofuscar o entusiasmo com a extensão do programa de compra de ativos, anunciada na quinta-feira pelo Banco Central Europeu (BCE).
Enquanto o Stoxx 600 cai 0,13%, o francês CAC-40 perde 0,27%, o alemão DAX cai 0,30%, o espanhol IBEX-35 recua 0,44% e o britânico FTSE 100 regista um ganho marginal de 0,05%. O português PSI-20 cede 0,69%, para 4.772,63 pontos, com o grosso das cotadas a negociarem no vermelho e a Galp Energia a pressionar significativamente o índice.
A petrolífera lidera as quedas e recua 2,08%, para 9,116 euros por ação, seguindo a contraciclo com os preços do petróleo: o Brent, referência para as importações nacionais, avança 0,74%, para 50,62 dólares o barril. Também o BCP se destaca com uma perda de 1,90%, para 12,42 cêntimos.
A operadora Nos regista o terceiro pior desempenho da sessão. A telecom liderada por Miguel Almeida recua 1,44%, para 3,15 euros, numa altura em que está em curso o leilão de frequências do 5G.
No setor da eletricidade, o sentimento é misto, com a EDP a cair 0,38%, para 4,747 euros, enquanto a subsidiária EDP Renováveis trava parcialmente as perdas no índice ao registar um ganho de 0,11%, para 18,56 euros.
O PSI-20 caminha assim para uma interrupção de um ciclo de sete sessões consecutivas de ganhos. Na quinta-feira, o BCE reforçou a sua “bazuca” com mais 500 mil milhões de euros, para um total de 1,85 biliões, tendo prolongado o programa de compra de ativos até, pelo menos, março de 2022, o que animou os mercados de capitais.
Neste cenário, no mercado secundário de dívida soberana, os juros da dívida portuguesa continuam a negociar em terreno negativo. A yield das obrigações a dez anos transaciona nos -0,037, uma redução de 2,1 pontos base.
(Notícia atualizada às 8h36 com acentuar da queda da Galp)
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