É possível poupar mais de 230 euros na fatura de energia este ano
A poupança pode começar logo pelo simples facto de mudar de tarifário ou de comercializador de luz e gás: em média são menos 163 euros por ano na fatura. Mas é possível poupar ainda mais.
De acordo com os estudos mais recentes do Payper, aplicação independente especializada na comparação de tarifários de eletricidade, gás, água e telecomunicações, o ano de 2021 poderá ser bastante favorável no que diz respeito ao impacto dos gastos com energia no orçamento doméstico.
Para este ano, em matéria de impostos, a empresa prevê que a redução do IVA para 13% para os clientes domésticos com potência contratada até 6,9 kWh, em vigor desde 1 de dezembro de 2020, aplicada no consumo dos primeiros 100 kWh do consumo mensal, deverá permitir uma poupança mensal de, em média, de 1,6 euros por mês e de 19,2 euros por ano.
Para as famílias numerosas também haverá vantagens a partir de março de 2021, altura em que entra em vigor um desconto específico, que permitirá beneficiar de um desconto na taxa intermédia de IVA nos consumos mensais até 150kWh, ou seja, uma poupança de, em média, 2,23 euros/mês e de 26,76 euros/ano.
Outra forma de reduzir a fatura da luz passa por reduzir o valor da potência contratada do contrato de eletricidade para 3,45 kVA para beneficiar do IVA a 6%, medida esta que permite uma poupança anual média de 41 euros, diz o Payper.
No entanto, revela o Payper, a poupança pode começar logo pelo simples facto de mudar de tarifário ou de comercializador de luz e gás: em média são menos 163 euros por ano na fatura.
Relativamente aos novos tarifários para 2021, o estudo do comparador revela ainda que este ano seguirá a tendência de 2020, com a entrada de novos comercializadores com ofertas mais competitivas e a mudança progressiva dos clientes para tarifários mais competitivos. A EDP, por exemplo, já anunciou que os seus tarifários vão descer em média 1% este ano.
Desconfinamento em 2021 também pode ajudar a baixar fatura da luz
Em 2020, a pandemia de Covid-19 alterou radicalmente os padrões de consumo de eletricidade dos portugueses na habitação e nos locais de trabalho, revela um outro estudo do Payper realizado com base num algoritmo de inteligência artificial aplicado a 388 mil faturas submetidas na plataforma, abrangendo um total de 95 mil locais de consumo.
O consumo de eletricidade nas habitações, nos meses de março a junho de 2020, comparativamente com 2019, terá subido em média cerca de 23%, devido ao número significativo de pessoas em teletrabalho, em confinamento, em telescola ou abrangidos por programas de lay-off.
Desta forma, a despesa média mensal paga por habitação em 2020 ascendeu a 70,55 euros por mês. O que significa que, em caso de desconfinamento progressivo em 2021, esse valor poderá vir a baixar 13,5%, para os 61 euros/mês em 2021.
Tudo somado, entre a descida do IVA da luz, mudança de tarifário, ofertas mais competitivas dos comercializadores, o Payper dá conta de uma possível poupança na fatura de energia que pode chegar aos 232,75 euros este ano.
“Os portugueses gastam demasiado em eletricidade por não estarem informados e não compararem as ofertas comerciais disponíveis. Acreditamos que se ajustassem o tarifário ao seu consumo em 2020 cada consumidor poderia ter poupado cerca de 100 euros”, explica Nuno Costa, Data Analyst do Payper.
A Entidade Reguladora dos serviços Energéticos (ERSE), recomenda que todos os anos os consumidores usem os simuladores disponíveis online para verificarem se têm contratado o tarifário que melhor se aplica ao seu perfil de consumo e a trocarem de plano e/ou de empresa, caso se justifique. Segundo os dados mais atuais da ERSE, existem atualmente 34 diferentes comercializadores de eletricidade e 16 de gás em Portugal Continental, contando com 3.289 diferentes tarifários de eletricidade e 350 tarifários de gás canalizado.
No entanto, uma análise feita a 390 mil faturas mostra que 72% dos consumidores não mudam os seus tarifários de energia há dois anos e continuam a pagar valores muito superiores às atuais ofertas. Se mudassem, indica o Payper, podiam gerar poupanças acumuladas de 645 milhões de euros no espaço de um ano.
Em termos de despesa doméstica mensal com eletricidade por distrito, o top 3 é liderado por Bragança onde mais se paga em termos médios por mês (107,59 euros), seguido de Leiria (81,97 euros) e de Beja (79,85 euros), enquanto o distrito mais barato do país é o da Guarda (55,09 euros).
O distrito do Porto (77,50 euros) é 6º dos 18 distritos onde a despesa mensal com eletricidade na habitação é mais elevada enquanto o distrito de Lisboa (64,47 euros) é o 4º onde estas despesas mensais são menores do país.
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