Stilwell acumula funções de CEO da EDP e EDP Renováveis. Rui Teixeira é CFO
O novo conselho de administração irá dividir-se por áreas, em vez de empresas. Com o papel das renováveis no grupo, "é natural" assumir a lideranças de ambas as empresas, justifica Stilwell.
Miguel Stilwell d’Andrade vai ser não só CEO da EDP como também da EDP Renováveis, numa reorganização da liderança do grupo. O novo conselho de administração irá dividir-se por áreas, em vez de empresas. O CFO das duas empresas será Rui Teixeira.
“O novo conselho de administração vai ter cinco membros [contra nove da anterior administração liderada por António Mexia]. É uma equipa mais pequena, ágil, focada em dar resposta aos desafios de um mercado em evolução“, começou por explicar Stilwell, na conferência de imprensa que se seguiu à assembleia geral de acionistas. “É uma equipa de continuidade escolhida pelo mérito”.
Na assembleia geral estiveram representados 73,9% dos acionistas, sendo que quase todos aprovaram a eleição dos membros do Conselho de Administração Executivo para o mandato relativo ao triénio 2021-2023. Além do presidente Stilwell, este é integrado ainda pelos administradores Rui Teixeira, Miguel Setas e Vera Pinto Pereira e Ana Paula Marques (esta última vinda da operadora Nos).
“A proposta que foi apresentada hoje [terça-feira] foi aprovada por 99,98%, o que demonstra a confiança para este novo mandato. Queria agradecer por isso aos acionistas“, sublinhou Stilwell, que chega a CEO efetivo sete meses depois de ter assumido funções de forma interina, após Mexia ter sido afastado judicialmente.
Stilwell quer ter mão nas renováveis, mas não tirá-las de bolsa
Não só há mudanças no número de administradores como também na organização da liderança do grupo. “Face ao papel que as renováveis têm tido dentro do grupo — representa 75% do investimento –, é natural que o CEO do grupo passe a ser também CEO das renováveis, por isso irei assumir essas funções”, explicou, adiantando que também o CFO será o mesmo para as duas companhias: Rui Teixeira.
Stilwell justificou assim a razão para ficar com o controlo da gestão das duas empresas, numa altura em que os ativos renováveis são a grande aposta do grupo e que a subsidiária EDP Renováveis se tornou a cotada com mais peso da bolsa de Lisboa. Apesar disso, o CEO rejeita a possibilidade de uma fusão financeira que retirar a eólica da bolsa.
“Ter a empresa cotada é positivo, dá uma maior transparência aos investidores, é uma coisa positiva para a EDP. Neste momento, não está nos planos tirar a EDP Renováveis de bolsa“, garantiu, recordando que em 2017 a EDP lançou uma oferta pública de aquisição à EDP Renováveis, mas conseguiu apenas comprar 5% do capital, para os atuais 82,5%.
Nas restantes áreas, Miguel Setas sobe a presidente do Conselho de Administração do Brasil e assume a coordenação global das redes de distribuição do grupo, enquanto João Marques da Cruz assume as antigas funções de Setas como presidente executivo da EDP Brasil. Vera Pinto Pereira ficará com o pelouro da comercialização, atividades sociais e culturais e Ana Paula Marques com a geração convencional e inovação do grupo.
(Notícia atualizada às 18h15)
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