Excesso de mortalidade em 2020 atingiu pico em novembro

O excesso de mortalidade, ou seja, o aumento do número total de mortes, por qualquer causa, em comparação os anos anteriores, atingiu o pico em novembro, em Portugal e também na União Europeia (UE). Isto numa altura em que se atravessava a segunda vaga da pandemia, que colocou entraves aos cuidados de saúde.

No penúltimo mês do ano passado, marcado pela segunda vaga, a mortalidade em Portugal ficou 25,9% acima da média registada no mesmo período entre 2016 e 2019, segundo os dados provisórios divulgados pelo Eurostat esta terça-feira. Já em dezembro do ano passado, este indicador terá ficado pelos 20,2%, no país.

No total, ocorreram mais 450 mil mortes na UE entre março e novembro de 2020, em comparação com o mesmo período de 2016-2019. O excesso de mortalidade na UE atingiu o primeiro pico em abril de 2020, durante o início da pandemia, com um acréscimo de 25% em relação à média do mesmo mês entre 2016-2019.

Já no período entre maio e julho, quando as medidas de restrição começaram a fazer efeito, registou-se um nível mais baixo de mortalidade excessiva. Um novo aumento na mortalidade começou a verificar-se entre agosto e setembro, com a próxima onda da pandemia. A mortalidade na UE foi 8% acima da média dos anos anteriores em setembro, 17% em outubro e 40% em novembro, mês no qual o indicador aumentou em todos os Estados-membros.