Vista Alegre tem 20 milhões em novos contratos mas prolonga lay-off na rede comercial
A Vista Alegre decidiu prolongar o lay-off simplificado na Vista Alegre Atlantis e na Faianças Artísticas Bordalo Pinheiro. Mas já assegurou 20 milhões de euros em novos contratos até ao fim do ano.
A Vista Alegre anunciou que decidiu prolongar o lay-off simplificado na Vista Alegre Atlantis e na Faianças Artísticas Bordalo Pinheiro, abrangendo 10,81% e 1,64%, respetivamente, dos trabalhadores, “todos afetos à rede comercial”.
“Mantendo-se o atual contexto de suspensão da atividade da rede de retalho nacional da VAA (salvo nos canais online), e de incerteza quanto ao plano de reabertura da atividade comercial, a Vista Alegre Atlantis SA, nos segmentos de porcelana e cristal, e a Faianças Artísticas Bordalo Pinheiro SA, no segmento da faiança, decidiram prorrogar as medidas de lay-off simplificado […] e de redução temporária do PNT [período normal de trabalho]”, adianta a VAA.
A prorrogação da suspensão temporária dos contratos foi comunicada em 05 de fevereiro aos colaboradores, passando a abranger, neste mês, “cerca de 10,81% dos trabalhadores da Vista Alegre Atlantis SA e 1,64% dos trabalhadores da Faianças Artísticas Bordalo Pinheiro SA (todos trabalhadores afetos à rede comercial)”, refere, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Os demais trabalhadores destas subsidiárias, acrescenta, estão “a prestar trabalho a tempo inteiro ou com redução temporária do PNT (isto é, 16,45% dos trabalhadores da Vista Alegre Atlantis e 1,97% dos trabalhadores da Faianças Artísticas Bordalo Pinheiro estão com redução do PNT)”.
Já a unidade produtiva da Ria Stone, Fábrica de Louça de Mesa em Grés SA, em Ílhavo, no segmento grés mesa, retomou em pleno o seu regime de laboração desde o dia 01 de março, acrescenta a Vista Alegre.
“A VAA irá continuar a monitorizar, com a prudência que o atual contexto requer, os impactos decorrente da Covid-19, bem como a adotar as medidas relevantes para promover a continuidade dos seus negócios e a resiliência e sustentabilidade da sociedade”, garante o grupo.
A Vista Alegre salienta que o atual estado epidemiológico de Portugal “continua a determinar a manutenção, por parte de algumas das subsidiárias da VAA, derivado do encerramento da rede de retalho e de medidas de prevenção e resposta à situação de pandemia”.
Acrescenta que “a prossecução das medidas de controlo do nível de contágios registado na unidade industrial do Satão da Cerutil – Cerâmicas Utilitárias SA, no segmento grés forno, continuam a determinar a redução temporária do período normal de trabalho semanal (PNT) de 40% em relação a 98,15% dos seus colaboradores […] durante o mês de março, findo o qual serão novamente reavaliadas as regras de funcionamento desta unidade produtiva”.
Vista Alegre tem novos contratos num valor superior a 20 milhões de euros
Além disso, a Vista Alegre anunciou que “já tem assegurados novos contratos de fornecimento”, que totalizam mais de 20 de milhões de euros, até final do ano, sendo a Europa o principal destino e 25% para o continente asiático.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Vista Alegre Atlantis (VAA) salienta que estes novos contratos de fornecimento visam o “segundo, terceiro e quarto trimestre de 2021”.
A Europa “é o destino principal destes fornecimentos”, nomeadamente para França, Alemanha e países escandinavos, destacando que “uma parte significativa (25%) se destina ao continente asiático”.
Estes novos contratos, acrescenta o grupo Vista Alegre, “juntam-se à existente e dinâmica carteira de encomendas da sua vasta rede de distribuição, que tinha já cerca de 25 milhões de euros em carteira, no canal private label, para este período, o que totaliza 45 milhões de euros em carteira e representam uma base importante para a empresa manter uma atividade com bons níveis de produção”.
Nos primeiros dois meses deste ano, a Vista Alegre registou um volume de negócios acumulado de 12,1 milhões de euros, “verificando uma quebra de 34%” face a janeiro e fevereiro de 2020, antes do confinamento devido à pandemia.
“No mês de fevereiro de 2021 o volume de negócios foi de 6,5 milhões de euros, uma diminuição, face ao mesmo mês de 2020, de 32,8% (menos 3,2 milhões de euros), notando-se, no entanto, já uma ligeira melhoria nas vendas, face ao mês anterior”, adianta a empresa.
As vendas online da Vista Alegre “continuaram a evidenciar no mês de fevereiro um excelente desempenho, compensando parcialmente a quebra no canal de retalho, pelo facto da rede de lojas em Portugal continuar encerrada” devido às medidas de confinamento em vigor.
“O encerramento da generalidade das unidades de hotelaria e restauração continua a ter impacto negativo nas vendas no canal HoReCa [hotéis, restaurantes e cafés]”, adianta.
O canal private label também registou uma quebra face ao ano passado.
“A Vista Alegre destaca ainda a demonstração de resiliência das suas filiais USA, Brasil, Espanha e França que estão a crescer nos seus negócios de retalho”, salienta o grupo.
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