Crédito ao consumo volta a travar com menos financiamento para automóveis
Recuo no crédito para compra de automóvel explica novo travão na evolução do crédito ao consumo. Em janeiro, foram concedido 386 milhões de euros pelos bancos e financeiras.
O crédito ao consumo voltou a travar no primeiro mês deste ano, pelo quarto mês consecutivo. Em janeiro, foram emprestados pelos bancos e financeiras um montante de apenas 386 milhões de euros, num mês que ficou marcado pelo novo confinamento generalizado da população. Esta quebra é explicada pela evolução negativa do crédito automóvel.
De acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal, no mês de janeiro os portugueses receberam um financiamento de 386,3 milhões de euros. Trata-se de um decréscimo de 18% face ao mês do Natal e de 40,1% face ao período homólogo, mês em que os bancos e financeiras tinham concedido um total de 644,9 milhões de euros aos portugueses para fins de consumo.
Janeiro foi o quarto mês consecutivo de quebras nos valores concedidos em créditos ao consumo, perante a imposição de um novo confinamento generalizado da população para conter a propagação da pandemia de Covid-19. O montante contratualizado no primeiro mês de 2021 apresenta-se, assim, como o valor mais baixo desde maio de 2020, altura em que o crédito ao consumo se ficou pelos 299,4 milhões de euros.
Esta tendência explica-se, também, com a quebra registada nos montantes em crédito automóvel, com os portugueses a contratarem cerca de 158 milhões de euros nesta finalidade em janeiro. O correspondente a uma redução de 25,7% face ao mês anterior, em que foram oferecidos 212,1 milhões de euros.
A redução dos valores concedidos aconteceu nas diferentes tipologias de financiamento automóvel, tanto para veículos novos, como para usados. A modalidade de locação financeira ou ALD (Aluguer de Longa Duração) registou quebras de 15,5% e de 39,4% face ao mês anterior, dependendo se estavam em causa automóveis novos ou usados, respetivamente. No caso dos contratos com reserva de propriedade e “outros”, as descidas foram de 47,9% (veículos novos) e de 18,3% (veículos usados) em comparação com dezembro.
Já no que toca aos cartões de crédito, os dados divulgados pelo Banco de Portugal também evidenciam uma tendência de decréscimo, com o montante contratualizado a descer 16,6% face a dezembro, para os 63,2 milhões de euros. Uma descida de 36,5% face a janeiro de 2020, onde o montante associado a essa modalidade foi de 99,7 milhões de euros.
Também o crédito pessoal com finalidade de educação, saúde, entre outros, registou uma quebra face ao mês anterior, na ordem dos 10,7%, fixando-se nos 6,2 milhões em janeiro. Por sua vez, os outros créditos pessoais – associados, nomeadamente, à compra de artigos para o lar ou à contratualização de créditos consolidados – sofreram uma queda de 9,5% em comparação com dezembro, descendo para os 159,1 milhões de euros.
(Notícia atualizada às 11h35 com mais informação)
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