Portugueses reforçam certificados em 88 milhões no início de 2021
Os portugueses colocaram mais 88,8 milhões de euros em certificados de Aforro e do Tesouro, junto do IGCP, no arranque deste ano.
No final de fevereiro, os portugueses tinham 29.870 milhões de euros aplicados em produtos de poupança do Estado de curto e médio prazo. Este número representa uma subida acumulada de 88,8 milhões de euros no início de 2021, ou seja, em janeiro e fevereiro, de acordo com os dados do Banco de Portugal.
O reforço das poupanças dos aforradores portugueses nos produtos do Estado foi semelhante nos certificados de Aforro (42,7 milhões de euros) e nos certificados do Tesouro (46,1 milhões de euros). Este é o valor líquido, isto é, corresponde à diferença entre a entrada de novos montantes e a retirada de aplicações do passado.
No total, os portugueses têm 12.262,6 milhões de euros aplicados em certificados de Aforro, que são produtos normalmente de curto prazo, um valor que, apesar de ter subido ligeiramente por causa da pandemia, continua aquém dos montantes que se registavam antes da crise financeira, como mostra o próximo gráfico.
Evolução do montante aplicado em certificados de Aforro
Já os certificados do Tesouro têm ganho cada vez mais a preferência dos portugueses com um total de 17.607,7 milhões de euros aplicados neste produto mais pensado para o médio e longo prazo. O volume investido nos certificados do Tesouro tem subido quase sempre, salvo algumas exceções, e encontra-se em máximos, como mostra o próximo gráfico que arranca em 2010, altura em que este instrumento foi criado para captar as poupanças dos portugueses.
Evolução do montante aplicado em certificados do Tesouro
Os rendimentos destes instrumentos foram afetados também pela pandemia uma vez que há um bónus que é calculado com base no PIB. Contudo, com a gradual recuperação da economia é expectável que o bónus pode voltar em breve.
No Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021), o Governo prevê captar 973 milhões de euros este ano em certificados de Aforro e certificados do Tesouro, contando assim com a ajuda dos aforradores para financiar o défice das administrações públicas.
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