CDS disponível para apoiar estado de emergência. PCP defende um “novo paradigma”
Ao contrário do líder do CDS, Jerónimo de Sousa referiu que prolongar o estado de emergência até maio seria "um pouco mais do mesmo", devendo ser "considerado um novo paradigma".
Francisco Rodrigues dos Santos afirmou que o CDS continuará a apoiar o prolongamento de estado de emergência enquanto a situação pandémica assim o justificar. O líder do partido ressalva ainda que o Governo terá de ter uma estratégia de planeamento durante o desconfinamento gradual do país.
Em declarações aos jornalistas, esta segunda-feira, Rodrigues dos Santos disse que “enquanto for estritamente necessário, para controlar a pandemia, adotar medidas” que só a configuração legal do estado de emergência permite, o “CDS votará favoravelmente” a essa proposta do Presidente da República.
Ainda assim, o deputado considera que é altura de o Governo “prever e planear” o desconfinamento gradual da população, que já começou a ser colocado em andamento, “para que não se cometam os erros do passado”. Deste modo, considera que o desconfinamento deverá “acompanhar o processo de vacinação”, especialmente nos setores considerados “centrais” neste plano de reabertura.
Focando o caso das escolas, cuja reabertura total resulta num “fluxo de cerca de dois milhões” de pessoas, o principal rosto do CDS defende que as condições sanitárias dentro dos estabelecimentos de ensino deverão ser garantidas através da “vacinação de pessoal docente e não docente” e da “testagem massiva dentro das salas de aulas”.
Mais estado de emergência é “mais do mesmo”, diz PCP
O líder do PCP considerou, também esta segunda-feira, “um pouco mais do mesmo” a posição do Presidente de prolongar o estado de emergência até maio e defendeu medidas pelo “funcionamento e não o encerramento do país” devido à epidemia.
“É um pouco mais do mesmo. Temos um problema sério, tendo em conta a situação sanitária, mas devia ser considerado um novo paradigma”, que concilie a proteção da saúde e a reabertura da atividade, afirmou Jerónimo de Sousa na conferência de imprensa para apresentar as conclusões do comité central do partido, que esteve reunido domingo e segunda-feira, em Lisboa.
Para o secretário-geral dos comunistas, é preciso “tomar medidas de proteção sanitária, mas simultaneamente encontrar os mecanismos para que haja reabertura, desconfinamento e não para o encerramento como tudo indica que vai acontecer”.
Nas vésperas de voltar a reunir-se com o Presidente da República sobre a renovação do estado de emergência, Jerónimo anota que desconhece ao pormenor o que vai propor Marcelo Rebelo de Sousa, mas defende um “novo paradigma”.
“Tem que haver outra conceção, tendo em conta o drama que está criado no pais, que atinge milhares e milhares de portugueses” e micro, pequenas e médias empresas, “muitas já sem capacidade de reabrir”.
São necessárias, insistiu, “medidas que visem o funcionamento e não encerramento” da atividade do país.
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