Concessionária das 6 barragens transmontanas transfere sede para Miranda do Douro
Movhera transfere a sua sede do Porto para Miranda do Douro. Outras das medidas anunciadas foi a instalação da sede da Engie Hidroeléctricas do Douro também na mesma localização.
A Assembleia Geral da Movhera, a nova concessionária das seis barragens transmontanas instaladas na bacia hidrográfica do Douro, validou esta quarta-feira a transferência definitiva da sede da empresa do Porto para Miranda do Douro.
“Após um processo de registo iniciado em meados de março, a Assembleia Geral da Movhera validou localização definitiva da sua sede no município de Miranda do Douro, ficando assim mais próximo dos ativos da empresa localizados no Douro Internacional“, pode ler-se no sítio oficial da empresa.
Outras das medidas anunciadas foi a instalação da sede da Engie Hidroeléctricas do Douro também em Miranda do Douro, no distrito de Bragança, depois de, na segunda-feira, o Movimento Cultural Terra de Miranda (MCTM) defender que a sede social da empresa que comprou seis barragens por 2,2 mil milhões de euros na bacia hidrográfica do Douro deveria ficar no território.
“Com este passo, temos a satisfação de confirmar o nosso compromisso com o desenvolvimento económico da região que está na base da nossa atividade”, vinca agora a nota oficial da Movhera
O presidente da Câmara de Miranda do Douro, Artur Nunes, mostrou-se ” muito satisfeito” com esta tomada de decisão hoje anunciada de forma oficial. “Este é processo que vinha sendo contraído há algum tempo e a empresa [Movhera], veio agora esclarecer, em definitivo, que as suas boas intenções se transformaram em atos”, vincou o autarca transmontano.
Para o também presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) Terras de Trás-os-Montes, esta poderá ser uma forma de o setor energético ser “um ponto forte” de investimentos desenvolvimento para o território. “Com a instalação desta em empresa [Engie Hidroelétricas do Douro] na região, há possibilidade de ficarem 60 trabalhadores e de se prever a contratação de mais 22, correspondentes a novos postos de trabalho”, indicou à Lusa o autarca transmontano.
O presidente da Câmara apontou ainda a oportunidade de negócios para os prestadores de serviços instalados nos concelhos onde se encontram estas seis barragens.
Para Artur Nunes, a instalação da sede da Engie Hidroelétricas do Douro, em Miranda do Douro, e a consequente criação e manutenção de postos de trabalho é uma alavanca para a economia deste território de baixa densidade populacional.
Na segunda-feira, o MCTM instou o Governo a obrigar a Movhera a cumprir a condição da qual o próprio Governo fez depender a sua autorização de venda das barragens, que é a instalação da sua sede na Terra de Miranda.
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