Entre as grandes cidades europeias, só Roma vai crescer menos que Lisboa até 2025
A equipa da Oxford Economics prevê que, entre as grandes cidades europeias, Lisboa vai ser a segunda que menos crescerá até 2025. O pior lugar é ocupado por Roma.
As grandes cidades do sul da Europa mais dependentes do turismo sofreram um maior impacto da crise pandémica e terão uma recuperação mais lenta do que outras grandes cidades europeias. É o caso de Lisboa que será a segunda que menos crescerá entre 2019 e 2025, de acordo com as previsões da Oxford Economics divulgadas esta quarta-feira. Roma é a cidade que menos crescerá nesse período.
Na Europa, a maioria das grandes cidades analisadas neste estudo só recuperará a atividade económica pré-pandemia em 2022. Apenas sete conseguem concretizar esse objetivo já este ano: é o caso de Dublin (cujas estatísticas são influenciadas pelo registo de propriedade intelectual na Irlanda), Bucareste (Roménia), Zurique (Suíça), Oslo (Noruega), Estocolmo (Suécia), Sofia (Bulgária) e Varsóvia (Polónia). As restantes 23 cidades, incluindo Lisboa, só lá chegam no próximo ano.
“2021 é, com sorte, um ano de recuperação económica em todas as cidades europeias, com as mais afetadas, como as do Reino Unido e de Espanha, a registar as retomas mais rápidas. Mas com os Governos ainda a lutar para conter o coronavírus, a maior parte das cidades não regressará aos níveis do PIB de 2019 até 2022″, antecipa Richard Holt, Head of Global Cities Research da Oxford Economics.
Este é o caso de Lisboa que, a par das grandes cidades do Sul da Europa, foi mais afetada pela crise pandémica e demorará mais tempo a recuperar. O ritmo de crescimento em 2021 até é elevado, mas tal justifica-se pelo maior impacto sofrido em 2020, o que influencia a variação percentual homóloga. A Oxford Economics prevê que a economia lisboeta se expanda cerca de 5% entre 2019 e 2025, o segundo pior desempenho entre as grandes cidades europeias.
Roma tem o pior desempenho com um crescimento que deverá ficar-se pelos 3%. Esta dificuldade da cidade italiana de sair da crise dita que só em 2023 é que chegará ao nível pré-pandemia, ainda mais tarde do que a maior parte das cidades europeias. Esse é também o caso de Barcelona, apesar da forte retoma que terá em 2021, a qual não é suficiente para compensar o colapso de 2020. Já Lisboa consegue recuperar da pandemia em 2022.
No médio prazo, os analistas da Oxford Economics perspetivam um crescimento das grandes cidades europeias “ligeiramente abaixo” do ritmo anterior a 2019, o que é explicado pelos danos duradouros da crise pandémica.
No caso de Lisboa, os setores ligados ao turismo como o do alojamento e restauração, assim como o do transporte e comércio, vão recuperar já em 2022 os níveis registados em 2019 — esta é uma perspetiva otimista face aquilo que as instituições estimam para o turismo no conjunto do país. Contudo, o setor das artes e do entretenimento demorará mais um ano, recuperando totalmente apenas em 2023.
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