Groundforce avança com anulação da venda de equipamentos à TAP

Conselho de administração da empresa reuniu-se esta quarta-feira após ter recebido um parecer negativo do conselho fiscal e do auditor da empresa sobre o acordo.

O acionista privado da Groundforce, Alfredo Casimiro, diz que o contrato de venda de equipamentos que tinha sido assinado com a TAP foi anulado. Foi este acordo que permitiu desbloquear dinheiro para os salários em atraso em março, mas o empresário marcou um conselho de administração para esta quarta-feira após ter recebido um parecer negativo do conselho fiscal da empresa sobre o acordo. A proposta foi aprovada.

“Terminou há instantes a reunião do Conselho de Administração da Groundforce na qual, perante a opinião do Conselho Fiscal, dos auditores da Deloitte e de alguns juristas, se concluiu serem nulos os contratos de sale & leaseback e arrendamento, celebrados em 19 de março de 2021 entre a Groundforce e a TAP. Esses contratos eram desequilibrados e punham em causa a sobrevivência da Groundforce e os empregos dos seus 2.400 trabalhadores. Por essa razão, foram anulados“, anunciou Alfredo Casimiro (que detém 50,1% da Groundforce através da Pasogal, sendo os restantes 49,9% detidos pela TAP) em comunicado.

Após avanços e recuos nas negociações entre as duas empresas, foi fechado um contrato de venda de todos os ativos da Groundforce à TAP por sete milhões de euros. Estes equipamentos passaram a ser alugados à empresa de handling para manter a atividade, por 461.762 euros mensais (mais IVA). O primeiro pagamento deveria ser feito dia 30 de abril.

Com a anulação do acordo, a empresa de handling terá de devolver os 7 milhões de euros à TAP. No entanto, como não tem disponibilidade financeira imediata para devolver o montante, a Groundforce deverá agora discutir com a companhia aérea um plano de pagamentos faseados.

O conselho de administração decidiu neste encontro iniciar negociações com a TAP, até um período máximo de seis meses, “de modo a encontrar uma solução com vista a refazer os contratos de forma justa e equilibrada para ambas as partes, permitindo a continuidade e o futuro da Groundforce”, explica Casimiro. “É intenção do acionista Pasogal manter e desenvolver uma relação saudável com a TAP“.

Mesmo com a anulação do contrato, a Groundforce garante que tem liquidez para os salários. Após ter pago as remunerações de abril aos trabalhadores, Casimiro garante que “estão assegurados os salários de maio e espera-se, nas próximas semanas, ter a segurança necessária para garantir os de junho”.

(Notícia atualizada às 22h05)

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