Fim da isenção do imposto sobre veículos agrava crise no setor

  • Lusa
  • 23 Abril 2021

A ANECRA diz lamentar “profundamente” a decisão do Governo de terminar com a isenção do ISV, que agrava "ainda mais, a delicada situação em que as empresas se encontram".

A Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel (ANECRA) lamentou esta sexta-feira “profundamente” o fim da isenção do imposto sobre veículos (ISV) e diz que decisão do Governo agrava a situação delicada do setor automóvel.

Quando o setor automóvel que se encontra numa crise económica prolongada, esperava por medidas de apoio à retoma da atividade, nomeadamente o incentivo ao abate de veículos, o Governo decidiu agravar, ainda mais, a delicada situação em que as empresas se encontram, acrescentando dificuldades completamente inesperadas”, afirmou a associação, em comunicado enviado às redações.

A ANECRA diz lamentar “profundamente” a decisão do Governo de terminar com a isenção do ISV de que beneficiam as carrinhas comerciais.

A associação considerou que o Governo deve “ter em atenção a importância que o setor automóvel tem na economia”, sendo que foi “um dos setores que mais sofreu com a pandemia”.

Assim, a ANECRA defendeu que devem ser lançadas medidas de apoio às empresas e aos empresários do ramo automóvel, por forma a “relançar este importante setor de atividade”.

Em causa estão as alterações introduzidas pela Lei nº 21/2021, de 20 de abril, que determinam a revogação, a partir de 01 de julho deste ano, das isenções de pagamento do ISV pelas carrinhas comerciais e de pagamento do imposto único de circulação (IUC), em 50%, pelos veículos da categoria D quando autorizados ou licenciados para o transporte de grandes objetos.

No primeiro caso, beneficiavam da isenção de ISV os automóveis ligeiros de mercadorias, de caixa aberta, sem caixa ou com caixa fechada que não apresentem cabine integrada na carroçaria com peso bruto de 3.500 quilogramas, sem tração às quatro rodas, justificando o Governo o seu fim por considerar que a medida é “injustificada e contrária aos princípios ambientais”.

A medida, tal como afirmou à Lusa fonte oficial do Ministério das Finanças, fará com que os veículos de mercadorias percam, a partir de julho de 2021, a não sujeição ao Imposto Sobre Veículos, mas tal não significa que passem a suportar a totalidade deste imposto, ficando antes a pagar 10% do ISV.

“Perdem a não sujeição” para passarem a ter uma “isenção de 90% do valor do imposto”, assinala a mesma fonte oficial, notando que esta isenção “era apenas aplicada a veículos sem motor, aos elétricos e às ambulâncias”.

Na quinta-feira, a Associação Nacional do Ramo Automóvel (ARAN) rejeitou “veementemente” o fim da isenção ISV para carrinhas comerciais e do IUC para a categoria D, salientando que agudizam as dificuldades do setor.

Também a Associação Automóvel de Portugal (ACAP) recebeu com desagrado o fim da isenção do Imposto do Imposto sobre Veículos de mercadorias a partir de julho, medida que aumentará os custos em cerca de 3.000 euros, apenas em ISV.

Por sua vez, o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), Vieira Lopes, considerou que a medida está “completamente desfasada da realidade”.

Segundo fonte oficial do Ministério das Finanças, em 2019 foram vendidos 4.162 veículos com as características dos que agora vão passar a pagar 10% do ISV.

O Ministério das Finanças lembrou também alguns dos argumentos que têm sido apontados pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I.P. que tem defendido “serem de evitar, no caso dos veículos de mercadorias, taxas distintas em função da lotação, alturas interiores, ou pesos brutos, facto que leva, por vezes, a serem efetuadas transformações nos veículos para os conformar com as taxas mais reduzidas”.

Tal possibilidade, referiu, assiste-lhes em termos das homologações dos veículos, o que leva a que, por vezes, optem por reduzir os bancos e cintos de segurança face à versão proveniente da fábrica, “para conseguirem uma redução do imposto”.

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EMA recomenda dar segunda vacina da AstraZeneca 4 a 12 semanas, após a primeira dose

"O Comité recomendou a continuação da administração de uma segunda dose da vacina da Vaxzevria [AstraZeneca] entre 4 e 12 semanas após a administração da primeira", afirma a EMA, em comunicado.

A Agência Europeia do Medicamento (EMA) reitera que os benefícios da administração da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19 superam os riscos em todas as idades. Além disso, o regulador continua a recomendar a toma da segunda vacina da farmacêutica anglo-sueca quatro a 12 semanas, após a primeira dose.

Os benefícios da vacina da AstraZeneca superam os riscos em adultos de todas as idades”, assinalou o diretor executivo-adjunto da EMA, Noel Wathion, em conferência de imprensa, sublinhando que se trata de uma análise provisória. “Em breve iremos publicar um relatório explicando o parecer total”, referiu, explicando que neste documento constarão “alguns exemplos” apresentados esta sexta-feira.

Nesse sentido, em comunicado, o regulador europeu reitera que a vacina da AstraZeneca é “eficaz na prevenção das hospitalizações, admissões em unidades de cuidados intensivos e mortes por Covid-19“. “Os efeitos colaterais mais comuns são geralmente leves ou moderados e melhoram após alguns dias”, aponta o regulador acrescentando que as reações adversas mais graves dizem respeito “à formação de coágulos sanguíneos raros associados ao baixo teor de plaquetas” e ocorrem em “1 em cada 100.000 pessoas vacinadas”.

Para chegar a estas conclusões, a EMA teve em consideração as diferentes faixas etárias e a exposição ao vírus, tendo concluído que “os benefícios da vacinação aumentam com o aumento da idade e das taxas de infeção”. Contudo, considera que os dados disponíveis na União Europeia (UE) são ainda “insuficientes” para encontrar uma realação causal destas reações com o sexo.

Além disso, o regulador recomenda, assim, que as pessoas que já tomaram a primeira dose da vacina da AstraZeneca sejam imunizadas com a segunda dose da mesma marca. “O Comité recomendou a continuação da administração de uma segunda dose da vacina da Vaxzevria [AstraZeneca] entre 4 e 12 semanas após a administração da primeira”, assinala o EMA em comunicado.

Esta questão já tinha sido levantada por alguns Estados-membros que ainda não decidiram que regra aplicar para as pessoas com menos de 60 anos que já tomaram uma dose da vacina anglo-sueca, dado que vários países deixaram de administrar esta vacina a esta faixa etária. Portugal, por exemplo, ainda está a avaliar os dados para decidir que posição tomar, no entanto, a DGS já admitiu que as pessoas com menos de 60 anos que receberam a primeira dose da vacina AstraZeneca poderão receber a segunda dose de qualquer outra marca.

Há cerca de duas semanas, a EMA ) tinha concluído que há uma possível relação entre a formação de coágulos sanguíneos e a administração da vacina da AstraZeneca, pelo que disse que estes efeitos colaterais devem ser incluídos na lista de efeitos adversos.

(Notícia atualizada)

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Números das saídas de trabalhadores da TAP dados por Frasquilho “pecam por defeito”, diz sindicato

  • Lusa
  • 23 Abril 2021

"Afirmamos categoricamente que, até este momento, já foram destruídos mais de 2.500 postos de trabalho", diz Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos.

O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) acusou esta sexta-feira o presidente do Conselho de Administração da TAP, Miguel Frasquilho, de “iludir” a realidade, numa entrevista à TVI24, com números das saídas de trabalhadores que “pecam por defeito”.

“Ao assistirmos ontem [quinta-feira] à intervenção do senhor presidente do Conselho de Administração da TAP, num dos canais da televisão portuguesa, não conseguimos esconder uma expressão de incredibilidade com o que ouvimos. Efetivamente, o senhor presidente do CA quando dissertou acerca dos despedimentos, conseguiu iludir completamente a realidade”, afirmou o sindicato, em comunicado.

Na entrevista, Miguel Frasquilho disse que o inicialmente tinha sido identificado um excesso de 3.000 trabalhadores na companhia aérea, que está a ser alvo de um processo de reestruturação. “Depois, sem [Frasquilho] explicar muito bem porquê, passou a 2.000, o que, como é óbvio, retira total credibilidade à narrativa”, apontou o Sitava, acrescentando que com as medidas de adesão voluntária (rescisões por mútuo acordo, pré-reformas, entre outras) propostas pela empresa, “segundo a empresa, saíram 860 trabalhadores, mais 50 para a PGA [Portugália], o que perfaz 910 postos de trabalho destruídos”.

No entanto, o sindicato lembrou que, desde março de 2020 até março de 2021, saíram da TAP 1.700 trabalhadores a quem não renovaram os contratos a termo.

“Os números do senhor presidente pecam por defeito. Afirmamos categoricamente que, até este momento, já foram destruídos mais de 2.500 postos de trabalho e, se teimarem em levar por diante o tenebroso processo que está em curso, de despedimento coletivo disfarçado de voluntário, serão mais de 3.000 postos de trabalho sacrificados na TAP, SA”, apontou o Sitava.

O Sitava reiterou que a companhia aérea está a ser alvo de uma “purga”, que, quando concluída, deixará na empresa “pouco mais de 5.500 trabalhadores”.

“Isto é um suicídio e teremos que pedir responsabilidades também ao Governo, não só pela catástrofe social de injustiças e de famílias destruídas, atiradas para o desemprego – com a capa de medidas voluntárias – mas também por colocar em causa a própria recuperação da empresa”, acrescentaram os representantes dos trabalhadores.

O Sitava apelou ainda para que se ponha fim “a este tenebroso processo que está a resvalar muito rapidamente para o escabroso, com contornos de saneamento pelos mais variados motivos”, de onde não excluem os “políticos e sindicais”.

De acordo com um comunicado enviado pela TAP, na quinta-feira, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), “o resultado líquido do ano foi negativo em EUR 1.230,3 milhões”, um agravamento dos prejuízos em 2020 de quase 1.300% face aos 95,6 milhões de euros do ano anterior.

Após cinco anos de gestão privada, em 2020 a TAP voltou ao controlo do Estado, que passou a deter 72,5% do seu capital, depois de a companhia ter sido severamente afetada pela pandemia de Covid-19 e de a Comissão Europeia ter autorizado um auxílio estatal de até 1.200 milhões de euros à transportadora aérea de bandeira portuguesa.

Um plano de reestruturação da companhia foi entregue à Comissão Europeia no último dia do prazo, em 10 de dezembro, e prevê o despedimento de 500 pilotos, 750 tripulantes de cabine, 450 trabalhadores da manutenção e engenharia e 250 das restantes áreas. O plano prevê, ainda, a redução de 25% da massa salarial do grupo (30% no caso dos órgãos sociais) e do número de aviões que compõem a frota da companhia, de 108 para 88 aviões comerciais.

No total, até 2024, a companhia deverá receber entre 3.414 milhões de euros e 3.725 milhões de euros.

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Tecnologia em destaque num dia misto em Wall Street

Os índices de referência da tecnologia e do setor financeiro avançam nesta sessão, enquanto o Dow Jones negoceia em "terreno" vermelho.

Depois de perdas de quinta-feira, motivadas pelas notícias de que Joe Biden poderá propor um aumento de impostos sobre as mais-valias, os mercados arrancam a última sessão da semana com comportamento misto, a negociarem muito perto da linha de água. Os investidores aguardam mais dados sobre a atividade económica para medirem o pulso ao ritmo da recuperação.

A proposta da Administração Biden atingiria apenas os contribuintes com rendimentos anuais superiores a um milhão de dólares. Deverá servir para financiar um novo plano de investimentos em creches, educação pré-escolar universal e licenças pagas para trabalhadores.

O industrial Dow Jones desce 0,06%, para os 33.795,24 pontos, enquanto o financeiro S&P 500 avança 0,16%, para os 4.141,44 pontos. Já o tecnológico Nasdaq ganha 0,30%, para os 13.859,20 pontos.

A condicionar as negociações estarão também dados económicos que permitem perceber como está a avançar a recuperação da pandemia, bem como a época de apresentação de resultados por parte das cotadas de Wall Street.

Nas quedas, destaque para a Intel, que recua 6,33% para os 58,61 dólares. Embora as receitas e lucros da fabricante de chips tenham sido melhores do que se esperava, divulgou também as projeções para o segundo trimestre que ficaram abaixo das expectativas dos analistas.

Já a American Express perde 3,04% para os 142,70 dólares, depois de apresentar uma receita trimestral ligeiramente abaixo das previsões.

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Museu Berardo duplica prejuízos para 500 mil euros em 2020

Berardo inaugurou esta sexta-feira um novo museu: o B-MAD, em Alcântara. Já o Museu Berardo, situado no Centro Cultural de Belém, fechou o ano passado com prejuízos de meio milhão devido à pandemia.

O Museu Berardo fechou 2020 com prejuízos de cerca de meio milhão de euros, o dobro das perdas que havia registado em 2019, de acordo com as contas da fundação que gere o museu.

O agravamento dos resultados (compara com prejuízos de 238 mil euros em 2019) deveu-se sobretudo ao impacto da pandemia de Covid-19, que obrigou ao encerramento temporário das portas durante o ano passado. Por causa das medidas de confinamento, o museu viu as receitas caírem mais de 70%, para 218 mil euros, o que ajuda a explicar em grande medida os resultados negativos do ano passado.

De resto, a quebra da faturação esteve em linha com a queda do número de visitantes: o museu recebeu 317 mil visitas no ano passado, ficando 70% abaixo do milhão de visitas que registou em 2019.

Por outro lado, as despesas também subiram, com um aumento de 6% dos custos com pessoal para 641 mil euros e o aumento de 22% de outros encargos relacionados com o “valor das ofertas de inventário e aumento do pagamento de Segurança Social relativa aos trabalhadores independentes”.

Já este ano, o Museu Berardo só voltou a abrir portas no início de abril, na sequência da segunda fase do plano de desconfinamento. A instituição fala em perdas de receitas de quase 100% nos primeiros meses de 2021. “Esta situação terá consequências ao nível da execução da receita de bilheteira, prevista para o ano de 2021, sendo que nos três primeiros meses do ano verificou-se uma quebra de cerca de 146 mil euros, que corresponde a uma redução de 97% em relação ao período homólogo”, explicou o museu.

Museu Coleção Berardo - 31JUL19
O Museu Berardo duplicou os prejuízos para 500 mil euros em 2020.Hugo Amaral/ECO

Em relação ao exercício de 2020, o museu adiantou ainda que “excecionalmente” utilizou 171 mil euros do fundo de aquisições (que apenas pode ser usado para compra de obras de arte) para investimento em “projetores para os espaços expositivos”. “A utilização deste montante foi devidamente autorizada pelo conselho de administração”, indicam as contas, sendo que já tinham sido restituídos 33 mil euros e o resto do montante levantado do fundo de aquisições será reposto na totalidade até 2022.

A Fundação de Arte Moderna e Contemporânea – Coleção Berardo, responsável pelo Museu Coleção Berardo, está instalada no Centro Cultural de Belém, tendo iniciado a sua atividade em 2006. As obras de arte integradas na Coleção Berardo encontram-se cedidas à fundação, tendo sido avaliadas em 317 milhões de euros em abril de 2007.

Caixa Geral de Depósitos, BCP e Novo Banco têm em curso uma ação em tribunal para executar a penhora das obras de arte da Associação Coleção Berardo, por causa de dívidas de acerca de mil milhões de euros de empresas ligadas ao empresário madeirense.

As contas de 2020 da fundação referem essa ação judicial, depois de o auditor ter colocado uma reserva nos resultados de 2018 por a petição dos bancos e o seu impacto terem sido ignorados. “No âmbito do processo 12842/19.9T8LSB, que corre termos no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa, em que são requerentes a Caixa Geral de Depósitos, BCP e Novo Banco, e cujo requerido é a Associação Coleção Berardo, ocorreu a 31 de julho de 2019 o arresto de um conjunto de obras de arte em comodato e em depósito nas instalações do museu […]. Na sequência do arresto e desta nomeação, foi criada uma normativa de procedimentos quanto à movimentação de obras, com vista a compatibilizar o arresto com o normal funcionamento do museu, conforme determina a decisão do tribunal”, referem as contas de 2020.

Ainda na semana passada o ECO deu conta de outra ação de execução colocada pelo Novo Banco, no valor de 3,5 milhões de euros, tendo como visados a empresa Metalgest e a Fundação José Berardo.

As contas são conhecidas numa altura em que é inaugurado um novo museu, o Berardo Museu Arte Deco (B-MAD), em Alcântara, Lisboa. A inauguração teve lugar na manhã desta sexta-feira, com uma exposição baseada nas coleções de Arte Nova e Arte Deco do colecionador e empresário José Berardo, incluindo recentes aquisições.

O B-MAD é uma iniciativa privada da Associação de Coleções (outra associação de Berardo, além da Associação Coleção Berardo), que é hoje oficialmente inaugurada, apenas para convidados, e abrirá ao público no sábado, num edifício antigo adaptado, com entradas gratuitas até ao final do mês de maio, segundo a organização.

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Há 43 concelhos na “zona laranja” da matriz de risco. Saiba como está o seu

São 43 os municípios que registam, nos últimos 14 dias, incidências superiores a 120 casos por 100 mil habitantes. Estão, assim, na zona "laranja" da "bússola" do desconfinamento.

A zona “laranja” da matriz de risco da Covid-19, que guia o plano de desconfinamento, tem agora 43 concelhos, mais 14 do que há uma semana. Este é o número daqueles que registam incidências superiores a 120 casos por cada 100 mil habitantes no acumulado dos últimos 14 dias, segundo dados avançados pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

No anterior balanço, realizado na passada sexta-feira, existiam apenas 29 concelhos na zona “laranja” da “bússola” do desconfinamento. Entre os 43 municípios que registam agora uma maior incidência da doença, Odemira e Vila Franca do Campo são, neste momento, os que se encontram numa situação mais crítica, em risco extremo (com mais de 960 casos por 100 mil habitantes). Na semana passada, Vila Franca do Campo também estava neste escalão, juntamente com o município de Nordeste.

Neste momento, encontram-se quatro concelhos em risco muito elevado de contágio (entre 480 e 960 casos), com outros sete a ficarem no patamar abaixo, com mais de 240 casos de infeção pela mesma porção da população. Em risco moderado (120-240 casos) estão, atualmente, 30 municípios. Os restantes 265 municípios apresentam, neste momento, um número de incidências considerado de “risco baixo”.

Portugal regista esta sexta-feira mais uma morte por Covid-19 e 506 novos infetados. Por sua vez, a incidência da doença no território nacional é de 72,1 novos casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias. Já o índice de transmissibilidade (Rt) ficou estável face à anterior atualização da DGS, mantendo-se a 0,98 a nível nacional e a 0,99 no continente — abaixo do 1 que serve de “fasquia” para o plano de desconfinamento desenhado pelo Governo.

Veja em que escalão está o seu concelho

Risco extremo ( > 960 casos)

Odemira
Vila Franca do Campo

Risco muito elevado (480-960 casos)

Aljezur
Machico
Nordeste
Resende

Risco elevado (240-480 casos)

Cabeceiras de Basto
Cinfães
Lagoa [R.A. Açores]
Penela
Portimão
Porto Moniz
Ribeira Grande

Risco moderado (120-240 casos)

Albufeira
Alijó
Almeirim
Alpiarça
Arganil
Baião
Barrancos
Carregal do Sal
Castelo de Paiva
Coruche
Fafe
Figueira da Foz
Funchal
Marco de Canaveses
Marinha Grande
Mêda
Melgaço
Miranda do Douro
Moura
Paços de Ferreira
Paredes
Penafiel
Peso da Régua
Rio Maior
Sever do Vouga
Tabuaço
Valongo
Vila Nova de Famalicão
Vila Pouca de Aguiar
Vila Real de Santo António

Risco baixo (0-120 casos)

Abrantes
Águeda
Aguiar da Beira
Alandroal
Albergaria-a-Velha
Alcácer do Sal
Alcanena
Alcobaça
Alcochete
Alcoutim
Alenquer
Alfândega da Fé
Aljustrel
Almada
Almeida
Almodôvar
Alter do Chão
Alvaiázere
Alvito
Amadora
Amarante
Amares
Anadia
Angra do Heroísmo
Ansião
Arcos de Valdevez
Armamar
Arouca
Arraiolos
Arronches
Arruda dos Vinhos
Aveiro
Avis
Azambuja
Barcelos
Barreiro
Batalha
Beja
Belmonte
Benavente
Bombarral
Borba
Boticas
Braga
Bragança
Cadaval
Caldas da Rainha
Calheta [R.A. Açores]
Calheta [R.A. Madeira]
Câmara de Lobos
Caminha
Campo Maior
Cantanhede
Carrazeda de Ansiães
Cartaxo
Cascais
Castanheira de Pêra
Castelo Branco
Castelo de Vide
Castro Daire
Castro Marim
Castro Verde
Celorico da Beira
Celorico de Basto
Chamusca
Chaves
Coimbra
Condeixa-a-Nova
Constância
Corvo
Covilhã
Crato
Cuba
Elvas
Entroncamento
Espinho
Esposende
Estarreja
Estremoz
Évora
Faro
Felgueiras
Ferreira do Alentejo
Ferreira do Zêzere
Figueira de Castelo Rodrigo
Figueiró dos Vinhos
Fornos de Algodres
Freixo de Espada à Cinta
Fronteira
Fundão
Gavião
Góis
Golegã
Gondomar
Gouveia
Grândola
Guarda
Guimarães
Horta
Idanha-a-Nova
Ílhavo
Lagoa
Lagos
Lajes das Flores
Lajes do Pico
Lamego
Leiria
Lisboa
Loulé
Loures
Lourinhã
Lousã
Lousada
Mação
Macedo de Cavaleiros
Madalena
Mafra
Maia
Mangualde
Manteigas
Marvão
Matosinhos
Mealhada
Mértola
Mesão Frio
Mira
Miranda do Corvo
Mirandela
Mogadouro
Moimenta da Beira
Moita
Monção
Monchique
Mondim de Basto
Monforte
Montalegre
Montemor-o-Novo
Montemor-o-Velho
Montijo
Mora
Mortágua
Mourão
Murça
Murtosa
Nazaré
Nelas
Nisa
Óbidos
Odivelas
Oeiras
Oleiros
Olhão
Oliveira de Azeméis
Oliveira de Frades
Oliveira do Bairro
Oliveira do Hospital
Ourém
Ourique
Ovar
Palmela
Pampilhosa da Serra
Paredes de Coura
Pedrógão Grande
Penacova
Penalva do Castelo
Penamacor
Penedono
Peniche
Pinhel
Pombal
Ponta Delgada
Ponta do Sol
Ponte da Barca
Ponte de Lima
Ponte de Sor
Portalegre
Portel
Porto
Porto de Mós
Porto Santo
Póvoa de Lanhoso
Póvoa de Varzim
Povoação
Proença-a-Nova
Redondo
Reguengos de Monsaraz
Ribeira Brava
Ribeira de Pena
Sabrosa
Sabugal
Salvaterra de Magos
Santa Comba Dão
Santa Cruz
Santa Cruz da Graciosa
Santa Cruz das Flores
Santa Maria da Feira
Santa Marta de Penaguião
Santana
Santarém
Santiago do Cacém
Santo Tirso
São Brás de Alportel
São João da Madeira
São João da Pesqueira
São Pedro do Sul
São Roque do Pico
São Vicente
Sardoal
Sátão
Seia
Seixal
Sernancelhe
Serpa
Sertã
Sesimbra
Setúbal
Silves
Sines
Sintra
Sobral de Monte Agraço
Soure
Sousel
Tábua
Tarouca
Tavira
Terras de Bouro
Tomar
Tondela
Torre de Moncorvo
Torres Novas
Torres Vedras
Trancoso
Trofa
Vagos
Vale de Cambra
Valença
Valpaços
Velas
Vendas Novas
Viana do Alentejo
Viana do Castelo
Vidigueira
Vieira do Minho
Vila da Praia da Vitória
Vila de Rei
Vila do Bispo
Vila do Conde
Vila do Porto
Vila Flor
Vila Franca de Xira
Vila Nova da Barquinha
Vila Nova de Cerveira
Vila Nova de Foz Côa
Vila Nova de Gaia
Vila Nova de Paiva
Vila Nova de Poiares
Vila Real
Vila Velha de Ródão
Vila Verde
Vila Viçosa
Vimioso
Vinhais
Viseu
Vizela
Vouzela

(Notícia atualizada às 15h05 com mais informação)

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Pontos nos is #1 O que é isto de investir com critérios ESG?

  • ECO + Proteste Investe
  • 23 Abril 2021

Queremos descomplicar o mundo financeiro e pôr os Pontos nos Is com a ajuda da Proteste Investe. No episódio de hoje, respondemos à pergunta: o que é isto de investir com critérios ESG?

Confuso com o jargão do mercado financeiro? Tem dúvidas sobre como, onde e quando investir o seu dinheiro? Nós também! Foi por isso que criámos a Pontos nos Is, uma rubrica de literacia financeira, que conta com a colaboração da Proteste Investe, e que pretende esclarecer todas as dúvidas relacionadas com investimentos financeiros.

Duas vezes por mês e em webisódios curtos, vamos falar investimentês, descomplicar os jargões da área e deixar algumas dicas para poder começar ou continuar a investir o seu dinheiro de forma mais informada, com a ajuda de economistas e especialistas financeiros.

Haverá alternativas aos depósitos a prazo? Como acautelar a reforma (de vez)? A bolsa de Lisboa vale a pena? são alguns dos tópicos que serão abordados. Também nos pode enviar as suas dúvidas ou sugestões de temas que precisem de alguns pontos nos is, escrevendo-nos para este email. E pode sempre saber mais sobre poupar e investir no site da Proteste Investe.

No primeiro episódio da Pontos nos Is, Rui Ribeiro, economista e analista de mercados financeiros da Proteste Investe, ajuda-nos a responder à seguinte questão: o que é isto de investir com critérios ESG?

Partilhe e acompanhe a Web Series Pontos nos Is no Facebook do ECO, mas também nas redes sociais da Proteste Investe.

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Ironhack e Zomato oferecem bolsas no valor de 132 mil euros em educação tecnológica

Em 2019, as primeiras bolsas criadas pelas duas entidades permitiriam a 50 alunos fazer uma transição de carreira para a área tecnológica. Mais de 90% conseguiu trabalho na área.

A Zomato e a Ironhack decidiram unir forças para potenciar a educação tecnológica da sociedade, através de um extenso programa de bolsas. Com um total de 132 mil euros, o programa de bolsas de estudo vai permitir que os candidatos selecionados desenvolvam competências digitais de forma prática e com total foco no mercado de trabalho.

As candidaturas estão abertas até dia 5 de maio através da página da Ironhack, sendo que depois da sua avaliação e com base numa prova e numa entrevista, serão selecionados os mais de 100 novos alunos. Estes poderão realizar qualquer bootcamp em regime de full-time, durante nove semanas, ou em regime de part-time, durante 24 semanas, de forma presencial no campus de Lisboa.

“Consideramos que a parceria pelo segundo ano com a Zomato é uma enorme mais-valia, sobretudo nesta altura atípica que estamos a viver. Em 2020 vimos cerca de meia centena de alunos, que através da bolsa com a aplicação de restaurantes foram capazes de mudar de rumo, mesmo durante uma pandemia”, refere Munique Martins, responsável pelo campus da Ironhack de Lisboa, citada em comunicado.

Já Nuno Fernandes, head of growth da Zomato Portugal, salienta que “num contexto tão diferente e exigente como o que vivemos hoje, é ainda mais importante continuar a inovar e a permitir que mais pessoas o façam”. “Aliamo-nos pelo segundo ano consecutivo à Ironhack, para ajudar todos os que queiram mudar de rumo ou necessitem de melhorar as suas competências”, diz.

Em 2019, as primeiras bolsas criadas pelas duas entidades permitiriam a 50 alunos de diferentes locais do país e de áreas tão diversas, como antropologia, saúde e nutrição, música e restauração, fazer uma transição de carreira para a área tecnológica. Mais de 90% está, agora, empregado, o que revela uma alta taxa de inserção no mercado de trabalho.

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GoWithFlow procura estagiários nas áreas de ciências informáticas e engenharia

Os estágios são pagos, oferecem possibilidade de trabalhar remotamente e acesso gratuito a programas de formação.

Vem aí o Flow.IT, o primeiro programa de estágios direcionado para os novos licenciados em ciências informáticas e engenharia da GoWithFlow. “A Flow utiliza tecnologias de ponta em áreas que incluem IoT, machine learning e IA, micro-services e micro-frontends e DevOps, proporcionando aos engenheiros uma experiência de implementação no mundo real desde o primeiro dia”, explica a startup tecnológica em comunicado.

As vagas em aberto são em quality assurance, analytics, DevOps, soluções IoT e support analysis e investigação e desenvolvimento em data science. Ter um nível avançado de inglês é um dos requisitos obrigatórios.

Os estágios são pagos, oferecem possibilidade de trabalhar remotamente, bem como programas de formação gratuitos. Além disso, happy hours e atividades de team building também fazem parte do pacote de benefícios. Para mais informações e submeter candidatura deve aceder a este link.

“A Flow está a construir uma equipa para o futuro do transporte, pelo que estamos à procura de pessoas que tenham as competências, o talento e a atitude para nos ajudar a cumprir a nossa visão de mudar a forma como as pessoas se movem de uma forma que seja melhor para o ambiente, melhor para as suas empresas e ainda melhor para a sua saúde”, diz Jane Hoffer, CEO da GoWithFlow.

A startup criou uma solução de gestão de mobilidade sustentável que apoia as organizações na transição das frotas para a eletricidade, sendo que, nos últimos 12 meses, os gestores de frota utilizaram a plataforma para poupar uma média de 225 euros por veículo da frota e reduzir a quantidade de emissões de CO2 em mais de 5.000 toneladas.

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Mais uma morte por Covid-19 e 506 infetados. Há menos de 100 pessoas nos cuidados intensivos

Desde o início da pandemia, já foram confirmadas 833.397 infeções e um total de 16.957 pessoas morreram com Covid-19. Número de internados nos cuidados intensivos não era tão baixo desde setembro.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) registou mais 506 casos de infeção por Covid-19 e uma morte provocada pela doença nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, já foram confirmados 833.397 casos e 16.957 pessoas morreram. Há menos de 100 pessoas internadas em unidades de cuidados intensivos (UCI), o que já não acontecia desde setembro.

O boletim epidemiológico desta sexta-feira dá conta de um total de 791.751 pessoas recuperadas, mais 580 que no dia anterior. O número de casos ativos voltou a diminuir face a quinta-feira, sendo agora 24.689 (menos 75).

Entre os casos ativos, a maioria encontra-se a recuperar da infeção em casa. Porém, estão ainda 384 pessoas hospitalizadas (menos 11 que no dia anterior), das quais 98 em unidades de cuidados intensivos (menos seis). Desde 29 de setembro que o número de pessoas em UCI não era inferior a 100, dia em que estavam internadas 99 pessoas nestas unidades.

Boletim epidemiológico de 23 de abril de 2021:

De acordo com os dados da DGS, o Norte é a região com maior número de contágios, tendo registado quase metade do total (247). Segue-se Lisboa e Vale do Tejo (126), Centro (69), Algarve (33), Açores (15), Madeira (nove) e Alentejo (sete). A única morte por Covid-19 nas últimas 24 horas ocorreu no Norte.

O boletim epidemiológico dá também conta de mais 675 pessoas sob vigilância ativa das autoridades de saúde, depois de terem contactado com outro caso positivo. No total, estão 23.111 pessoas nesta situação.

Quanto ao índice de transmissibilidade (o chamado Rt), este manteve-se inalterado face à última atualização, continuando a 0,98 a nível nacional e a 0,99 no continente (ou seja, em média, cada pessoa infetada contagia menos de uma pessoa). Já a incidência (média de novos casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias) em Portugal é 72,1 e 68,3 no continente.

(Notícia atualizada pela última vez às 14h26)

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Portugueses satisfeitos com resposta da UE mas não do Governo

  • Lusa
  • 23 Abril 2021

Em Portugal, 66% dos inquiridos afirmam-se satisfeitos com as medidas adotadas ao nível europeu para lutar contra a pandemia, o terceiro valor mais alto da União Europeia.

Dois terços dos portugueses (66%) estão satisfeitos com a resposta da União Europeia (UE) à pandemia, o terceiro valor mais elevado entre os 27, mas só 49% aplaudem o Governo, revela um inquérito divulgado esta sexta-feira pela Comissão Europeia.

O “Eurobarómetro de Inverno”, conduzido nos 27 Estados-membros entre fevereiro e março passado, revela que a maioria dos europeus estão insatisfeitos com a resposta da UE à crise, já que 49% consideram-na insatisfatória e 43% satisfatória.

Em Portugal, 66% dos inquiridos afirmam-se satisfeitos com as medidas adotadas ao nível europeu para lutar contra a pandemia, o terceiro valor mais alto da UE, apenas superado por Dinamarca (68%) e Lituânia (67%), enquanto, no extremo oposto da lista, os cidadãos mais críticos relativamente à resposta da UE são os gregos (apenas 31% de satisfação), franceses (32%) e alemães (33%).

No entanto, quando confrontados com a mesma questão mas relativamente às medidas adotadas a nível nacional, a satisfação dos portugueses cai para os 49%, ficando em maioria (51%) aqueles que se dizem “insatisfeitos” com as medidas do Governo, neste caso mais em linha com a média europeia (56% de “insatisfeitos” e apenas 43% de “satisfeitos”).

Os cidadãos mais satisfeitos com a resposta dada pelas respetivas autoridades nacionais são os dinamarqueses (79%), luxemburgueses (73%) e holandeses (71%), e os mais insatisfeitos os letões (21%), checos (24%) e eslovacos (25%).

Portugal é o Estado-membro onde se regista uma maior confiança na UE “para tomar boas decisões no futuro” relativamente ao combate à pandemia da covid-19, com 89% dos inquiridos a afirmarem-se confiantes, o valor mais alto entre os 27 de forma destacada, 10 pontos à frente do segundo país (Malta, com 79%) e muito acima da média europeia (59%).

Este “Eurobarómetro” revela, de resto, que os portugueses são os cidadãos europeus que atualmente mais confiam na UE em termos globais (78%), graças a uma subida de 22 pontos face à anterior consulta, realizada no verão de 2020, seguidos de irlandeses (74%) e lituanos (70%). Os cidadãos europeus menos confiantes na UE são os gregos (37%), cipriotas e franceses (39% em ambos os casos).

Portugal é também o Estado-membro onde se regista um maior apoio à moeda única, com 95% dos inquiridos a manifestarem o seu apoio ao euro, à frente de Eslovénia (94%) e Irlanda (91%), enquanto os países onde o euro é mais impopular são a Suécia (25%) e a Dinamarca (32%). No entanto, os portugueses são os mais pessimistas quanto ao ritmo da retoma no respetivo país, com 82% dos inquiridos a considerarem que a economia portuguesa só se recomporá do impacto da pandemia em 2023 ou mais tarde.

A nível dos 27 Estados-membros, 61% dos inquiridos também não antecipam uma plena recuperação económica antes de 2023, 23% acreditam que a mesma ocorrerá em 2022, e somente 5% confiam que sucederá ainda este ano. Em Portugal, o inquérito foi conduzido junto de 1.100 pessoas, entre 12 de fevereiro e 08 de março, pela Marktest.

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Data center em Sines facilita “ambição de liderar transição digital e climática”

O primeiro-ministro acredita que o novo data center em Sines vai facilitar a Portugal conseguir liderar a transição digital e climática.

Um investimento de 3,5 mil milhões de euros num centro de dados em Sines é mais um passo no objetivo que o Governo tem de estar na “liderança da transição digital e climática”. As palavras são de António Costa, que não deixou de saudar o projeto, salientando que a instalação de cabos de fibra ótica em Sines faz da cidade “um ponto de ligação privilegiada”.

“Temos capacidades e condições naturais únicas para a amarração segura de novos cabos. Tal como o Porto de Sines trouxe indústria, necessariamente os cabos de fibra ótica fazem de Sines um ponto de ligação privilegiada”, disse António Costa esta sexta-feira, durante a apresentação do Sines 4.0. O megacentro de dados global que a start campus vai instalar em Sines criará até 1.200 empregos diretos altamente qualificados e 8.000 indiretos até 2025. “Com este projeto e com Sines podemos conjugar a nossa ambição de estarmos na liderança da transição digital, mas também climática”, acrescentou.

O primeiro-ministro abordou ainda o papel que o Governo tem desempenhado neste caminho, referindo: “temos hoje uma administração que tem sabido estar na transformação para a sociedade digital”. Sublinhando que o “principal esforço” tem de ser feito “nesta década”, Costa deu como exemplo o encerramento das centrais a carvão em Sines. “A nossa segurança energética não podia continuar a assentar nos combustíveis fosseis”.

Para o futuro, o chefe do Governo adiantou que Portugal “vai deixar de produzir energia a partir de carvão”, passando a apostar no hidrogénio verde. “Sines pode ser campeão na produção de hidrogénio verde na Europa (…) porque aqui é possível ter um mega data center energeticamente sustentáveis e com a energia renovável mais barata que é possível encontrar”.

António Costa estava acompanhado pelo ministro da Economia, na cerimónia de apresentação do projeto, que referiu que a pandemia “ilustrou a capacitação e preparação das sociedades para mais rapidamente darem o salto para a tecnologia digital”. Pedro Siza Vieira também notou a “muita disponibilidade de fibra ótica” que Portugal tem, referindo, contudo, que esta “não está totalmente aproveitada”.

Nesse sentido, o ministro disse ser necessário “assegurar que os processos de licenciamento destes projetos aconteçam de forma rápida” para que outros países não os aproveitem. “É viabilizando projetos como este que conseguimos criar empregos de qualidade”, rematou.

O Sines 4.0 resulta de um investimento de 3,5 mil milhões de euros e prevê a construção de cinco edifícios com capacidade útil de fornecimento de 450 Megawatts (MW) de energia aos servidores, com 90 MW cada. Ficará localizado nos terrenos contíguos à encerrada central a carvão de Sines.

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