FCT lança primeira escola de tecnologia para executivos
A ideia é não repetir edições, acompanhando a evolução da ciência e tecnologia, com novas ofertas que garantam que os alunos estão a aprender aquilo que vão utilizar no dia seguinte.
A NOVA School of Science and Technology | FCT NOVA vai lançar a primeira Escola de Executivos de Tecnologia no país. “From Tech to Value” é a assinatura desta nova instituição de ensino, que tem como principal missão facultar um ensino tecnológico desenhado para criar impacto e valor à sociedade, segundo anunciou esta quinta-feira.
Ciente de que a sociedade e a economia mundial exigem cada vez mais da tecnologia e da ciência e que tal implica uma maior agilidade das empresas e dos respetivos líderes, a FCT NOVA conta com uma abordagem de ensino que visa aperfeiçoar o pensamento sistémico reflexivo, crítico e colaborativo. O objetivo é criar e moldar os líderes do futuro, através de métodos de ensino inovadores, tendo como base a tecnologia enquanto acelerador para o desenvolvimento económico e social.
O primeiro curso da escola, a pós-graduação em “Lean for Operational Excellence“, esgotou em apenas uma semana sem qualquer publicidade, apenas entre alunos e parceiros. Para o diretor da FCT NOVA, Virgílio Cruz Machado, demonstra que “o mercado estava à espera desses novos conteúdos em programas de formação de executivos”, afirma em conversa com a Pessoas.
"Não acredito que venhamos a ter três ou quatro edições de cada programa, porque a nossa ideia é semelhante à evolução da ciência e tecnologia: sempre a evoluir e com novas ofertas.”
Nesta escola, a ideia é não repetir edições, mas sim acompanhar a evolução da ciência e tecnologia, com novas ofertas e oradores que garantam que os alunos estão a aprender aquilo que vão utilizar no dia seguinte no local de trabalho. “Vamos garantir que teremos sempre novos programas em todos os semestres, com conteúdos novos e com oradores também eles novos. Queremos oferecer programas dinâmicos e sempre atuais. Não acredito que venhamos a ter três ou quatro edições de cada programa, porque a nossa ideia é semelhante à evolução da ciência e tecnologia: sempre a evoluir e com novas ofertas”, explica Virgílio Cruz Machado.
Além disso, a pós-graduação, orientada para a melhoria e excelência operacional, conta com 30% de alunos de outras áreas que não as da engenharia, tecnologia ou ciência, o que confirma a tendência de que o futuro vai exigir cada vez mais da tecnologia em qualquer que seja a área de atividade. “O mundo que nós conhecemos já não existe sem tecnologia. Repare-se bem que a tecnologia já chegou até, por exemplo, à agricultura, quer para a previsão do tempo ao controle do gado por meio de aplicativos digitais, passando pela mecanização no combate às pragas”, refere.
Os cursos serão ministrados em formato presencial e híbrido, no campus da Caparica e no campus de Campolide, recorrendo sempre que necessário aos mais de 100 laboratórios da Faculdade, para que os participantes possam vivenciar e experimentar o processo laboratorial inerente à inovação tecnológica e científica. A formação é, sobretudo, prática, orientada para as necessidades das empresas.
Capacidade de inspiração, agilidade e resiliência
Ainda que as competências procuradas variem consoante a área em questão, num mundo em constante transformação, existem skills transversais, entre as quais a capacidade de inspirar, de ser ágil, bem como a resiliência e “uma enorme vontade de fazer acontecer”.
"É fundamental criar uma cultura de segurança ‘psicológica’ para garantir uma alta performance de lideranças e equipas.”
“É comum assistirmos a lideranças de gestão rígidas, controladoras, sem visão e obsoletas para este tempo, em particular para as novas gerações, cada vez mais independentes e empreendedoras. É importante que o empreendedorismo seja fomentado dentro das organizações e que os colaboradores se sintam parte da criatividade, inovação e da partilha de resultados. Uma empresa feliz tem os melhores clientes do mundo e os melhores resultados. É fundamental criar uma cultura de segurança psicológica para garantir uma alta performance de lideranças e equipas”, explica o diretor da FCT NOVA.
Entre os principais desafios da formação em tecnologia está a necessidade de “adaptar e dirigir a capacidade pedagógica dos docentes para estas novas necessidades” sobretudo num momento em que assistimos ao interesse por parte dos alunos em formação em regimes híbridos ou mesmo online, bem como a “capacidade de atrair financiamento que permita, constantemente, dispor de laboratórios e equipamentos onde os estudantes possam vir a descobrir e experimentar ideias para novos produtos e tecnologias”.
“Vai ganhar esta prova quem mais rapidamente se adapta e investe nas novas tecnologias. Em Portugal, muitas empresas começam a utilizar os engenheiros como forma de sobreviverem num mercado em constante competição, pois são eles que desenham e produzem novos produtos tecnológicos que asseguram o seu sucesso”.
Nestes casos, os engenheiros precisam de evoluir e ter acesso permanente às últimas tecnologias e fontes de conhecimento para o desenvolvimento de novos produtos. Contudo, “as escolas nacionais não foram concebidas e preparadas para este tipo de formação ao longo da vida“, continua. E acrescenta que a isso se junta a debilidade financeira associada à falta de visão das empresas, o que não facilita a realização desses investimentos, como acontece nos países com um tecido empresarial forte, defende.
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