Saraiva saúda “dignificação dos empresários” na nova associação
Presidente da CIP elogia a “defesa da iniciativa privada e dignificação dos empresários” da nova entidade liderada por Vasco de Mello e rejeita sobreposição com a CIP.
“Quanto mais interessados houver na união para a defesa da iniciativa privada melhor”. É a reação do presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) à notícia da criação de uma nova associação de empresários, com o objetivo de contribuir para a reflexão sobre os caminhos para acelerar o crescimento da economia.
António Saraiva saúda a iniciativa, da qual já tinha conhecimento prévio através dos seus fundadores. O responsável rejeitou também qualquer sobreposição com o papel da CIP na concertação social ou que a associação seja uma resposta a algum vazio deixado pelas entidades que representam as empresas e a indústria. “Seja bem-vindo, quem vier por bem”, diz, sublinhando que o projeto representa “a defesa da iniciativa privada e a dignificação dos empresários” .
Uma fonte contactada pelo ECO, que pediu para não ser identificada, também afirmou que o novo “think tank” não quer participar na concertação social e não é criado contra ninguém.
Há uma semana foi apresentado o Conselho Nacional das Confederações Patronais, que reúne os responsáveis das várias confederações setoriais, do comércio e serviços à agricultura, com o objetivo de “reforçar e acelerar a recuperação do tecido empresarial e da economia nacional”.
“A ambição das empresas vai para além do regresso a um passado recente em que o crescimento económico era medíocre. O objetivo é encetarmos um novo ciclo de desenvolvimento, sólido e sustentado”, sublinhou na altura Eduardo Oliveira e Sousa, líder da Confederação dos Agricultores de Portugal e porta-voz do CNCP.
Nova associação já conta com 42 empresas
Sonae, Semapa, Millennium, Grupo Mello e Amorim são algumas das 42 empresas que farão parte da nova associação, como avançou o Jornal de Negócios. Mas a lista não inclui apenas grupos empresariais mais tradicionais. Segundo apurou o ECO, também fazem parte unicórnios portugueses da área tecnológica, como a Farfecth e a Outsystems.
Educação e reforço das qualificações, capitalização das empresas e aumento da sua escala e o papel do estado e os custos de contexto – são as três grandes áreas a que o novo “think tank” dará prioridade programática e em grupos de trabalho.
A associação, inspirada no modelo norte-americano dos “business roundtables”, terá como “chairman” Vasco de Mello, que este ano deixou a liderança executiva do Grupo Mello. A direção, que contará com nove membros, contará ainda com Cláudia Azevedo, CEO da Sonae, e António Rios Amorim, CEO da Corticeira Amorim, como vice-presidentes.
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