Justiça norte-americana abre investigação ao colapso da Archegos
Procuradoria-Geral de Manhattan enviou pedidos de informação a instituições financeiras que estiveram envolvidas no caso. Não se sabem quais as potenciais violações em causa.
O Departamento de Justiça norte-americano vai avançar com uma investigação criminal ao colapso do fundo Archegos no final de março, que gerou perdas a grandes bancos na Europa, Ásia e EUA superiores a dez mil milhões de dólares. Segundo a Bloomberg (acesso condicionado), procuradores de Manhattan já enviaram pedidos de informação a algumas instituições financeiras que estiveram envolvidas no caso.
A investigação foi confirmada à agência por fontes próximas, mas não se sabem quais as potenciais violações que as autoridades norte-americanas estão a investigar. Nem o Departamento de Justiça nem a Archegos responderam às questões da Bloomberg sobre o assunto.
O supervisor do país, a Securities and Exchange Commission (SEC) lançou também, em março, uma investigação preliminar ao multimilionário sul-coreano e fundador do fundo de investimento nova-iorquino, Bill Hwang.
Através de produtos derivados, o Archegos tinha comprado, através de intermediários, ações em bolsa. O rendimento líquido dos títulos ia para o fundo e os corretores recebiam uma comissão pré-determinada. Mas como o Archegos multiplicou secretamente os acordos com vários intermediários, estes ignoravam a exposição total do fundo.
No final de março, quando o valor das ações na carteira do Archegos baixou fortemente, os seus diferentes intermediários exigiram que lhes cobrisse os prejuízos. Mas o fundo foi incapaz de o fazer, o que desencadeou uma série de vendas pelos intermediários para procurarem limitar os prejuízos. O Nomura, o Credit Suisse, a UBS e Morgan Stanley estiveram entre os bancos mais penalizados.
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