Reino Unido retira Portugal da lista verde a partir de 8 de junho
O Reino Unido decidiu esta quinta-feira retirar Portugal da lista verde, a qual permite que os turistas britânicos não sejam obrigados a fazer uma quarentena de 10 dias.
O Reino Unido decidiu esta quinta-feira retirar Portugal da lista verde, a qual permite que os turistas britânicos não sejam obrigados a fazer uma quarentena de 10 dias, avançou a Sky News e confirmou posteriormente o secretário dos Transportes, Grant Shapps. O turismo nacional ficará assim sem a sua vantagem competitiva face a outros destinos europeus uma vez que Portugal era o único país da União Europeia que estava na lista verde.
O secretário dos Transportes, Grant Shapps, confirmou a decisão, em declarações à BBC, explicando que se trata de uma “abordagem que coloca a segurança primeiro” e que “dá a melhor hipótese” de continuar o desconfinamento interno, cuja última fase arranca a 21 de junho. Shapps pediu “um pouco de paciência” à população, assinalando que “não quer correr o risco”.
Shapps disse que Portugal duplicou a taxa de infeção desde a última decisão e que foi identificada uma mutação do Nepal à chamada variante indiana da Covid-19. “Não sabemos o potencial da vacina na defesa dessa mutação”, acrescentou. A decisão do Reino Unido inclui os arquipélagos da Madeira e dos Açores.
Portugal passará assim a estar na “lista âmbar” a partir da próxima terça-feira, o que significa que os turistas britânicos terão de fazer 10 dias de quarentena à chegada do Reino Unido, realizando testes à Covid-19 no segundo e no oitavo dia após a chegada. Esse período pode ser encurtado caso tenham um segundo teste negativo no quinto dia. Apesar disso, esta regra desencoraja viagens para os países que constam nesta lista “âmbar”.
Segundo o The Telegraph, a nova lista entrará em vigor às 4h da manhã do dia 8 de junho, ou seja, na próxima terça-feira. O jornal britânico escreve que “testes [a viajantes britânicos que vieram a Portugal] revelaram o que se acredita serem variantes da Covid desconhecidas até ao momento”. Assim, os britânicos ficam apenas com dois países para onde poderão viajar em férias neste momento: Islândia e Gibraltar. Os restantes nove países que continuam na lista verde não permitem a sua entrada, de acordo com o mesmo jornal.
Há ainda uma situação pior que é a lista vermelha, composta por mais de 30 países, em que os turistas britânicos têm de cumprir a mesma quarentena e testes, mas são obrigados a ficar em hotéis designados para o efeito com um custo de 1.750 libras por adulto.
Esta quarta-feira o primeiro-ministro britânico alertou os viajantes que os países podem ter novamente restrições durante o verão, tal como aconteceu no passado em que as mudanças apanhavam alguns britânicos de surpresa. “O caos do corredor aéreo”, apelidou o The Guardian, assinalando que as declarações de Boris Johnson aumentaram esse receio.
Foi a 7 de maio que o Governo britânico anunciou que iria deixar de proibir as viagens internacionais não essenciais a partir de 17 de maio, implementando um sistema de semáforos para classificar os países consoante a situação epidemiológica. Desde então, o número de casos em Portugal aumentou de 33 casos por 100 mil habitantes para 51 casos por 100 mil habitantes a 2 de junho.
Portugal foi o único país da União Europeia a ser incluído na lista verde do Reino Unido, o que lhe deu uma vantagem competitiva face a outros destinos de turismo como Espanha ou Grécia. Os turistas britânicos que vieram a Portugal nos últimos dias tiveram de apresentar um teste tanto à entrada como à saída, mas não foram obrigados a fazer uma quarentena de 10 dias.
(Notícia atualizada às 16h31 com a confirmação por parte do Governo britânico)
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