Task force apresenta queixa à Polícia Judiciária e Inspeção-Geral da Saúde por vacinação indevida
A task force apresentou uma queixa à Polícia Judiciária e à Inspeção-Geral da Saúde da região Norte por suspeitas de vacinação indevida no Centro de Vacinação do Cerco, no Porto.
O coordenador do plano de vacinação contra a Covid revelou esta sexta-feira que a task force avançou com uma queixa à Polícia Judiciária (PJ) e à Inspeção-Geral da Saúde da região Norte por suspeitas de vacinação indevida no Centro de Vacinação do Cerco, no Porto. “Isto consagra uma desobediência clara ao plano”, aponta Henrique Gouveia e Melo. Entretanto, este caso já levou à suspensão da diretora do agrupamento de centros de saúde do Porto Oriental, avança a Sic Notícias (acesso livre).
A polémica estalou após a apresentadora Maria Cerqueira Gomes, de 38 anos, e a filha Francisca Cerqueira Gomes, de 18, terem revelado, através das redes sociais, que tinham sido vacinadas contra a Covid-19. Recorde-se que a vacinação das faixas etárias “acima dos 18 anos” só vai arrancar a 4 de julho, segundo revelou na terça-feira Gouveia e Melo.
Perante as suspeitas de vacinação indevida, a Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte abriu um inquérito, para apurar as circunstâncias do caso. Além disso, o coordenador do plano de vacinação confirmou esta sexta-feira que o organismo apresentou uma queixa à PJ e à Inspeção-Geral da Saúde da região Norte para procederem a uma investigação.
“Falei com o presidente da ARS norte para que imediatamente se tomassem providências para que isto [casos de vacinação indevida] não voltasse a acontecer e que se tirassem todas as consequências deste ato”, referiu ainda Gouveia e Melo, após visita oficial a Porto Santo, na Madeira, em declarações transmitidas pelas televisões.
O vice-almirante explicou ainda que tem uma equipa que regista “todos os eventos” que possam ser suspeitos e faz diversas queixas e participações, mas nunca tiveram “um caso desta dimensão”. “Isto consagra uma desobediência clara ao plano”, sinaliza, acrescentando que tendo em conta a “complexidade” e “urgência” do processo “tem de haver disciplina”.
“Alguém, com responsabilidade, resolve inovar e vacinar pessoas que não estão, neste momento, elegíveis para vacinação. Ninguém está livre, numa organização, de alguém de dentro resolver fazer uma coisa deste género”, explicou Gouveia e Melo.
Questionado pelos jornalistas sobre uma eventual “punição exemplar” da responsável pelos centros de saúdes em causa, o coordenador esclarece que não pode “demitir as pessoas” mas pediu “à estrutura para tirar as consequências rapidamente”. Entretanto, as suspeitas de vacinação indevida levaram à suspensão da diretora do agrupamento de centros de saúde do Porto Oriental, segundo avança a Sic Notícias.
(Notícia atualizada às 11h38)
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