Vendas de carros aceleram, mas estão aquém do pré-pandemia
ACAP diz que "2021 está a revelar-se um ano particularmente difícil para o setor depois de um 2020 em que se verificou uma das maiores quedas de mercado de sempre".
As vendas de automóveis estão a ganhar tração. Subiram em junho, aumentaram nos primeiros seis meses do ano face à primeira metade do ano passado, mas continuam, ainda assim, aquém dos níveis registados antes da chegada da pandemia. Está, por isso, a ser “um ano particularmente difícil para o setor”, diz a ACAP.
Foram registados, no último mês, 22.232 veículos, 18.936 dos quais ligeiros de passageiros. Face ao mesmo mês do ano passado, assiste-se a um crescimento de mais de 60% nas unidades matriculadas. É um crescimento expressivo face a 2020, ano marcado pela pandemia, mas fica aquém do que se verificava antes da Covid-19.
“Em junho de 2021 foram matriculados pelos representantes legais de marca a operar em Portugal 22.232 veículos automóveis, ou seja, menos 25,3% que no mesmo mês de 2019“, nota a ACAP.
No acumulado deste ano, o sinal é o mesmo. Os 99.322 veículos registados no mercado nacional representam “uma diminuição de 34,1% relativamente a 2019, apesar da comparação com 2020 mostrar um aumento de 27,3%.
“Ano particularmente difícil”
Apesar de haver um crescimento nos registos de veículos, o número de unidades comercializadas fica bastante aquém do vigor que o setor apresentava antes da chegada do vírus ao país. Este crescimento das vendas deste ano “não reflete a atual situação do setor automóvel. Por isso, e a exemplo de outros países, é importante proceder-se também a uma comparação com 2019″, diz a ACAP.
A situação não é tão grave como a de 2020, ano em que a Covid-19 chegou a levar ao encerramento dos stands, é complicada. Apesar de “os concessionários continuarem abertos e a operar em pleno, 2021 está a revelar-se um ano particularmente difícil para o setor depois de um 2020 em que se verificou uma das maiores quedas de mercado de sempre”.
A ACAP faz mira à Covid-19, mas não só. Para além da pandemia, “as vendas de automóveis em Portugal e no mundo estão a ser atingidas pela crise dos semicondutores que está a afetar o lado da oferta, existindo, em muitos modelos em comercialização, falta de produto para colocação no mercado”.
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