Dona da Mercedes vê escassez de chips prolongar-se até 2022
A fabricante alemã diz que esta crise dos semicondutores irá continuar a afetar as vendas de automóveis na segunda metade de 2021, antecipando que o impacto se faça sentir ainda durante o próximo ano.
A Daimler AG, dona da Mercedes, prevê que a escassez global de chips que tanto tem afetado a indústria automóvel, vai continuar a impactar negativamente as fabricantes. Acredita que poder mesmo prolongar-se até 2022.
Tal como outros fabricantes de automóveis, a Daimler reduziu a produção em 2021 devido a uma escassez de chips durante a pandemia de Covid-19, o que levou a empresa alemã a concentrar-se em modelos com margens de lucro mais elevadas.
Harald Wilhelm, diretor financeiro da Daimler, citado pela Reuters, diz que esta crise dos semicondutores irá continuar a afetar as vendas de automóveis na segunda metade de 2021, antecipando que o impacto se faça sentir ainda durante o próximo ano, embora de forma menos severa.
O fabricante de automóveis premium, que também enfrenta o desafio de preços elevados para o aço, cobre e alumínio na segunda metade de 2021, diz que a sua visibilidade sobre a forma como a distribuição de chips irá evoluir é muito reduzida.
“Melhorar a visibilidade da oferta é uma prioridade máxima para nós“, salientou o Ola Källenius, presidente do conselho de administração da Daimler AG, numa conferência com analistas e investidores, apesar de ter dito que a escassez de chips “é um problema solúvel”.
A escassez de semicondutores tem travado a produção de veículos a nível mundial, afetando também a Autoeuropa em Portugal. Muitas fabricantes reduziram o número de veículos que conseguem colocar nas estradas, outras deixaram alguns modelos por terminar. E há ainda quem como a GM, ou mesmo a Tesla, tenha optado por retirar algumas características dos seus modelos para poder entregá-los aos clientes num momento de retoma da procura.
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