Endividamento da economia atinge recorde de 757,5 mil milhões de euros em maio
Dívida das famílias, empresas (excluindo bancos) e Estado deu um salto de quatro mil milhões de euros em maio, atingindo novo recorde nos 757,5 mil milhões, segundo o Banco de Portugal.
O endividamento da economia voltou a subir em maio para um patamar recorde. A dívida das famílias, empresas (excluindo setor dos bancos) e Estado aumentou quatro mil milhões de euros para atingir 757,5 mil milhões no final daquele mês, o valor mais elevado de sempre.
“Esta subida deveu-se aos aumentos de 2,5 mil milhões de euros do endividamento do setor público e de 1,5 mil milhões de euros do endividamento do setor privado“, explica o Banco de Portugal no reporte publicado esta quarta-feira.
A dívida da economia encontrava-se assim repartida no final de maio: 346,4 mil milhões de euros respeitavam ao setor público e 411,1 mil milhões de euros ao setor privado.
A subida do endividamento do setor público resultou, sobretudo, dos acréscimos registados no endividamento junto do setor financeiro (1,5 mil milhões de euros) e no endividamento perante o exterior (0,8 mil milhões de euros), detalha o Banco de Portugal.
Em maio, recorde-se, Portugal financiou-se em 1.250 milhões de euros em obrigações do Tesouro com maturidades em 2031 e 2035 e ainda em 1.750 milhões em bilhetes do Tesouro a seis e 12 meses.
Dívida da economia atinge recorde em maio
Fonte: Banco de Portugal
No que diz respeito ao setor privado, o endividamento das empresas privadas aumentou mil milhões de euros, “evolução explicada principalmente pelo financiamento obtido junto do exterior (700 milhões de euros)”.
Por outro lado, o endividamento dos particulares aumentou 400 milhões de euros, o que se deve sobretudo aos empréstimos contraídos junto da banca, segundo o supervisor.
Em termos percentuais, face ao PIB, o endividamento da economia fechou o primeiro trimestre de 2021 nos 375,71%, em máximos desde o segundo trimestre de 2017 (378%).
O rácio do endividamento tinha vindo a cair nos últimos anos, mas essa trajetória foi interrompida pela pandemia. A crise pandémica levou a um maior endividamento para amparar o impacto das restrições económicas, mantendo os agentes económicos à tona.
(Notícia atualizada às 11h22)
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