Quais os bancos que oferecem o spread mais baixo no crédito para a casa?
Mesmo em pandemia, muitas famílias continuam a mudar de casa. E a compra é, quase sempre, feita com recurso a crédito, de preferência o mais barato possível. Para isso, é preciso um spread baixo.
Quem compra casa, geralmente quer crédito. Em Portugal, grande parte das operações de aquisição de habitação são feitas recorrendo a financiamento bancário. São vários aspetos a que as famílias devem estar atentas na hora de decidir em que banco pedir o empréstimo, mas há um que acaba, muitas vezes, por fazer a diferença: o spread.
Ninguém quer pagar margens elevadas aos bancos. O spread é isso mesmo: a margem que o banco cobra pelo financiamento que está a conceder, neste caso para a aquisição de habitação. E este é variável. Não há um mínimo ou máximo definido, havendo intervalos mínimos e máximos que são aplicados pelos próprios bancos.
Obter um spread mais baixo ou mais alto vai depender do risco que o cliente representa para a instituição financeira, sendo esse determinado por fatores como os rendimentos, a estabilidade profissional ou mesmo a idade, mas também o da operação em si. Nomeadamente se a garantia que é prestada é suficientemente elevada à luz do montante financiado, havendo ainda critérios como o de localização do imóvel.
É com base nestes dados que os bancos definem, depois, a margem a que estão dispostos a conceder o empréstimo para que se possa avançar com a compra do imóvel. Depois, caberá a quem pede o crédito decidir se aceita ou não essa margem, devendo comparar spreads entre várias instituições antes de “fechar negócio”.
É que existem diferenças de relevo entre bancos. Há bancos que têm spreads que chegam a ser menos de metade das margens mais baixas de outras instituições. É isso mesmo que acontece com o banco que apresenta a margem mais reduzida no mercado nacional: o Bankinter. É o único a praticar um spread inferior a 1% quando o BNI Europa, o mais caro da comparação realizada pelo ECO, chega aos 2%.
O Bankinter tem uma margem mínima de 0,95%, diferenciando-se de um conjunto de outras instituições que, atualmente, estão a cobrar aos clientes de crédito à habitação margens de 1%, como é o caso do BCP, Santander ou Novo Banco, apenas para nomear alguns. A CGD, o banco público, tem um spread mínimo de 1,23%.
Veja os spreads mínimos de cada um dos bancos:
Estes spreads têm vindo a baixar de forma expressiva nos últimos anos. Depois de terem disparado nos tempos da troika, as margens exigidas pelos bancos foram baixando lentamente, chegando aos patamares atuais no ano passado.
Segundo o Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho, em 2020 “aumentou de forma significativa o peso dos spreads entre os 0,5 e 1 pontos percentuais, que passaram a representar cerca de um quarto dos contratos a taxa variável, o que compara com 8% em 2019″. Isto acontece depois de um ano em que várias instituições passaram a apresentar margens mínimas de 1%, ou ligeiramente abaixo disso.
Ainda assim, segundo o Banco de Portugal, “a maioria dos contratos celebrados a taxa variável em 2020 (65%) continuou a ter spreads entre 1 e 1,5 pontos percentuais, embora os spreads neste intervalo tenham perdido importância, face a 2019 (70,7%)”. “Destaca-se ainda a diminuição do peso dos spreads entre 1,5 e 2 pontos percentuais, de 17,2% em 2019, para 8,4% em 2020″.
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