Ouro em mínimos de quatro meses com receios à volta da Fed
Dados animadores do emprego nos Estados Unidos aumentaram receios de que o banco central aumente as taxas de juro mais cedo que o previsto. Ouro cai 8% desde janeiro.
O ouro está a cair mais de 4% nos mercados, tocando mínimos de mais de quatro meses. Este desempenho do metal precioso acontece numa altura em que aumentam os receios de que a Reserva Federal norte-americana (Fed) comece em breve a reduzir os seus estímulos monetários, aumentando os juros mais rapidamente do que esperado. Isso faria subir o custo de manter o ouro sem juros.
Faz este mês um ano que o ouro tocou um máximo histórico de cerca de 2.040 dólares (1.734,41 euros). Atualmente, o metal precioso está quase 15% abaixo desse patamar. Hoje, está a cair 1,5% para 1.736,65 dólares (1.476,50 euros), o valor mais baixo desde março. Nas últimas sete semanas, a perda acumulada é de 4% e desde o início do ano já desvalorizou 8%.
Este desempenho de queda foi ainda mais acentuado pelos dados económicos dos Estados Unidos, revelados na semana passada. As estatísticas do emprego foram animadoras e mostraram que em julho as empresas contrataram o maior número de trabalhadores em quase um ano. Isso alimentou rumores de que a Fed poderá aumentar as taxas de juro mais depressa do que o esperado.
Esta segunda-feira deu-se uma ligeira recuperação, mas o metal precioso continua sob forte pressão. “O ouro recuperou durante a negociação, à medida que os caçadores de pechinchas aproveitaram o preço baixo para entrar no mercado”, diz Falkmar Butgereit, trader sénior da Heraeus Metals Germany GmbH, citado pela Bloomberg (conteúdo em inglês).
Ainda assim, o especialista nota que “muitos investidores agora temem que a Fed comece em breve a reduzir as compras de títulos, aumentando as expectativas de aumentos das taxas de juros em 2022/2023″.
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