Wall Street volta a descer 1% após Fed sinalizar retirada gradual de estímulos
Pela segunda sessão consecutiva, tanto o Dow Jones como o S&P 500 desvalorizaram quase 1%. Desta vez foram as minutas da Fed a levar à queda das cotadas norte-americanas.
Os principais índices norte-americanos fecharam esta quarta-feira em terreno negativo, caindo pela segunda sessão consecutiva. Esta quarta-feira os investidores digeriram as minutas da última reunião da Reserva Federal norte-americana, as quais apontam para um abrandamento da compra de ativos ainda este ano.
O Dow Jones desceu 1,08% para os 34.960,69 pontos, o Nasdaq desvalorizou 0,89% para os 14.525,91 pontos e o S&P 500 cedeu 1,07% para os 4.400,27 pontos. Entre as cotadas, a exceção foi protagonizada pela Lowe’s Companies, empresa de materiais de construção, com as ações a subirem de 10% após ter revisto em alta a previsão de receitas até ao final do ano dado o dinamismo do setor da construção.
Na reta final da sessão, a Fed publicou as minutas da reunião de julho e o vermelho intensificou-se na bolsa de valores de Nova Iorque. Esta foi a reação dos investidores aos sinais que as minutas dão de que a redução do ritmo de compra de ativos está para breve, ainda que haja divisão entre os decisores.
Não há unanimidade entre os membros do comité de política monetária da Fed sobre o momento exato em que se deve começar a retirar os estímulos, desde logo por causa do potencial impacto económico da variante Delta. Porém, todos concordaram que os indicadores económicos são positivos, incluindo no mercado de trabalho. A expectativa dos analistas é que a Fed anuncie um plano para reduzir gradualmente a compra de ativos na próxima reunião de 21 e 22 de setembro, iniciando-a no arranque de outubro.
A compra de ativos por parte da Fed, assim como o Banco Central Europeu (BCE) na Zona Euro, acalmou os mercados em março do ano passado quando a Covid-19 chegou à Europa e aos EUA, elevando a incerteza sobre o futuro e introduzindo medidas restritivas que tiveram um impacto acentuado na atividade económica. Atualmente a Fed compra 120 mil milhões de dólares por mês em ativos, como dívida pública e títulos hipotecários.
Após o final da sessão, a corretora digital Robinhood, a fabricante de chips, Nvidia, a Cisco, a Victoria’s Secret e a Bath & Body vão divulgar resultados.
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