Portugueses já fazem tanto turismo cá dentro como antes da pandemia
Setor turístico recuperou em julho, embora continue abaixo de níveis pré-pandemia. Hóspedes portugueses deram o principal impulso, contribuindo com 2,7 milhões de dormidas.
Os alojamentos turísticos nacionais receberam 1,6 milhões de hóspedes em julho, uma subida de 60% face ao ano passado, o que mostra que o setor continuou a recuperar, embora se mantenha abaixo dos níveis pré-pandemia, indica a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE). O destaque no sétimo mês do ano foram os turistas nacionais, que contribuíram com 2,7 milhões de dormidas, uma subida de 6,4% face a julho de 2019.
Os 1,6 milhões de turistas que passaram pelos alojamentos turísticos nacionais no sétimo mês do ano totalizaram 4,5 milhões de dormidas. Estes números representam aumentos de 59,6% e 71,9%, respetivamente, face a julho de 2020. Ainda assim, apesar de mostrarem uma forte recuperação (iniciada em abril), continuam abaixo dos números de 2019.
Numa análise mais fina aos hóspedes, o mercado interno (peso de 59%) contribuiu com 2,7 milhões de dormidas, enquanto as dormidas dos hóspedes internacionais totalizaram 1,9 milhões. As dormidas dos turistas internacionais caíram 67,6% face julho de 2019, mas o destaque são as dormidas dos turistas nacionais, que superaram os níveis pré-pandemia ao crescerem 6,4% face a julho de 2019.
Dentro do mercado internacional, os britânicos representaram 13,1% do total de dormidas, seguindo-se os mercados espanhol (16,9%), francês (14,8%) e holandês (6,3%). A totalidade dos dezassete principais mercados emissores registou aumentos em julho, tendo representado 87,5% das dormidas de não residentes nos estabelecimentos de alojamento turístico neste mês.
No que toca às localizações mais procuradas, o Algarve concentrou 34,5% das dormidas naquele mês, seguido do Norte (15,5%), da Área Metropolitana de Lisboa (14,6%) e da Madeira (12,1%), refere o INE. A estada média nos estabelecimentos turísticos (2,76 noites) aumentou 7,8%. Na hora de escolher onde passar a noite, a hotelaria concentrou 80% das dormidas, seguindo-se os estabelecimentos de alojamento local (13,8% do total) e o turismo no espaço rural e de habitação (6,1%).
(Notícia atualizada às 11h31 com mais informação)
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