Zurich moderniza sede a pensar em modelo de trabalho híbrido

  • ECO Seguros
  • 25 Agosto 2021

A seguradora suíça prepara o edifício sede das suas operações em Portugal para o regresso dos colaboradores já com novo modelo de trabalho.

A Zurich está a transformar a sede das operações em Portugal, na Rua Barata Salgueiro em Lisboa, com o objetivo de melhorar a experiência e bem-estar dos colaboradores e adotar um modelo de trabalho híbrido. Os cerca de 500 colaboradores da Zurich estão em teletrabalho desde março de 2020 e assim vão permanecer até ao final de 2021.

Em 2022, no regresso aos escritórios, a Zurich adotará um modelo de trabalho híbrido que irá pressupor uma articulação entre trabalho remoto e a partir dos escritórios. O modelo híbrido ainda está a ser desenvolvido com o contributo dos colaboradores.

“A transformação total do edifício tem como principal objetivo continuar a cuidar dos nossos colaboradores, assegurando as melhores condições de trabalho, através de um conceito de escritório adaptado à nossa realidade, onde possamos todos desfrutar de novas experiências”, afirma Carlos Fonseca, Chief Operating Officer da Zurich em Portugal.

O projeto de reabilitação do edifício sede da Zurich vai permitir concentrar os colaboradores de Lisboa num único edifício e repensa a ocupação e a utilização dos espaços para dar lugar a um edifício sustentável e digital. O projeto foi desenvolvido auscultando os colaboradores da Zurich através de um estudo de Workplace Strategy e Sustentabilidade liderado pela JLL. A arquitetura e a construção estão a cargo da Tétris e as obras decorrem entre 2021 e 2022.

A Zurich Portugal faz parte do Grupo Zurich, está em Portugal há 103 anos e conta com 19 escritórios próprios organizados em quatro zonas de coordenação comercial – Norte e Ilhas, Norte Interior, Centro e Sul -, e uma rede de mais de 2.500 Agentes de Seguros para mais de 620 mil clientes.

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Regresso às aulas. Multipessoal procura mais de 1.000 profissionais para cantinas

Experiência na função e disponibilidade imediata são valorizados pela recrutadora. Ofertas estão disponíveis para as escolas de todo o país.

A Multipessoal tem mais de mil vagas de emprego para o arranque das aulas em setembro. A recrutadora procura profissionais para as cantinas das escolas em todo o país, em setembro. Experiência na função e disponibilidade imediata são valorizados.

Empregados de Refeitório, Cozinheiros de 1ª, 2ª e 3ª, Técnicos de Nutrição, Empregados de Copa, Despenseiros e Empregados de Distribuição são os profissionais procurados pela recrutadora para escolas em todo o território nacional.

“No total, serão necessários mais de 1.000 profissionais para responder às necessidades das escolas que iniciam o novo ano letivo em setembro”, informa. “Para estas vagas é valorizada experiência na função e disponibilidade imediata.”

As ofertas podem ser consultadas no portal de emprego da Multipessoal e os candidatos interessados nas oportunidades podem candidatar-se, após o registo, nessa plataforma.

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Estado já deu mais de dois mil milhões de euros em apoio a fundo perdido às empresas

Estado gastou mais 678 milhões de euros em apoios a fundo perdido às empresas nos primeiros sete meses de 2021 do que em todo o ano de 2020, indica Ministério das Finanças.

As empresas já receberam este ano mais de dois mil milhões de euros em apoios públicos a fundo perdido, adiantou, esta quarta-feira, o Ministério das Finanças. Só no apoio à retoma progressiva foram gastos, até ao momento, 473 milhões de euros.

Na nota divulgada em antecipação à publicação do boletim da Direção-Geral do Orçamento, o gabinete de João Leão salienta que os apoios a fundo perdido às empresas “para suportar custos com trabalhadores e custos fixos” atingiram, até julho, 2.087 milhões de euros. Tal valor é superior em 678 milhões ao montante gasto em todo o ano de 2020 para esse mesmo fim (1.409 milhões de euros), frisa a mesma fonte.

Entre os vários apoios extraordinários, destaca-se o apoio à retoma progressiva, que já custou 473 milhões de euros aos cofres públicos, mas também o lay-off simplificado, que já custou 367 milhões de euros. Ambos os regimes servem para apoiar a manutenção do emprego nas empresas em dificuldades, mas o segundo dirige-se em exclusivo àquelas que se encontrem encerradas ou suspensas por decisão administração ou legal (isto é, confinadas) daí que a “fatura” que lhe está atualmente associada seja menor, uma vez que o país tem estado a desconfinar desde meados de março. Além disso, o apoio à retoma progressiva pode, no caso das empresas mais afetadas pela pandemia, implicar um subsídio mais robusto (no limite, pode cobrir 100% do salário dos trabalhadores), o que ajuda também a explicar o seu custo superior.

O Ministério das Finanças adianta, também, que o incentivo à normalização da atividade empresarial — que se destina às empresas que saiam dos regimes de lay-off — já atingiu os 251 milhões de euros e avança que os subsídios concedidos através do Programa Apoiar ascendem agora a 996 milhões de euros, “sete vezes superior à despesa realizada durante todo o ano de 2020”.

Os apoios extraordinários têm afetado, por outro lado, a receita do Estado, impedindo, nomeadamente, a coleta de contribuições sociais — está prevista, por exemplo, a isenção desses descontos para as empresas que adiram ao lay-off simplificado — e impostos. O gabinete de João Leão detalha: “As medidas de apoio do lado da receita ascenderam a 485 milhões de euros, destacando-se sobretudo a isenção da TSU e o diferimento de pagamento de impostos, medidas que constituem um apoio à tesouraria das empresas e ao rendimento das famílias”.

Em resposta à pandemia de coronavírus, o Governo tem lançado, desde março de 2020, uma série de medidas extraordinárias, que, entretanto, têm sofrido mudanças, tornando-se de acesso mais difícil e menos “atrativas”. Por outro lado, a retoma da economia tem resultado numa menor adesão a estas ajudas, daí que o seu peso sobre as contas públicas tenda agora a diminuir.

A nota divulgada esta quarta-feira dá conta, além disso, de que as Administrações Públicas registaram um défice de 6,84 mil milhões de euros em contabilidade pública até julho de 2021, representando esse valor uma melhoria de 1,6 mil milhões de euros em relação ao período até julho de 2020.

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PCP diz que Marcelo vetou Programa de Apoio à Economia Local “injustificadamente”

  • Lusa
  • 25 Agosto 2021

“Só por ignorância, má-fé ou manipulação se pode invocar Évora como município destinatário direto da lei”, responde o PCP às criticas de Rui Rio.

O PCP considerou esta quarta-feira que o Presidente da República vetou “injustificadamente” o diploma que altera as regras de enquadramento do Programa de Apoio à Economia Local (PAEL) e apelidou de “ignorância” e “má-fé” as críticas de Rui Rio.

Em comunicado divulgado, os comunistas referiram que o PAEL se constituiu “como um instrumento de ingerência e violação grosseira da autonomia administrativa e financeira das autarquias e um verdadeiro pacto de agressão contra as populações”, que “contou, desde a primeira hora, com a firme oposição do PCP”.

Por essa razão, o partido considerou que Marcelo Rebelo de Sousa “devolveu, injustificadamente, à Assembleia da República” o diploma que procedia a alterações das regras de enquadramento do PAEL.

O chefe de Estado vetou, na noite de terça-feira, o diploma aprovado por PS, PCP e PEV, com oposição de PSD, BE e PAN e a abstenção de CDS-PP, Chega e Iniciativa Liberal.

Numa nota divulgada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa afirma ter tomado esta decisão “atendendo a que pode produzir efeitos concretos em autarquias locais e respetivos responsáveis e a que foi submetido a promulgação já depois de convocadas as eleições [autárquicas de 26 de setembro] e iniciado o prazo de apresentação de candidaturas”.

O chefe de Estado devolveu o diploma à Assembleia da República “solicitando que sobre ele se pronuncie depois da realização do ato eleitoral, ou seja daqui a um mês e dois dias”, lê-se na mesma nota.

Esta quarta-feira, o presidente do PSD, Rui Rio, manifestou-se “100% de acordo” com o veto do diploma e considerou que “mudar uma lei que calça precisamente a seis câmaras municipais, cinco do PS e uma do PCP” é “de terceiro mundo”.

Rio referia-se à Câmara Municipal de Évora, cujo executivo é da CDU, quando apontou as críticas ao PCP.

Na nota, os comunistas advogaram que “só por ignorância, má-fé ou manipulação se pode invocar Évora como município destinatário direto da lei”.

“O PAEL de Évora foi subscrito em 2013 pelo PS aquando da sua presença na presidência da autarquia. A gestão da CDU não só recuperou financeiramente o município como viu esse trabalho reconhecido em 2019 com a liquidação deste Programa e o arquivamento por decisão da procuradora-geral do Tribunal de Contas de alegados incumprimentos”, sustentou o PCP.

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Retoma encolhe défice em 1,6 mil milhões até julho

A receita pública gerada pela retoma económica permitiu uma redução do défice face a 2020. É a primeira vez desde que a pandemia chegou a Portugal que o saldo orçamental apresenta uma melhoria.

As administrações públicas registaram um défice de 6,84 mil milhões de euros em contabilidade pública até julho de 2021, período marcado por percalços no processo do desconfinamento. Este valor representa uma melhoria de 1,6 mil milhões de euros em relação ao período até julho de 2020. Os números foram divulgados pelo Ministério das Finanças em antecipação do boletim da Direção-Geral do Orçamento (DGO) que é publicado ao final da tarde.

O défice até julho das Administrações Públicas ascendeu a 6.840 milhões de euros em contabilidade pública, representando uma melhoria de 1.631 milhões de euros face ao período homólogo“, adiante o Ministério das Finanças em comunicado esta quarta-feira. No mesmo período do ano passado, o défice orçamental em contabilidade pública — diferente da contabilidade nacional, a que interessa para comparações internacionais — era de 8.471 milhões de euros.

Apesar do para e arranca no processo de desconfinamento, a retoma económica do segundo trimestre e do início do terceiro trimestre permitiu uma melhoria das contas públicas face ao mesmo período do ano passado. O PIB cresceu 15,5% em termos homólogos no segundo trimestre deste ano enquanto no segundo trimestre de 2020 tinha caído 16,3%.

O gabinete de João Leão atribuiu a melhoria das finanças públicas justamente à “reabertura” da atividade económica, a qual tem um “efeito positivo” no défice, principalmente pela via da receita pública. “O desagravamento do défice resulta do acréscimo de 8% da receita, explicado por três efeitos: por um lado, em resultado da retoma da atividade económica derivada do desconfinamento, por outro, ao efeito base associado ao 2º trimestre de 2020 e ainda aos efeitos temporários derivados do diferimento do pagamento de impostos”, explicam as Finanças.

Dentro da receita, a receita fiscal (ajustada de efeitos extraordinários, tais como os diferimentos originados pelos planos prestacionais) cresceu 6,4%. “Espera-se uma desaceleração da receita até ao final do ano, em resultado da regularização destes efeitos extraordinários“, admite o Ministério liderado por Leão, uma vez que até ao momento há um acréscimo de 315 milhões de euros por causa do deferimento em contabilidade pública (em contabilidade nacional este efeito não se regista).

Mas mais do que a receita fiscal são as contribuições para a Segurança Social, refletindo a resiliência do mercado de trabalho, que estão a crescer mais (7,7%, valor também ajustado dos planos prestacionais). O Governo argumenta que o crescimento da receita com a TSU é fruto da “eficácia das medidas de apoio e, em particular, no facto do lay-off ter suportado salários a 100% ao contrário do que aconteceu em 2020”.

Esta subida da receita pública acontece apesar de as medidas de apoio às empresas se traduzirem numa perda de 485 milhões de euros de impostos, “destacando-se sobretudo a isenção da TSU e o diferimento de pagamento de impostos, medidas que constituem um apoio à tesouraria das empresas e ao rendimento das famílias”.

A expectativa do Governo é reduzir o défice orçamental, em contabilidade nacional, para 4,5% do PIB no conjunto de 2021, após ter registado um défice de 5,7% no ano passado. Esta última previsão foi divulgada em abril, no Programa de Estabilidade, mas como as perspetivas económicas melhoraram desde então é possível que a meta seja revista na apresentação do Orçamento do Estado para 2022 (OE 2022) em outubro.

Despesa pública cresce, mas abaixo da receita

A melhoria das contas públicas é fruto do aumento expressivo da receita, a um ritmo superior ao crescimento da despesa pública. De acordo com o Ministério das Finanças, a despesa cresceu 5,4%, “refletindo as medidas extraordinárias de apoio à economia”. A subida da despesa pública é justificada principalmente pela crise pandémica. Desde logo porque as medidas extraordinárias de apoio às empresas e aos cidadãos já atingiram os 4.212 milhões de euros em sete meses, “ultrapassando o valor executado em todo o ano 2020 (3.546 milhões de euros)”.

 

Os apoios a cargo da Segurança Social ascenderam a 1.423 milhões de euros, o que representa cerca de 88% do total executado em todo o ano de 2020 e ultrapassa significativamente o valor orçamentado para 2021 (776 milhões de euros)“, nota o Ministério das Finanças. O ECO já questionou o gabinete de João Leão sobre como é que esta despesa da Segurança Social já ultrapassou significativamente o seu limite e, ao mesmo tempo, ainda não tenha sido utilizada (pelo menos até junho) a reserva para imprevistos que o Governo disse que ia usar, mas não obteve resposta até ao momento.

A maioria das verbas vai para os apoios ao emprego (840 milhões de euros), seguindo-se os apoios extraordinários ao rendimento dos trabalhadores (350 milhões de euros) e os subsídios por doença e isolamento profilático (142 milhões de euros). No caso das empresas, estas já receberam 2.087 milhões de euros em apoios a fundo perdido, de onde se destacam os 996 milhões de euros do Programa Apoiar (apoio aos custos fixos das empresas mais afetadas pela Covid-19).

Além dos apoios económicos, a pandemia também levou a um maior investimento no Serviço Nacional de Saúde, cuja despesa cresce 9,1% até julho, “destacando-se o aumento muito elevado das despesas com pessoal (9,7%), em resultado do reforço expressivo do número de profissionais de saúde, e da aquisição de bens e serviços (+10,7%)“. Há ainda mais gastos com o subsídio de desemprego (+18,8%).

O comunicado dá ainda conta do aumento de 4,7% dos salários dos funcionários públicos até julho, “refletindo as contratações de pessoal e os encargos com valorizações remuneratórias, destacando-se o acréscimo significativo de 5,5% da despesa com salários dos professores”. As administrações públicas superaram recentemente o número de funcionários públicos de 2011.

(Notícia atualizada às 18h01 com mais informação)

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Agências de viagens dizem que retoma está comprometida por falta de foco do Governo

  • Lusa
  • 25 Agosto 2021

O Governo continua "a impedir a entrada de turistas brasileiros em Portugal, apertando assim o garrote a todo um setor", incluindo a TAP, criticam as agências de viagens.

A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) criticou esta quarta-feira a atuação do Governo em relação ao setor, afirmando que a retoma está “comprometida por falta de foco” do executivo.

Em comunicado, a entidade diz que o setor “tem vindo a assistir, nas últimas semanas, a uma enorme perda de qualidade no que diz respeito à intervenção do Governo, que mostra sinais de cansaço, face à crise económica, que se adensa e está longe de ultrapassada”.

Na mesma nota, a APAVT garante que “há apoios que estão comunicados há meses, alguns várias vezes, mas que tardam, não apenas a chegar às empresas, como mesmo em terem definidos os meios e regras ao seu acesso, como é o caso dos apoios à recapitalização das empresas”.

Por outro lado, lamenta a associação, “há apoios que não foram comunicados, mas que foram colocados em letra de lei, como é o caso dos apoios do programa Apoiar.pt que é pouco claro quanto à definição dos beneficiários”, realçando o caso das agências de viagens.

“Acresce ainda que há apoios que geraram imensa confusão exatamente por não terem sido comunicados pelo Governo”, mas “constarem do diploma legal que alterou o programa e porque não existem notícias sobre a sua implementação”, acrescenta.

A APAVT salienta os decretos publicados relativamente ao ‘lay-off’, dizendo que se “atropelaram uns aos outros” e assegurando que, “neste momento, decorrente dos vários mecanismos legais colocados em vigor, as empresas, para determinada quebra de faturação, têm igual apoio em agosto e outubro, e menor apoio em setembro”.

“Entretanto, faltam escassos dias para entrarmos em setembro. Só pode ser gafe, mas já passou o tempo suficiente para que a retificação tivesse sido publicada”, adianta, acrescentando que “as regras para operação turística continuam dispersas, confusas e inadequadas”.

Segundo a associação, “multiplicam-se os apoios à TAP, aliás sempre com o apoio da APAVT, mas, ao contrário de vários países europeus, continua o Governo a impedir a entrada de turistas brasileiros em Portugal, apertando assim o garrote a todo um setor, incluindo à TAP que necessita, mais do que nunca e acima de tudo, de recomeçar a trabalhar os mercados em que tem vantagem competitiva”.

A APAVT considera mesmo que esta decisão “coloca mesmo em causa o próprio ‘hub’ da TAP em Lisboa, fundamental para a recuperação da companhia e do turismo de longo curso no nosso país”.

“Apesar de este verão mostrar maior animação do que no ano passado, primeiro ano de pandemia, é bom não esquecer que, face a 2019, de acordo com dados oficiais, continuamos com quebras superiores a 70% no número de dormidas de não residentes”, alerta a associação, recordando que, “no que diz respeito a movimentos nos aeroportos nacionais, registou-se no primeiro semestre deste ano um decréscimo de 80,4% face ao mês homólogo de 2019”.

“Ou seja, estamos muito longe de recuperar o turismo internacional”, remata.

“Os empresários, as empresas e os colaboradores do turismo não tiraram férias, estão a lutar para manter os investimentos ativos e o emprego”, refere, citado no mesmo comunicado o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira.

“Apenas podemos esperar do Governo clarificação dos temas, coerência nas políticas, celeridade nos procedimentos e sobretudo, capacidade de construir e entregar apoios consequentes e previsíveis”, conclui.

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Patrões afastam para já vacinação obrigatória

  • Lusa
  • 25 Agosto 2021

CCP e CTP defendem que a vacina não deve ser obrigatória. A AEP admite que a vacinação obrigatória pode vir a ser um requisito para a admissão de novos postos de trabalho.

Os patrões consideram que a vacinação contra a covid-19 não deve ser obrigatória para os trabalhadores, pelo menos para já, mas defendem um reforço da campanha de informação e sensibilização sobre a vacinação.

Em declarações à Lusa, a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) considera que, perante “as altas taxas de vacinação” e o “reduzido número” de casos de contágio em meio laboral, não ser necessário, “pelo menos para já”, que se estabeleça a obrigatoriedade de os trabalhadores serem vacinados.

No entanto, uma medida dessa natureza pode vir a revelar-se útil como alternativa à imposição de horários desfasados e teletrabalho como aconteceu recentemente”, sublinha a confederação presidida por João Vieira Lopes, acrescentando que a única proposta que equaciona apresentar neste âmbito prende-se com o reforço da sensibilização para a vacinação nomeadamente junto dos jovens.

“Para a CCP, o arranque do ano letivo vai ser um momento decisivo para comprovar se o pior já passou. Neste contexto esperamos que o Governo coloque um grande enfoque na prevenção no arranque das aulas”, refere a confederação patronal.

Não sendo a vacinação contra a covid-19 obrigatória em Portugal, mas apenas recomendada, a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) sublinha que, com a legislação em vigor, as empresas “não podem impedir o regresso ao escritório dos trabalhadores que não se queiram vacinar ou que ainda não tenham a vacinação completa”, ou que tais circunstâncias possam limitar a admissão de novos trabalhadores. “Este é o sentido da lei em vigor, pelo que deve ser a regra seguida pelas empresas”, referiu à Lusa o presidente da CTP, Francisco Calheiros.

O presidente a Associação Empresarial de Portugal (AEP), Luís Miguel Ribeiro, assinala, por seu lado, o efeito das vacinas no desenvolvimento de doença grave provocada pelo novo coronavírus e o consequente impacto no absentismo dos trabalhadores, pelo que considera “importante” que as entidades com responsabilidade na saúde pública “promovam uma maior informação e sensibilização junto da população”. Neste contexto, o presidente da AEP admite que a obrigatoriedade da vacinação possa vir a tornar-se um requisito para a admissão de novos trabalhadores.

Sem colocar em causa os princípios da igualdade e da não discriminação, considero ser razoável admitir essa possibilidade [vacinação obrigatória] na admissão de novos postos de trabalho, que constituiria mais um aspeto a juntar aos demais direitos e obrigações estabelecidos no contrato de trabalho”, refere, assinalando que tal corresponderia, na prática, “a estabelecer um dever cívico” em contexto laboral. É que, acrescenta o presidente da AEP, “não podemos esquecer que a retoma da economia global está condicionada pelo controlo da pandemia, pelo que tudo o que estiver ao nosso alcance deve ser feito”.

Ainda que admita que em determinadas profissões, com maior contacto com populações de risco, como os idosos, possa aprofundar-se a discussão em torno da obrigatoriedade da vacinação, a CCP considera que, mais do que legislar, o importante é que se mantenha a cultura de vacinação voluntária que existe no país.

“Caso se avance com uma medida desta natureza ela terá que ser tomada no parlamento porque, mesmo num contexto de saúde pública, há aqui uma redução da liberdade individual. Somos um país com uma grande cultura de vacinação mas de um modo totalmente voluntário, princípio que seria desejável manter”, sublinha a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal.

A Lusa também questionou a CIP sobre este tema, mas até ao momento não recebeu qualquer resposta.

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BCP segura bolsa de Lisboa com disparo de quase 5%

O BCP valorizou em linha com a banca europeia. Lisboa terminou, contudo, a sessão no "vermelho", pressionada pela Sonae e pela Galp Energia.

O BCP foi a estrela da sessão desta quarta-feira, tendo valorizado quase 5%. Lisboa não conseguiu, ainda assim, terminar o dia acima da “linha de água”, com a Sonae e a Galp Energia a pressionarem.

O índice de referência na praça nacional, o PSI-20, fechou o dia a cair 0,21% para 5.350,610 pontos. Lisboa ficou, assim, em linha com o índice pan-europeu STOXX 600, que recuou 0,013% para 471,73 pontos, e com o alemão DAX, que desvalorizou 0,28% para 15.860,66 pontos. A contrariar, o francês CAC 40 avançou 0,18% para 6.676,48 pontos e o espanhol IBEX somou 0,32% para 8.977,40 pontos.

Por cá, foi o BCP a protagonizar os maiores ganhos. Os títulos da cotada dispararam 4,89% para 0,1309 euros, num dia em que o índice financeiro europeu subiu 1,68% para 137,49 pontos. Os investidores estiveram a reagir, assim, aos sinais positivos das economias, tendo o Banco Central Europeu admitido, esta quarta-feira, rever em alta as previsões para o PIB da Zona Euro.

Do outro lado da linha de água, a Sonae e a Galp Energia pressionaram a praça nacional. Os títulos da primeira caíram 1,24% para 0,9170 euros e os da segunda desceram 1,08% para 8,4380 euros, apesar de na sessão desta quarta-feira, em Londres, o Brent ter estado a valorizar.

Ainda no retalho, e também no “vermelho”, as ações da Jerónimo Martins desvalorizaram 0,61% para 17,945 euros. Na energia, os títulos da EDP caíram 0,63% para 17,9450 euros e os da EDP Renováveis recuaram 0,66% para 4,677 euros.

Destaque, além disso, para a Mota-Engil, cujas ações perderam 1,03% para 1,345 euros. Entre as papeleiras, os títulos da Altri desvalorizaram 0,37% para 5,32 euros e os da Navigator recuaram 0,39% para 3,042 euros, enquanto os da Semapa avançaram 0,45% para 4,505 euros.

(Notícia atualizada às 17h09)

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Associação Discotecas Nacional considera ser “o momento” de reabrir espaços

  • Lusa
  • 25 Agosto 2021

“Está na altura de abrir as discotecas atingida que está a meta de vacinados. As discotecas em Portugal estão preparadíssimas para abrir, com todas as restrições que daí advenham”, defende a ADN.

A Associação Discotecas Nacional (ADN) defendeu esta quarta-feira ser “o momento” de voltar a abrir aqueles espaços, fechados desde março de 2020, tendo em conta que serão atingidos os 85% de pessoas com a primeira dose da vacina.

João Gouveia, da ADN, avançou não acreditar que haja necessidade “de esperar até outubro para que as discotecas possam abrir”, lembrando que seria o “adiar de uma situação que só iria criar mais problemas e falências”.

O dirigente da ADN falava depois de o coordenador do plano de vacinação contra a covid-19 ter admitido que, na próxima semana, a taxa de vacinação com primeiras doses deverá atingir os “85 ou 86%”, situando-se nos 81,6% a taxa de pessoas com a vacinação completa.

“Para a próxima semana, atingiremos, com a ajuda dos portugueses, dos últimos portugueses que têm que vir à vacinação, 85 ou 86% [da taxa de vacinação]. E o processo em termos de primeiras doses está completo. Depois é o processo de segundas doses”, afirmou o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, na Guarda.

“Este é o momento. Se para a semana atingirmos os 85% da vacinação em Portugal e dado que o Governo disse que as discotecas abriam quando se atingisse esses números”, disse José Gouveia.

“Está na altura de abrir as discotecas atingida que está a meta de vacinados. As discotecas em Portugal estão preparadíssimas para abrir, com todas as restrições que daí advenham”, avançou, explicando que, apesar de continuarem com “a consciência de que as pistas de dança têm de ficar em ‘stand-by’”, acreditam que “numa casa com mesas as pessoas possam levantar-se para dançar com máscara”.

Para José Gouveia, é preciso “deixar para trás um certo preconceito” com este tipo de estabelecimentos, que mais sofreram com a pandemia.

“Depois de retirada a limitação [da lotação] nos transportes públicos, a questão é agora porque não se pode dançar numa pista de dança com máscaras, porque é que as pessoas não se podem divertir numa pista com máscara”, questionou.

José Gouveia lembrou ainda que foi dada a oportunidade ao setor de funcionar como bar, mas reconheceu também que o mesmo “foi insuficiente para a estrutura pesada” que este tipo de empresas tem.

“Não vejo o porquê de continuarmos fechados. Ainda temos um período de verão a decorrer, ainda temos um período de férias para os nossos estudantes que estão certamente esfomeados de se divertirem de noite, de discotecas, de dançaram, de estarem mais à vontade e de sentirem alguma liberdade”, desabafou.

O levantamento gradual das restrições em função da vacinação contra a covid-19 arrancou em 01 de agosto, com regras aplicáveis em todo o território continental, inclusive o limite de horário de encerramento até às 02:00 para a restauração.

Nestas medidas de alívio está a reabertura de bares e outros estabelecimentos de bebidas “sujeitos às regras da restauração”.

Entre as medidas que entraram em vigor no dia 23, está o aumento da lotação máxima dos restaurantes e similares, que passou de seis para oito pessoas por mesa no interior, e nas esplanadas de 10 para 15 pessoas.

Os bares que recusem funcionar com as regras da restauração e as discotecas permanecem encerrados até outubro.

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UE pondera restringir viagens aos EUA na próxima semana

  • ECO
  • 25 Agosto 2021

Europa está a ponderar fechar a porta aos turistas norte-americanos, na próxima semana, devido ao aumento de casos de Covid-19 no país.

A União Europeia (UE) está a equacionar a possibilidade de voltar a introduzir restrições aos viajantes dos Estados Unidos (EUA) na próxima semana, devido ao aumento do número de casos de Covid-19 no país, avança a Bloomberg (acesso pago).

Esta barreira surge numa altura que os EUA superaram o limite de casos por Covid-19. Os últimos dados mostram que os EUA estão muito acima do limite estabelecido pela UE – não ultrapassar os 75 novos casos de Covid-19 por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias.

As restrições vão aplicar-se a viagens não essenciais. No entanto, está em cima da mesa que as pessoas totalmente vacinadas contra a Covid-19 possam entrar nos países da UE.

Em junho, a União Europeia levantou as restrições às viagens não essenciais a partir dos EUA. No entanto, esta decisão poderá ser revertida em breve. A retirada dos EUA da lista exigiria um acordo entre a maioria dos Estados-membros da União Europeia.

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Garland investe 30 milhões em novo centro logístico que criará 100 empregos diretos em Gaia

  • Lusa
  • 25 Agosto 2021

Novo centro logístico da Garland em Vila Nova de Gaia criará 100 empregos diretos e 200 indiretos.

A Garland vai investir 30 milhões de euros num novo centro logístico em Vila Nova de Gaia que criará 100 empregos diretos e 200 indiretos e lhe permitirá faturar mais 40%, avançou esta quarta-feira à Lusa fonte do grupo.

Com uma área coberta de 38.000 metros quadrados e capacidade para 100 mil paletes, o novo centro – em início de construção em Gulpilhares – visa “permitir a expansão nacional da área logística do grupo Garland”, que opera no setor de navegação, transportes e logística. Será o segundo centro logístico da empresa no concelho de Gaia e o maior da Garland no país.

Atualmente, a Garland Logística – unidade de negócio dedicada às operações de logística de armazém, distribuição e ‘e-commerce’ do grupo Garland – detém uma área de armazenagem de 91.500 metros quadrados, distribuída por sete unidades de norte a sul do país (Maia, Vila Nova de Gaia, Aveiro, Mealhada e Cascais).

Com este investimento, irá alargar a sua capacidade para 129.500 metros quadrados – criando “um dos maiores parques nacionais no setor”, segundo a empresa – e espera “aumentar o volume de negócios da área logística em 40%”, após o crescimento acumulado de 50% nos últimos cinco anos. Implantado num terreno com cerca de 100.000 metros quadrados, o novo centro logístico ficará situado junto ao nó de Arcozelo, entre a A44 e a A29.

“Numa altura crítica para a economia nacional, que procura resistir aos efeitos causados pela pandemia, esta forte aposta em expandir significativamente a atividade logística traduz a nossa confiança numa retoma que se pretende efetiva a médio prazo”, afirma o administrador do grupo Garland e presidente executivo (CEO) da área Logística, Ricardo Sousa Costa, citado num comunicado.

Segundo destaca a empresa, o novo centro logístico da Garland “irá centralizar as operações logísticas de apoio à atividade de produção de bicicletas do cliente Decathlon, contribuindo, deste modo, para a consolidação de uma importante atividade industrial exportadora do concelho de Gaia”.

Com conclusão prevista para junho de 2022, será “um empreendimento logístico de última geração” e “o primeiro centro logístico em Portugal com certificação internacional BREEAM New Construction”. “O projeto seguirá um plano extremamente exigente, com validações rigorosas de vários intervenientes, incluindo as mais apertadas exigências de sustentabilidade ambiental”, refere a Garland.

Adicionalmente, sustenta, “a unidade irá incorporar as mais avançadas tecnologias de segurança, nomeadamente um modelo de ‘sprinklagem FM approved’, um sistema completo de deteção e combate de incêndios, desenfumagem, CCTV, controlo de acessos e intrusão, e bacias de retenção”.

“O piso será de alta planimetria, permitindo a circulação otimizada e segura dos equipamentos de movimentação, haverá 44 cais desnivelados de vários tipos, incluindo telescópicos de forma a permitir a adaptação a qualquer tipo de veículos, e iluminação LED em linhas programáveis com sensores de presença, possibilitando uma otimização total dos consumos de eletricidade, acrescida de uma grande preocupação em maximizar a iluminação zenital”, precisa.

O empreendimento será também dotado de painéis fotovoltaicos para autoconsumo e postos de carregamento para viaturas elétricas.

De acordo com Ricardo Sousa Costa, o objetivo da Garland Logística é “continuar a expansão” em Portugal, que “tem tido mais expressão no Norte”, mas que a empresa pretende que “seja nacional”: “Continuamos atentos a novas oportunidades que surjam noutras regiões do país. Os próximos anos serão seguramente de continuidade nesta linha sustentada de crescimento”, remata o CEO.

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Delta Airlines exige 200 dólares a funcionários sem vacina. Lufthansa vai exigir vacinação a tripulantes

  • Carolina Bento
  • 25 Agosto 2021

Delta Airlines agrava, em 200 dólares, o prémio de seguro de saúde mensal a trabalhadores não vacinados. Lufthansa também vai exigir vacinação a tripulantes.

A companhia aérea Delta Airlines está a seguir o mesmo caminho de outras empresas norte-americanas e incentivar a vacinação dos trabalhadores. Mais vai mais longe e será a primeira grande empresa dos EUA a agravar o prémio de seguro de saúde, em 200 dólares mensais, aos trabalhadores sem vacinação, avança esta quarta-feira a Bloomberg.

A penalização aplica-se aos funcionários, incluídos no plano de saúde da companhia, que não se vacinaram até 1 de novembro, servindo para “cobrir o risco financeiro” da sua decisão. Na mesma nota enviada aos trabalhadores, a empresa informa que os empregados têm de usar máscara em todos os espaços fechados, se não estiverem vacinados e que, a partir de 12 de setembro, todos os não vacinados têm de se testar semanalmente. Para além disso, a empresa só vai ajudar financeiramente as pessoas que manifestam sinais de doença e que receberam ambas as doses.

Neste momento, 25% da força de trabalho da Delta Airlines não está vacinada, segundo Ed Bastian, chefe executivo da empresa. Esta percentagem é especialmente preocupante numa altura em que os casos de Covid-19 estão a subir nos Estados Unidos, inflacionados pela variante Delta.

Lufthansa torna vacinação obrigatória para tripulantes

Entre as companhias aéreas fora dos Estados Unidos, a Reuters avançou esta quarta-feira que a Lufthansa vai exigir vacinação aos tripulantes. Esta quarta-feira, a companhia aérea alemã anunciou que vai negociar um acordo com representantes dos trabalhadores para aplicar esta medida.

A ser aprovada, a medida vai ser aplicada a partir de meados de novembro. Uma porta-voz da Lufthansa afirmou mesmo que “as viagens aéreas internacionais não serão possíveis no futuro sem a vacinação contra a Covid-19 da tripulação”.

Outras empresas norte-americanas, como a Google, o jornal The Washington Post e o banco Goldman Sachs anunciaram a obrigatoriedade da vacinação para regressar aos escritórios. Em Portugal, as empresas preferem incentivar a vacinação, em vez de a tornar obrigatória.

No final do dia, a Air Canada anunciou que vai tornar obrigatória a vacinação completa contra a Covid-19 a todos os funcionários e futuras contratações. De acordo com a política de vacinação obrigatória, os testes não serão oferecidos como alternativa, de acordo com um comunicado publicado no site da empresa.

A companhia aérea adianta ainda que quem não tiver a vacinação completa até 30 de outubro deste ano enfrentará consequências, desde a licença sem vencimento até à rescisão de contrato.

(Notícia atualizada às 19h59 com mais informações)

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