Futebol europeu perdeu 23% em receitas com patrocínios durante a pandemia
Os clubes europeus viram as receitas geradas através patrocínios a cair cerca de 23% desde o início da pandemia, de acordo com o consultor Andy Westlake, da Westlake Consulting.
Após a UEFA ter anunciado em maio passado que o futebol europeu perdeu entre 7,2 e 8,1 mil milhões de euros de euros em receitas com a Covid-19, surgem agora novas informações sobre o impacto da pandemia no desporto rei: os clubes europeus viram as receitas geradas através de patrocínios cair cerca de 23% desde o início da crise pandémica.
“O desporto tem estado sob pressão em todos os aspetos, prova disso é que durante a pandemia houve uma queda de 23% em receitas com patrocínios”, adiantou o consultor Andy Westlake, da Westlake Consulting, num painel da SIGA Sport Integrity Week 2021, a decorrer online até sexta-feira, sobre integridade e recuperação do desporto.
O rápido avanço da vacinação e melhoria no número de casos de Covid-19 no velho continente dão sinais de esperança para o setor. “Agora que estamos a começar a recuperar, vemos novamente o potencial do desporto para ligar comunidades no rescaldo da pandemia. Os patrocinadores podem contribuir para esse sentimento e também ajudar financeiramente a indústria. Estes são tempos emocionantes para este mundo e a integridade vai desempenhar um papel muito importante”, defendeu o consultor.
Esperançoso de uma recuperação rápida do desporto-rei, está também Andrea Traverso. “O desporto em geral, e o futebol em particular, recuperará muito rapidamente, mais do que outras indústrias”, disse o diretor do departamento de Financial Sustainability & Research da UEFA.
Transparência é a palavra de ordem para combater investidores duvidosos
Face ao surgimento de novos investidores interessados em injetar milhões em clubes de futebol um pouco por toda a Europa – como pudemos ver recentemente em Portugal com o interesse do “rei dos frangos” e do milionário norte-americano John Textor em investir no Benfica -, o diretor da UEFA alertou para a importância da transparência no mundo do desporto.
“É importante para o desporto manter um elevado nível de transparência, numa altura em que novos tipos de investidores estão a emergir. O maior risco neste momento é que os nossos valores sejam minados. Temos de fazer o possível para nos protegermos de práticas ilegais, tais como a lavagem de dinheiro, tendo em conta que os nossos poderes são limitados, porque não somos a polícia e nem uma entidade governamental”, explicou.
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