GMS Store sem medo da maçã: Apple Store em Portugal seria “uma mais-valia”
A GMS Store é um dos "revendedores premium" da Apple em Portugal. A venda de iPhones representa metade da faturação, mas a empresa não teme a possível concorrência da marca da maçã.
A Apple apresentou novos telemóveis este mês e gravou em Portugal alguns dos vídeos que mostrou no evento principal da empresa, transmitido para todo o mundo. O novo iOS 15, o sistema operativo dos iPhones, também não esquece os portugueses — a marca desenhou de raiz o mapa de Portugal na aplicação Apple Maps, incluindo mais informação e detalhe.
O que a Apple ainda não tem em Portugal é uma loja oficial.
Designadas de Apple Stores, as lojas oficiais da Apple são espaços comerciais próprios, mantidos pela marca. Porém, em Portugal, a tecnológica norte-americana conta apenas com alguns “revendedores premium“, cadeias de lojas parceiras, focadas na venda de equipamentos e acessórios da marca. As empresas têm de cumprir uma série de requisitos para manterem esse estatuto.
A GMS Store é um desses grupos. Com dez lojas em vários centros comerciais do país, metade da faturação resulta da venda de iPhones. E se a Apple decidir abrir uma loja própria em Portugal, fragmentando o negócio?
A hipótese não tira o sono a André Marques da Silva, CEO da GMS Store: “Uma possível loja Apple, embora não tenhamos conhecimento de planos para a mesma, seria vista por nós como uma mais-valia para uma proximidade cada vez maior entre a Apple e o mercado português”, assegura, em resposta a questões do ECO.
O gestor garante que a GMS tem “uma parceria muito próxima e cimentada” com a empresa liderada por Tim Cook, sendo que o plano para o futuro passa pela expansão. “A nossa estratégia para este novo ano fiscal é, não só a expansão do parque de lojas, como a abertura de uma loja a sul de Lisboa até ao fim de 2021, como também reforçar o negócio online, onde, desde a pandemia, temos vindo a investir para assegurar ao consumidor uma boa experiência e serviços de elevada qualidade”.
Uma nova aposta que já está decidida é a venda de equipamentos recondicionados, ou seja, aparelhos em segunda mão que são alvo de uma inspeção técnica e substituição de componentes que, eventualmente, possam estar danificados. Para a GMS Store, “o mercado português está preparado para a venda de produtos Apple, devidamente recondicionados e certificados”. E, como não podia deixar de ser, a ideia é igualmente anunciada como fazendo parte de uma estratégia mais alargada de sustentabilidade.
Mas André Marques da Silva não especifica se a empresa só vai vender iPhones recondicionados, ou se tenciona vender outros aparelhos usados, como iPads e relógios.
Sobre o futuro, a nova gama de iPhones 13 representa o segundo leque de equipamentos da Apple com suporte para rede 5G, que ainda não existe em Portugal. Sobre este aspeto, André Marques da Silva também prefere não se alongar.
“Para nós é importante termos uma oferta em que os nossos equipamentos tenham a melhor performance, quer em Portugal, quer em qualquer lugar do mundo, seja em termos de velocidade de resposta, seja em termos de segurança para o consumidor”, diz. E conclui: “Quando os operadores tiverem uma oferta 5G alargada, e penso que será em breve, os nossos equipamentos estarão já aptos para essa velocidade, e isso é que é o importante para nós.”
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