Startup Portugal com nova liderança e estratégia para os próximos três anos
Internacionalização, modelos de financiamento e de fiscalidade para startups fazem parte da agenda estratégica para os próximos três anos. Caldeira Cabral preside ao conselho estratégico.
Miguel Carvalho é o novo presidente da Startup Portugal, substituindo Simon Schaefer à frente da associação que tem como missão apoiar o desenvolvimento do ecossistema de empreendedorismo nacional. O empresário António Dias Martins assume a direção executiva da organização que avança, a partir de outubro, com uma nova estratégia para os próximos três anos. O ex-ministro da Economia Manuel Caldeira Cabral lidera o conselho estratégico, confirmou o ECO/Pessoas junto da Startup Portugal.
A nova liderança marca o fim de um ciclo na Startup Portugal, até aqui presidida por Simon Schaefer — à frente do organismo desde outubro de 2016 — e que saiu em agosto, depois de uma assembleia geral, a 27 de agosto, onde foram eleitos os novos órgãos sociais. João Borga, o diretor executivo da Startup Portugal, já tinha saído em maio, tendo transitado para a Agência Nacional de Inovação (ANI), como administrador executivo.
A nova liderança da Startup Portugal, presidida por Miguel Carvalho — gestor ligado durante duas décadas ao setor da banca (Millennium bcp e ActivoBank), com passagens pela Microsoft, fundador da ThinkLand, atual chairman da mesa da assembleia geral da DSPA, fundador da YuBuy, CEO da Optimistic Blue e diretor não executivo da Fábrica de Startups — é apresentada hoje à tarde, numa reunião interna, bem como a estratégia para os próximos três anos.
O novo diretor executivo, António Dias Martins — empresário com experiência em fundos, sociedades de investimento e capital de risco, adquirida no FIEP, como Diretor e Board Advisor — e um conselho estratégico liderado pelo ex-ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, que inclui os principais players do ecossistema empreendedor nacional, públicos e privados, participam na reunião, segundo adianta fonte oficial da Startup Portugal.
O Governo que, por intermédio do IAPMEI, estabeleceu um contrato-programa para a promoção e execução de políticas públicas na área do empreendedorismo com a Startup Portugal, marca presença no encontro. “Está agendada para (sexta-feira) uma reunião entre os órgãos eleitos e o Secretário de Estado para a Transição Digital (André de Aragão Azevedo) com o objetivo de partilha da visão e estratégia de empreendedorismo para os próximos anos”, adiantou fonte oficial do Ministério da Economia quando contactada pelo ECO/Pessoas.
Nova estratégia para os próximos três anos
Com a nova liderança já fechada, a Startup Portugal arranca este mês com um novo ciclo estratégico, para os próximos três anos. Reforçar o ecossistema, internacionalização, novos modelos de financiamento, de fiscalidade para startups, aproximação a grandes corporações e fundos de investimento, e atração e retenção de talento são os principais temas na agenda estratégica, segundo fonte oficial da Startup Portugal.
“Esta é uma missão desafiante, mas também aliciante. O trabalho até agora desenvolvido pela Startup Portugal permitiu colocar o nosso país como uma referência internacional em matéria de empreendedorismo. Neste novo ciclo, é essencial dar um novo salto qualitativo na intervenção da Startup Portugal e na sua capacidade de criação de valor no ecossistema, assim como promover uma maior proximidade entre todos os seus stakeholders. Conto dar um forte contributo para concretizar esta visão e fomentar o crescimento de todo o ecossistema numa escala internacional”, diz António Dias Martins, em declarações ao ECO/Pessoas.
A poucas semanas do arranque de mais uma edição da Web Summit, a nova liderança tem, a curto prazo, como foco a coordenação da presença nacional no evento de empreendedorismo e tecnologia, assim como a preparação de startups para o regresso presencial e físico à conferência através do programa Road 2 Web Summit.
A Startup Portugal foi criada em 2016 com a missão de dar impulso ao desenvolvimento ao ecossistema de empreendedorismo nacional, que, desde então, já viu nascer cinco unicórnios nacionais, a Remote, foi o mais recente.
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