Clima económico recua. Preços da produção na indústria dispararam 10% em setembro
O indicador que mede o clima económico no país caiu, enquanto a confiança dos consumidores aumentou.
O índice de preços na produção da indústria transformadora disparou 10% em setembro, face ao mesmo período do ano anterior, numa altura em que os preços da energia e de bens intermédios atingem valores elevados, segundo revela o Instituto Nacional de Estatística (INE). Os dados publicados esta quarta-feira mostram também que o indicador que mede o clima económico no país caiu, enquanto a confiança dos consumidores aumentou.
Já o índice de preços na produção industrial dos principais países fornecedores da economia portuguesa “apresentou, desde junho de 2020, uma trajetória marcadamente ascendente, situando-se, em agosto, 10,4% acima do índice de agosto de 2020 (variação homóloga máxima da série) e 8,3% acima do registado dois anos antes”, sinaliza o INE.
Por outro lado, a variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor manteve-se em 1,5% entre julho e setembro, não registando um crescimento tão expressivo. Pela Zona Euro, a estimativa do índice harmonizado de preços no consumidor “aponta para uma variação homóloga de 3,4% em setembro, a taxa mais elevada desde setembro de 2008”.
Já olhando para o indicador de clima económico, este diminuiu em setembro, “apresentando um comportamento irregular desde julho quando se interrompeu a recuperação observada desde março”, nota o INE. Na Zona Euro, o indicador de sentimento económico aumentou de forma marginal no nono mês do ano, depois de ter diminuído em agosto.
Quanto ao indicador de confiança dos consumidores, registou-se um aumento em agosto e setembro, depois de este indicador ter recuado em julho, aproximando-se dos valores pré-pandemia registados no início de 2020.
Olhando para outros dados disponíveis para o mês de setembro, é possível verificar que o montante global de levantamentos nacionais, de pagamentos de serviços e de compras em terminais TPA apresentou um crescimento homólogo de 10,7%, inferior ao mês anterior (11,9%).
Existe também já informação sobre as vendas de cimento produzido em território nacional, que aumentaram nos dois últimos meses, enquanto as vendas de veículos comerciais, assim como as vendas de veículos pesados, registaram “diminuições homólogas significativas nos últimos três meses”.
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